Eu Li: O Guia do mochileiro das galáxias - Douglas Adams




Título:O Guia do Mochileiro das Galáxias
Autor:
Douglas Adams
Editora:Arqueiro
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Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse.
Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, este livro vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado. Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.

Olá, pessoal.
Hoje vamos falar sobre um livro que é um dos maiores símbolos da cultura nerd e de onde vem as homenagens do dia da tolha.

Pra resumir de uma forma em que não se falem spoilers, vale dizer que a história inicialmente se divide em duas: a primeira  começa "muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia", mais precisamente na Terra. Era para ser um dia bem comum na vididinha pacata (e inglesa) de Arthur Dent, não fosse o fato de que o conselho municipal resolvera demolir sua casa para a criação de um desvio. E apesar de toda a sua argumentação de que não havia sido avisado da demolição, ou de que não tivera chance alguma de reverter o fato, os operários insistiam que a casa devia ser demolida.
— O senhor teve um longo prazo a seu dispor para fazer quaisquer sugestões ou reclamações, como o senhor sabe — disse o Sr. Prosser.
— Um longo prazo? — exclamou Arthur. — Longo prazo? Eu só soube dessa história quando chegou um operário na minha casa ontem. Perguntei a ele se tinha vindo para lavar as janelas e ele respondeu que não, vinha para demolir a casa. É claro que não me disse isso logo. Claro que não. Primeiro lavou umas duas janelas e me cobrou cinco pratas. Depois é que me contou.
— Mas, Sr. Dent, o projeto estava à sua disposição na Secretaria de Obras há nove meses.
— Pois é. Assim que eu soube fui lá me informar, ontem à tarde. Vocês não se esforçaram muito para divulgar o projeto, não é verdade? Quer dizer, não chegaram a comunicar às pessoas nem nada.
— Mas o projeto estava em exposição...
— Em exposição? Tive que descer ao porão pra encontrar o projeto.
— É no porão que os projetos ficam em exposição.
— Com uma lanterna.
— Ah, provavelmente estava faltando luz.
— Faltavam as escadas, também.
— Mas, afinal, o senhor encontrou o projeto, não foi?
— Encontrei, sim — disse Arthur. — Estava em exibição no fundo de um arquivo trancado, jogado num banheiro fora de uso, cuja porta tinha a placa: Cuidado com o leopardo.
Eis que surge o melhor amigo de Arthur, Ford Prefect (que descobrimos não ser exatamente um humano, mas sim, um alienígena nascido em Betelgeuse) que resolve levá-lo para tomar algumas cervejas, apesar da iminente destruição da casa. Ao chegarem no bar, Ford conta a Arthur que talvez não seja necessária tanta preocupação com sua casa, afinal, a Terra inteira seria destruída dali a alguns minutos. Os Vogons, uma raça de alienígenas burocráticos, também estava interessado em fazer um desvio para uma grande via pela galáxia e, infelizmente a Terra estava bem no meio do caminho. E você que estava imaginando que a Terra seria o cenário dessa aventura, ledo engano, ela é destruída logo no início do livro.

A segunda parte de história começa do outro lado do universo, onde o presidente do Governo Imperial Galático, Zaphod Beeblebrox, estava participando da inauguração de uma nova nave: a Coração de Ouro. Movida com um Motor de Improbabilidade Infinita, um item único. Zaphod chegou ao cargo de presidente, apenas para poder chegar perto dessa nave e roubá-la e é exatamente isso que ele faz. Consigo acompanha uma humana: Trillian, que o ajuda a fugir e controlar a Coração de ouro para um objetivo bem específico. As histórias de Arthur, Ford, Zaphod, Trillian e Marvin (o robô altamente inteligente e maníaco depressivo, pertencente ao comando da nave Coração de Ouro) se interligam quando Arthur e Ford estão em grande perigo, soltos no espaço e o Motor de Improbabilidade Infinita da nave acaba por salvá-los.

Mas agora, você deve estar de perguntando, por que raios o nome do livro é O Guia do Mochileiro das Galáxias? Muito simples: Ford, é um colaborador de um livro muito conhecido pela galáxia inteira chamado O Guia do Mochileiro das Galáxias. Ele é um repositório onde todos os verbetes do universo podem ser consultados em qualquer língua conhecida ou desconhecida. Ford estava na Terra para realizar algumas atualizações de verbetes (o da Terra por exemplo foi atualizado de "Inofensiva" para "Praticamente inofensiva"). E é justamente o Guia que traz os maiores fatores non-sense para a trama do livro.
(...) É também a história de um livro, chamado O Guia do Mochileiro das Galáxias – um livro que não é da Terra, jamais foi publicado na Terra e, até o dia em que ocorreu a terrível catástrofe, nenhum terráqueo jamais o tinha visto ou sequer ouvido falar dele. Apesar disso, é um livro realmente extraordinário.
Na verdade, foi provavelmente o mais extraordinário dos livros publicados pelas grandes editoras de Ursa Menor – editoras das quais nenhum terráqueo jamais ouvira falar, também. O livro é não apenas uma obra extraordinária como também um tremendo best-seller – mais popular que a Enciclopédia Celestial do Lar, mais vendido que Mais Cinqüenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade Zero, e mais polêmico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, Onde Deus Errou, Mais Alguns Grandes Erros de Deus e Quem É Esse Tal de Deus Afinal? (comentário: Douglas Adams era extremamente ateu).
Em muitas das civilizações mais tranqüilonas da Borda Oriental da Galáxia, O Guia do Mochileiro das Galáxias já substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como repositório-padrão de todo conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes. Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz impressa na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO .
A trama do livro é bem louca (dando uma resumida absurda). Zaphod tem um plano que ele mesmo não sabe de onde veio, pois ele mesmo apagou da sua memória o motivo para estar executando (eita). Mas mesmo assim ele rouba a nave Coração de Ouro e parte junto dos outros personagens em uma missão que a cada página vai ser tornando cada vez mais desvairada. Ao mesmo tempo, o texto é intercalado com quotes do que seriam os verbetes do Guia do Mochileiro das Galáxias. Vemos a definição de amor ("geralmente doloroso. Se puder evite-o"), sobre o álcool ("o melhor drink que existe é a dinamite pangalática") e até sobre toalhas ("é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar").

Mas os mais interessante do texto de Douglas Adams é o sarcasmo. A trama em si e até o Guia servem de pano de fundo para um grande crítica que ele faz a uma enormidade de coisas. E é essa crítica sarcástica, metafórica e louca que é o principal ouro do livro. Eu poderia passar mais algumas horas escrevendo aqui sobre o livro e não seria suficiente pra falar sobre tudo que ele descreve na enormidade de 186 páginas, por isso eu realmente recomendo que todo mundo leia. Até porque ele pe bem rápido. Uma vez que você comece a ler, é bem difícil parar.

Por isso paro por aqui, dando minha nota final:


PS: Pra quem já leu o livro e sentiu falta da vida, o universo e tudo mais ou de 42, ou dos ratos, não tinha como falar sobre isso sem dar spoilers....


Por Victor Rogério

Eu Li: Era uma vez no outono - Lisa Kleypas


Título:
Era uma vez no outono
Autora:
Lisa Kleypas
Editora:
Arqueiro

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A jovem e obstinada Lillian Bowman sai dos Estados Unidos em busca de um marido da aristocracia londrina. Contudo nenhum homem parece capaz de fazê-la perder a cabeça. Exceto, talvez, Marcus Marsden, o arrogante lorde Westcliff, que ela despreza mais do que a qualquer outra pessoa.

Marcus é o típico britânico reservado e controlado. Mas algo na audaciosa Lillian faz com que ele saia de si. Os dois simplesmente não conseguem parar de brigar.

Então, numa tarde de outono, um encontro inesperado faz Lillian perceber que, sob a fachada de austeridade, há o homem apaixonado com que sempre sonhou. Mas será que um conde vai desafiar as convenções sociais a ponto de propor casamento a uma moça tão inapropriada?
Olá Bookaholics de plantão...

Hoje vamos mergulhar no tempo e na paixão por romances de época? 

Essa autora já é uma das nossas queridinhas da editora arqueiro... e admito que foi uma surpresa e um prazer, após o termino da sua série anterior chamada Os Hathaways, receber ela novamente nas lojas e na minha estante de livros...rsrsrsrs...Para quem ainda não acompanha esse novo trabalho da autora, vale ressaltar que a resenha de hoje é do segundo livro da série As Quatro Estações do Amor então se você não é adepto a receber spoiler do livro anterior sugiro você ir ler primeiro a resenha do mesmo.

Esse livro conta a história de como a tempestuosa e geniosa Lillian Bowmam acabou pagando pela língua grande e acabou se apaixonando pelo seu rival, Marcus Marsden, ou mais conhecido como Lorde Westcliff. 

Para quem acompanhou a série Os Hathaways esses nomes não são estranhos. Pois na verdade eles são personagens secundários e apaixonantes na série anterior. E acredito que a autora teve uma excelente repercussão deles perante os fãs que resolveu contar a história de como eles se apaixonaram.  A história complicada desses dois começou no no primeiro livro dessa nova série, quando o Lorde Westcliff acidentalmente acha Lillian e suas amigas em um jogo muito escandaloso. Nem preciso dizer que depois disse ele não conseguiu tirar ela da cabeça.

Lorde Westcliff também não saia da cabeça de nossa ardente e jovem americana, mas não da forma que vocês estão pensando. Para Lillian, Marcus era a personificação de tudo o que ela não queria em um marido. Pois na sua idade e com a cabeça dura, ela já se sentiria muito satisfeita com um casamento onde ela não perdesse o coração, ou seja um casamento por conveniência. Onde nenhum homem pudesse mandar nela.

Mas sinceramente acho que ela só estava perdendo as esperanças de encontrar um amor, pois tudo estava contra ela: ela era uma nova rica, americana, sem modos, com uma boca suja mais suja que um marinheiro, autêntica e com uma personalidade expansiva. E com uma mãe totalmente Vaca Frígida.

Logo, esperar um príncipe encantado estava fora de questão. Então por que não se contentar com um casamento por conveniência? O que Lilian menos esperava acaba acontecendo e de uma pessoa totalmente improvável. Afinal, quem poderia prever que o Lorde mais chato da terra poderia ser um amante determinado a conquista-la de qualquer jeito e usando todos os meios que ele dispõe?

Para a sociedade Marcus é o que todo o jovem Lorde deve ser, educado, rico, político e nascido com um titulo que perpassou por inúmeras gerações. Chefe de uma das famílias mais tradicionais da terra da rainha, todos acreditam que Marcus vai manter a tradição e fazer um casamento arranjado, o que ninguém esperava é que ele pedisse ao seu parceiro de negócios e pai de Lillian, para que pudesse corteja-la. Nem mesmo a Lillian esperava isso.

Particularmente acho que contar os detalhes desse cabo de guerra é dar muito spoilers importantes. Este foi o meu livro favorito da série até agora, e quando descobri que se tratava do loucamente apaixonado casal da série anterior da Lisa, saí gritando na casa toda. Fiquei muito contente com o resultado do livro e ensandecida com  o epílogo que me prometeu um terceiro livro ainda melhor.

Então gente fica a dica...Beijos.



Por Anne Magno

Eu Li: Pela Lente do Amor - Megan Maxwell

Título:
Pela Lente do Amor
Autora:
Megan Maxwell
Editora:
Essência

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Ana Elizabeth troca o luxo e a riqueza da sua aristocrática família londrina pelas “calles” madrilenas, em busca do seu sonho: ser fotógrafa. Dona do seu nariz, ela monta com a amiga Nekane um estúdio fotográfico na capital espanhola e segue seu caminho de sucesso. No dia em que o prédio onde trabalham enfrenta um incêndio, Ana conhece Rodrigo, um dos bombeiros que atendem ao chamado da ocorrência. A troca de olhares aquece não só o corpo da fotógrafa, mas também seu coração e ela se entrega à inusitada amizade – com benefícios – que nasce entre eles.

Apesar de cúmplices, um balde de água fria vai comprometer a liga dessa relação, quando Rodrigo – um mulherengo de carteirinha – descobrir que sua querida Ana está grávida de um turista suíço que passou por sua vida sem passagem de volta e de quem ela só sabe o nome. E o que dirá sua pomposa família quando souber que ela está grávida de um desconhecido e é amante de um bombeiro pobretão? Só a leitura do livro revelará!
Olá queridos bookaholics de plantão!

Estou mais uma vez aqui para a tentar viciar vocês em Megan Maxwell. Desta vez não teremos uma resenha de uma blogueira constrangida pelo conteúdo do livro! rsrsrsrs...Vim aqui prestar meus melhores elogios a uma autora que consegue escrever diversos tipos de livros dentro do gênero romance. 

Pela Lente do Amor conta a história da Anna Elizabeth, uma mulher que nasceu em uma família britânica abastada, o pai dela é diretor de uma grande empresa de televisão, e sempre pode proporcionar a família luxos e conforto. Leitor você pode até pensar que, por ele mimar a família dele, ele deve ser  típico pai esnobe! Mas, este não foi o caso do personagem. Ele é super bem construído e hilário. A mãe dela é a típica mãe esnobe...aquelas novas ricas que tentam fazer tudo certo e esquecer de onde vieram. Ela vai surpreender a todos no decorrer do livro. E a vaca frígida da irmã dela, que é um projeto de princesa Diana. Arghhhhhhhhh...odiei essa personagem durante todo o início e meio do livro. 

Ana, sempre se destacou por ter um comportamento diferente do que a família dela esperava. Ela sempre teve uma mente mais crítica sobre tudo, e é mais autônoma que a irmã dela que embarca na fama do pai para se comportar como se tivesse sempre com 15 anos e não tivesse que arcar com as consequências dos seus atos. Podemos dizer grosseiramente que a Anna é a hipster da casa...kkk...a começar que ela não é um projeto de Barbie. Ela é morena e baixinha...e cabeça quente...o que depõe muito contra a Ana é que ela é uma mentirosa muito talentosa. E é por isso que temos a história enrolada do livro.

Um dia a Ana tomou uma decisão muito importante para a vida dela, baseada em uma vivência que marcou muito ela, assim como também marcaria e marca a vida de toda a mulher. Esse mistério no passado da Ana, foi ponto a favor da autora, tornou a história muito mais real. Então Ana terminou o namoro de anos com o príncipe encantado e saiu de casa para morar em Madri fazendo o que ela realmente gosta. Fotografando!

Aos poucos Ana, vai ganhando espaço no mercado agressivo de trabalho, e vai montando seu estúdio fotográfico no estúdio em que ela também mora. A história dela começa quando um dia sua amada vizinha, tentando cozinhar delícias gastronômicas acabou colocando fogo na cozinha...e os bombeiros foram acionados. Ana estava fotografando modelos em lingerie para um catalogo importante, e precisou sair correndo do prédio com mulheres semi nuas. 

As mulheres lindas semi nuas, depois que o fogo (do prédio) já tinha sido apagado, sem dúvida nenhuma chamou a atenção dos belos, sarados e calientes bombeiros. Logo, no fim do dia todo mundo resolveu sair para a balada, e Ana foi convidada. Ela e sua assistente foram, mesmo contra a vontade, e lá encontraram o capitão ´´muso`` dos bombeiros...Sr. Hot Rodrigo. Só que o destino tirou um sarro com a cara dela e no fim da noite a Ana acaba indo embora com um Suíço gato...e não com quem ela realmente queria.

O gostoso do Rodrigo no fim das contas acaba tendo um relacionamento aberto com a modelo vaca que mora com Ana e Nekane (a assistente gótica e hilária da Ana) e como Ana tem que ver ele regularmente e já aceitou que não vai rolar nada que não seja platonismo ela acaba se tornando a única amiga mulher de Rodrigo. (ou seja ela vai parar na FriendZone).

A enrolação da Ana começa quando ela descobre que está grávida do Suíço (que sumiu na manhã seguinte) e passa a abusar dessa amizade com Rodrigo dizendo para a família dela que ele é o pai do bebê, com medo de dizer que ele é fruto de uma única noite de luxúria com um total desconhecido que nem nome tem.

Gostei bastante do desenrolar da história, e da reviravolta de Ana. A autora subiu ainda mais no meu conceito! Super indico a leitura aqueles bookaholics que estão curtindo uma friendzone ou uma dor de cotovelo. E para aqueles leitores que estão procurando uma leitura Young Adult meio dramática e com um final totalmente possível, com personagens secundários absurdamente shipaveis.

Então, beijos e fica a dica!!

Por Anne Magno

5 livros para ler no Dia da Toalha


Sim, pessoal. Hoje, 25 de maio, é comemorado o dia da tolha (ou dia do orgulho nerd, para a mídia em geral), um dia para celebrar a vida e a obra de Douglas Adams e lembrar porque nós curtimos tanto ser nerds. Vale lembrar: se você não sabe o porque de ser o "dia da toalha", talvez você esteja esquecendo o maior item que um mochileiro deve carregar em sua viagem pela galáxia:
O Guia do Mochileiro das Galáxias faz algumas afirmações a respeito das toalhas. Segundo ele, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido ao seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kabrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você - estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.
E como o dia da tolha é inspirado no guia do mochileiro das galáxias, esse livro surtado, mega irônico e engraçado, nada como celebrar com uma lista de 5 livros para sabermos um pouco mais sobre a vida, o universo a tudo mais, Douglas Adams e o mundo nerd:

1 - O Guia definitivo do mochileiro das galáxias (Douglas Adams):

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Sinopse
Pela primeira vez, reunimos em um único volume os cinco livros da cultuada série O Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. 
Com mais de 15 milhões de exemplares vendidos, a saga do britânico esquisitão Arthur Dent pela Galáxia conquistou leitores do mundo inteiro. O humor ácido e as tramas surreais de Douglas Adams se tornaram ícones de uma geração e seguem fascinando - e divertindo - leitores de todas as idades. Pegue sua toalha, embarque nessa aventura improvável e, é claro, não entre em pânico! 
O Guia do Mochileiro das GaláxiasSegundos antes de a Terra ser destruída para dar lugar a uma via expressa interespacial, Arthur Dent é salvo por Ford Prefect, um E.T. que fazia pesquisa de campo para a nova edição de O Guia do Mochileiro das Galáxias. Pegando carona numa nave alienígena, os dois dão início a uma alucinante viagem pelo tempo e pelo espaço. 
O Restaurante No Fim do UniversoArthur Dent e seus quatro estranhos companheiros viajam pela Galáxia a bordo da nave Coração de Ouro, em uma busca desesperada por algum lugar para comer. Depois de fazer a refeição mais estranha de suas vidas, eles seguem pelo espaço e acabam descobrindo a questão sobre a Vida, o Universo e Tudo Mais. 
A Vida, o Universo e Tudo MaisArthur Dent passou os últimos cinco anos abandonado na Terra pré-histórica, mas ainda acordava todos os dias com um grito de horror. No entanto, talvez fosse melhor continuar nessa tediosa rotina do que ser arrastado para a sua próxima missão: salvar o Universo dos temíveis e infelizes robôs xenófobos do planeta Krikkit. 
Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes!Depois de viajar pelo Universo, ver o aniquilamento da Terra, participar de guerras interestelares e conhecer criaturas extraordinárias, Arthur Dent está de volta ao seu planeta. E tudo parece estranhamente normal - exceto pelo desaparecimento dos golfinhos. Disposto a desvendar esse mistério, ele parte em uma nova jornada.
Praticamente InofensivaApós muitos anos vivendo separados, cada um em um canto mais insondável do Universo, Arthur Dent, Ford Prefect e Tricia McMillan se reencontram. Mas o que deveria ser uma festejada reunião de velhos amigos se transforma numa terrível confusão que põe em risco - mais uma vez - a vida de todos. (Skoob)

2 - A Espetacular e incrível vida de Douglas Adams e do Guia do mochileiro das galáxias (Jem Roberts)
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O Guia do mochileiro das galáxias foi, além de um marco do entretenimento britânico e mundial, uma das séries de comédia mais importantes, influentes e absurdamente legais já escritas.

Revelando desde influências dos Beatles até relações com Doctor Who e Monty Python, Jem Roberts nos convida a descobrir a incrível história de Douglas Adams e de sua maior obra, anos depois da repentina e chocante morte do autor. Esta biografia, publicada com total aprovação de sua família e de seus amigos mais próximos, lança um novo olhar sobre Douglas e sua mundialmente aclamada criação. Pela primeira vez os arquivos pessoais do autor do Guia foram examinados, e ideias, trechos inéditos, relatos e novas piadas foram reunidos aqui, para a apreciação dos fãs, como uma celebração à mais louca odisseia da história da comédia britânica.

Não entrem em pânico. E preparem suas toalhas... (Skoob)
 3 - Não entre em pânico: Douglas Adams e o Guia do Mochileiro das Galáxias (Neil Gaiman)

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Não entre em pânico celebra a vida de um homo sapiens chamado Douglas Adams que, um belo dia num campo em Innsbruck, em 1971, teve uma ideia.
Este livro é também a história do que essa ideia se tornou: O guia do mochileiro das galáxias – a série de rádio original que deu início a tudo, bem como sobre a “trilogia” de cinco livros, a série de TV, o quase-filme, o jogo de computador, toalhas e o website que vieram depois.
O aclamado autor Neil Gaiman também conta toda a história de Liff, o Universo de Dirk Gently, e tudo o mais em que Douglas trabalhou, incluindo sua coleção póstuma, O Salmão da Dúvida.
Como o próprio Douglas afirmou, “é certamente o mais excepcional livro a ser escrito sobre O guia do mochileiro das galáxias desde hoje cedo”. (Skoob)

 4 - Tudo o que um geek deve saber (Ethan Gilsdorf)

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O que significa ser um geek?
Por intermédio das suas reflexões e da viagem que decidiu fazer, Ethan Gilsdorf conta não somente a sua história, mas a da cultura pop. Jogador, na adolescência, de Dungeons & Dragons e fã de J. R. R. Tolkien, ele pegou a estrada para ir ao encontro de sua família . Nesse incrível tour, o autor viaja para a cidade natal do criador de D&D, Gary Gygax, veste uma fantasia para participar de um RPG e usa trajes medievais para encenar uma guerra em um encontro de nerds.
Ao longo de sua jornada, Ethan ainda visita as obras do castelo francês Guédelon, uma incrível fortaleza medieval que está sendo construída hoje com os mesmos recursos utilizados no passado, e viaja para a Nova Zelândia, onde conhece as locações das filmagens de O Senhor dos Anéis. Acompanhe Ethan Gilsdorf nesta jornada sem precedentes, que traz para a realidade a paixão pela fantasia e pelos jogos. (Skoob)

5 - Dados e Homens (David Ewalt)

A história de Dungeons & Dragons, maior jogo de RPG de todos os tempos, e de seus fiéis jogadores Este é um livro sobre a história de Dungeons & Dragons, maior jogo de RPG de todos os tempos. Ao narrar a verdadeira origem dos role-playing games, desmistifica certas lendas urbanas, explora a história corporativa do jogo, as batalhas nos tribunais, e, mais do que tudo, analisa o RPG enquanto fenômeno de massa e movimento sociocultural, explicando como influenciou e como ainda influencia escritores, desenhistas, pintores, cineastas, quadrinistas e até músicos, em todas as partes do mundo. Jornalista da revista Forbes e jogador nas horas vagas, David M. Ewalt cruzou os Estados Unidos, visitou a antiga sede da TSR, em Lake Geneva, entrevistou os projetistas originais do Dungeons & Dragons, participou de convenções e ressuscitou seu antigo grupo para testar novas e velhas regras. O resultado está reunido neste livro emocionante para RPGistas e didático para aqueles que desejam conhecer esse hobby tão criativo. (Skoob)

Então pessoal, espero que curtam as indicações. E não esqueça sua toalha.


 

Por Victor Rogério

[Quinta em Outra Língua #43] Captive Prince - Captive Prince #1 - C. S. Pacat

Título: 
Captive Prince 
Autora: 
C. S. Pacat 
Editora: 
Berkley 



"Esta era Vere, voluptuosa e decadente, um país de doces venenos" 
Damen é um herói de guerra do seu reino, mas quando o seu meio irmão toma poder no país, Damen é capturado, despido de sua identidade e mandado para servir um príncipe de uma nação inimiga como escravo de prazer. 
Bonito, manipulador e fatal, o seu novo mestre, Príncipe Laurent é o epítome do pior da corte de Vere. Mas dentro da letal teia política da corte Vereciana, nada é o que parece, e quando Damen se encontra no meio do jogo pelo trono, ele deve trabalhar junto com Laurent para sobreviver e salvar o seu país. Para Damen, só há somente uma regra: nunca, nunca mesmo revelar a sua verdadeira identidade. Por que o único homem que Damen precisa é justamente o homem que mais tem motivos para odiá-lo do que qualquer outro... (Tradução direta do Goodreads).

Damen é o príncipe herdeiro de Akielos, reino vizinho e inimigo de Vere. Quando o seu pai morre, o seu próprio irmão o manda para ser escravo do príncipe do reino vizinho. Vere esteve recentemente em guerra, e Damen teve papel importantíssimo para que Akielos ganhasse tal guerra. Kastor mandou Damen para o único lugar onde revelar a verdadeira identidade dele só pioraria a sua situação e o príncipe nem sequer previu tamanha traição do irmão.

Como eu me sinto toda vez que o Damen é pego de surpresa.
(Sabe, toda hora) (E o Laurent é muito a Cersei)

É através dos olhos de Damen que vemos os fatos se desenrolar, e a partir do seu ponto de vista, um tanto que ingênuo; ele é um homem de honra, traições e conspirações não são o seu forte. Vere tem uma corte cheia de intrigas, o novo mestre de Damen, príncipe Laurent é o centro de várias dessas intrigas. Logo de cara os dois se odeiam profundamente. Damen pelas constantes humilhações e Laurent por desprezar tudo que Damen representa: um escravo com o nome do herói da guerra que Vere perdeu. 

Os dois países, Akielos e Vere são muito diferentes apesar de serem vizinhos. Damen e Laurent, os príncipes herdeiros respectivamente são completamente diferentes também. Damen é um guerreiro, honesto e direto. Laurent é um jovem príncipe sempre ocupado com as intrigas palacianas. Enquanto Damen foi treinado para lutar desde pequeno e já se provou um ótimo guerreiro e general, Laurent é visto como preguiçoso e mimado, mais preocupado com os prazeres da corte de Vere do que com o trono que um dia irá comandar. Os dois são completos opostos.

Esse é o Laurent durante o livro todo. Meu pobre bebê maquiavélico.

Laurent nos é apresentado pela visão de Damen, o nosso narrador que despreza completamente toda a rede de conspirações da corte. As duas culturas são muito diferentes, e os dois príncipes ainda mais. Mas o personagem que mais vemos se desenvolver é justamente Laurent. De início vemos um jovem príncipe sádico e mimado, que tormenta Damen, sendo que este que finge se dobrar aos desejos de seu novo mestre para sobreviver. Com o decorrer da trama, Laurent se mostra ser muito mais do que aparenta ser; mesmo que não deixe de ser exatamente a pessoa, para dizer o mínimo, difícil que é. O príncipe de Vere tem muitas faces, o que mais nos transparece é sua inteligência e a sua habilidade com as palavras. Essas são as principais armas de Laurent. A pergunta que vai se desenvolvendo durante o livro é justamente o quê ele está lutando. Ao decorrer da trama, assim como a de Damen, nossa opinião de Laurent muda, e consequentemente a relação deles. De total desprezo, vamos a uma parceria relutante e um certo grau de respeito. Mesmo que a contra gosto, os dois aprendem a trabalhar juntos, o que dá certo até demais, e irrita ambos.

Você pode odiar pessoas e ainda achar elas gostosas.
(Basicamente o Damen em relação ao Laurent)
(A recíproca é uma dúvida que me corrói)

Em relação ao romance, não há muita coisa nesse livro ainda. Eu já sabia que a relação deles é o foco principal da série, e que o povo shippa os dois loucamente, mas o que acontece no início do livro dá para duvidar muito que realmente vai rolar algo mais entre eles futuramente. O Laurent é um filho da mãe com o Damen. Mas o final me deu esperanças, a relação deles evoluiu tanto. Os dois são tão incríveis juntos, só precisam aprender a não irritar um ao outro. Ou sei lá, não querer se matar todo instante.

Esse livro inspira umas reações bem extremas no tumblr (foi lá que eu primeiro ouvi falar dele). Tem gente que odeia profundamente e tem gente que pira shippando sem medo do amanhã. Realmente o livro tem alguns elementos bem pesados. Temos cenas de estrupo, alusões a pedofilia e descrições gráficas de cenas de sexo público e de açoite. Mas de nenhuma maneira isso é romantizado. Contudo, é algo que pode impressionar e afetar alguns leitores. Esse tipo de conteúdo é mais concentrado nesse livro, nos próximos a autora se afasta um pouco desses elementos. Captive Prince é sem dúvida um livro para leitores mais maduros. Aqui tem listado todos os trigger warnings (aviso de gatilhos) dos três livros.

Como primeiro livro da série Captive Prince tem seus problemas e muita promessa. Admito que o ritmo lento do romance dos dois me enlouqueceu. Sim, eu pulei para dar aquela checada nos próximos livros para ver como o relacionamento deles ia desenvolver. Isso me ajudou a querer ainda mais rápido para chegar na parte em que eles finalmente iam ficar juntos. Esse negócio de romance lento para ficar desenvolvimento em três livros não é muito para mim, não. Até curto série, mas gente, dá uma demorada legal até que eles sequer comecem a considerar um ao outro romanticamente. É para deixar qualquer um louco e principalmente tão bem construído. Ainda não entendo como eu amo tanto esses dois. Principalmente o Laurent que é um filho (daquilo mesmo que você está pensando). Mas eu amo essa desgraça, como proceder? Como?

Eu amo esses idiotas.

Captive Prince terminou com gostinho de quero mais. Teve tanta reviravolta que  não deu para largar, e quando terminei corri logo para o próximo. Ele deixa muita coisa para ser acertada nos próximos livros e muitas perguntas. O ritmo é tão enloquecedor que até tenho pena de quem acompanhava isso no Whattpad. Devia ser tortura ficar esperando pelos capítulos. Só sei que eu quero mais, e mal posso esperar para ler mais sobre Laurent e Damen.

Amei esse livro! Cadê o próximo?!


Por Nana Teixeira

Eu Li: O Espadachim de Carvão - Affonso Solano


Título: O Espadachim de Carvão
Autor: Affonso Solano

Editora: Leya

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Filho de um dos quatro deuses de Kurgala, Adapak vive com o pai em sua ilha sagrada, afastada e adorada pelas diferentes espécies do mundo. Lá, o jovem de pele absolutamente negra e olhos brancos cresceu com todo o conhecimento divino a seu dispor, mas consciente de que nunca poderia deixar sua morada.

Ao completar dezenove anos, no entanto, isso muda.

Testemunhando a ilha ser invadida por um misterioso grupo de assassinos, Adapak se vê forçado a fugir pela vida e se expor aos olhos do mundo pela primeira vez, aplicando seus conhecimentos e uma exótica técnica de combate na busca pela identidade daqueles que desejam a morte dos Deuses de Kurgala.
O Espadachim de carvão é um dos belos exemplares de ficção fantástica da literatura brasileira atual. O livro traz um mundo totalmente novo onde humanos e todo o tipo de criatura convivem juntos. Aqui conhecemos o mundo de Kurgala.
No princípio Kurgala era mar, e os espíritos de Tiamatu e Abzuku sobre ele pairavam. Seus olhos eram o vento curioso e com a espuma das águas escutavam o mundo. E nada mais além Deles existia, pois assim desejavam.
E então os Quatro Que São Um desceram dos céus.

Kurgala é um mundo criado por duas entidades conhecidas como Tiamatu e Abzuku. Foi criado como uma mar gigante e assim permaneceu até a vinda de 4 entidades conhecidas como Dingiri e "Os quatro que são um". Enki’ När, Anu' När, Enlil' När e Nintu' När trouxeram presentes para as entidades criadoras de Kurgala e essas permitiram que os quatro criassem suas casas ali. Cada criou sua própria casa e essas se tornaram a ilhas daquele mundo (Larsuria, Eriduria, Badibiria e Sipparu).

Entretanto depois de muito tempo em suas moradas, os Dingiri se sentiram sozinhos naquele mundo e resolveram criar vida. As criatura mortais então passaram a povoar Kurgala, mas isso desagradou Tiamatu e Abzuku, que decidiram destruir esses seres. Para impedir isso, os Dingiri decidiram enviar Enki' nar para para convencer as entidades do contrário. Entretanto, mesmo sendo o mais sábio dos quatro, ele não conseguiu convencê-los e trancafiou-os em sua própria casa, ao transofrmá-la num deserto de cristal. As outra três entidades não gostaram da atitude de Enki' nar e discutiram por muito tempo. Sem chegar a uma conclusão, cada um se trancou em sua própria casa, para nunca mais sair e a criação e a vida se desenvolveram sem a sabedoria dos Quatro e acabaram caindo em guerra e desgraça.
Mapa de Kurgala
O foco principal da história do livro é no personagem do Adapak. Ele é filho de um de Enki' nar, mas não é como as outras criaturas criadas pelos Quatro. Ele possui a pele negra como carvão (daí o nome do livro) e passou toda a sua infãncia vivendo com seu pai e um templo, sem conhecer o resto do mundo de Kurgala. Os capítulos do livro são intercalados em dois tempos: no passado, contando a infância de Adapak, seu treinamento para dominar o estilo de luta de espadas dos círculos (achei essa técnica ótima) e a sabedoria que seu pai ensina; e no presente onde, aparentemente, Adapak saiu de sua casa para o mundo pois está sendo perseguido por seres desconhecidos.

A trama toda se passa em terceira pessoa e a grande genialidade do texto (além da mitologia, claro) está na capacidade de descrição de Affonso Solano (as lutas são extremamente loucas, mas compreensíveis pela descrição) e no fato do Adapak ser completamente inocente. Ele passou boa parte de sua vida preso junto de seu pai e a única forma como ele conheceu o mundo foi através de livros de fantasia e de enciclopédias. Como ele vê seus personagens favoritos dos livros, Tamtul e Magano, sendo guerreiros nobres e honrados, ele acredita que todo o mundo também é assim. A inocência de Adapak é muito bem utilizada para movimentar a trama, criando desde cenas hilárias, até motivações para o personagem seguir adiante.

A ideia do personagem principal não conhecer Kurgala como ela realmente é, serve tanto para que o autor apresente esse mundo desconhecido para o leitor, como um fator de desenvolvimento. Além disso, o fato de Adapak ser o único ser naquele mundo com pele negra, acaba sendo uma metáfora gigantesca para o preconceito que ele sofre e a estranheza que ele passa para os outros seres.

Um dos poucos pontos fracos é a descrição de algumas das raças que são mais diferentes. Muitas delas diferem da ideia do corpo de um humano (tem três pernas, masi de dois braços, etc.) e o texto acaba falhando um pouco em explicar como essas criaturas lutam, andam e se movimentam. Fora isso, o livro é engraçado, tem uma boa dose de mistério, um plot twist muito interessante, ótimas cenas de ação e é bem curtinho (255 páginas). Recomendo para todo mundo. Minha nota final é:


O Espadachim de carvão é uma coleção. O segundo livro (O Espachim de carvão e as pontes de Puzur) já saiu (Skoob); existe uma HQ que conta a história dos personagens que o Adapk lia quando morava com o seu pai, Tamtul e Magano (Skoob); e o terceiro deverá sair em março do ano que vem. Para o lançamento do dele, o autor, Affonso Solano, está promovendo um financiamento coletivo. E, por mais incrível que pareça, não é para o livro e, sim, para um álbum musical de Opera Rock, inspirado nele. 





No link a seguir é possível contribuir para o projeto. Vale a pena dar uma olhada.

http://kickante.com.br/campanhas/espadachim-de-carvao-tales-of-kurgala


Por Victor Rogério

Nerdice Pai D'égua #13: Os aranhas do aranhaverso

Vamos falar novamente de HQ's e o tema é Marvel (juro que estou providenciando um texto sobre a DC Comics). Hoje nós falaremos um pouco sobre essa HQ que está sendo lançada agora no Brasil, pela Panini e, na minha opinião, deve ser lida por todos os fãs do Homem Aranha: O Aranhaverso.


A primeira coisa a se pensar é: quantos universos paralelos existem no multiverso Marvel? A resposta não importa, o que importa é que em cada um deles existe um super heroi com poderes inspirados em uma aranha. Na HQ eles são tratados como totens-aranha e tem de tudo: temos o Homem Aranha clássico, passando pela Mulher Aranha, Garota Aranha e chegamos até ao Porco Aranha... (não é o dos Simpsons).

Apresento a vocês o Peter Porker, o Porco Aranha.
(Não tô de brincadeira, é esse nome mesmo)
Morlun, além de vilão é um cara
super estiloso.
E por que não juntar todos esses super heróis aranhas em um única saga, contra um vilão em comum? Eis que surge o Aranhaverso. O vilão (dando uma simplificada gigantesca na história para que spoilers não sejam revelados) é o Morlun, um personagem pouco conhecido dos quadrinhos (sua primeira aparição foi em 2001 na HQ O Espetacular Homem Aranha: De volta ao Lar). Seu principal poder está em absorver a energia vital de outros seres vivos, mas, para manter-se vivo e jovem, ele precisa absorver os poderes dos totens e daí o seu primeiro encontro com o Aranha. Em Aranhaverso, o vilão retorna para caçar todos os totens aranhas existentes pelo multiverso Marvel. E pior ainda, ele não está sozinho: ele tem a ajuda dos Herdeiros, seres parecidos com ele, com poder equivalente e que também estão à caça dos totens-aranha.

Os Herdeiros e sua decoração nada convencional
A história começa com o Homem Aranha Superior (explicaremos quem ele é mais para a frente) viajando acidentalmente pelo tempo-espaço e indo parar no universo futurístico de 2099. Quando tenta voltar a linha do tempo normal, ele acaba chegando a uma dimensão onde houve uma grande batalha e um Homem Aranha foi assassinado. Ao fazer mais algumas viagens temporais, ele começa a perceber que vários totens-aranhas estão sendo caçados e passa a recrutar os sobreviventes para formar uma super equipe de aranhas e enfrentar a ameaça. Praticamente todos os personagens aranha já criados pela Marvel aparecem nessa saga. Há referências inclusive aos dos filmes (apesar de que eles não aparecem diretamente, pois a Sony não autorizou). Por isso faremos aqui uma lista com os melhores aranhas do Aranhaverso, começando claro por:


1 - Homem Aranha (Peter Parker)



É o clássico, amigão da vizinhança, Peter Parker. Sabe, aquele do grandes poderes. grandes responsabilidades, picada de aranha radioativa e que vive apanhando? Pois é. Ele é o aranha clássico e passa a ser o líder da equipe, mais a frente, na saga. Mas quem foi realmente responsável por juntar toda a equipe de aranhas foi:
2 - Homem Aranha Superior (Otto Octavius)


Durante a saga Homem Aranha Superior (anterior ao Aranhaverso) Peter Parker trocou de corpo com o Dr. Octopus, mas antes fez o vilão jurar que levaria seu legado adiante, utilizando os poderes do aranha. Otto, no corpo de Peter Parker acaba virando uma espécie de anti-heroi, sendo cruel com seus adversários, mas, em alguns casos, bem mais efetivo que o herói. É ele quem detecta que os totens-aranha estão sendo atracados e junta super equipe.





3 - Spider Gwen (Gwen Stacy)


De um universo alternativo onde quem foi picada pela aranha radioativa na verdade foi a Gwen Stacy. Nesse universo, Peter Parker continua sendo um nerd simples e, tentando imitar a Garota Aranha e ganhar poderes, se transforma no Lagarto. Gwen o enfrenta e ele acaba morrendo, fato que se torna o trauma de heroína, assim como o tio Ben foi para o Homem Aranha Clássico.







4 - Homem Aranha Noir (Peter Parker)



É um homem aranha um tanto diferente dos outros. A história dele se passa por volta dos anos 30 e tem um estilo clássico. Sua história e os vilões foram adaptados para lembrar a estilística de filme policial dos anos 30. Ele usa armas, luta de forma mais stealth, mas tem os poderes de clássicos do aranha. Teve uma HQ dedicada a ele e sua introdução no Aranhaverso é uma continuação direta a ela.





5 - Homem Aranha 1602 (Peter Parquagh)




1602 é uma história especial da Marvel, escrita por Neil Gaiman, que reimagina todos os herois numa trama passada na Inglaterra de 1602. Aqui Peter é o assistente de Sir Nicholas Fury, e acaba sendo picado por uma aranha "incomum", se tornando o herói. Ele é muito importante na trama do Aranhaverso.





6 - Mulher Aranha (Jessica Drew)



Jessica Drew também faz parte do universo principal da Marvel e é uma personagem bem antiga, inclusive. Entretanto, apesar de ter esse nome, a origem e os poderes dela não tem muito a ver com o Homem Aranha. Ela recebeu seus poderes através de uma experiência, ainda no útero de sua mãe. Apesar disso ela também é um totem-aranha e tem uma participação muito interessante na saga.





7 - Teia de seda (Cindy Moon)


Cindy Moon é outra personagem que também faz parte do universo principal da Marvel, mas foi adicionada ao hall de herois recentemente, na saga Pecado Original. Ela foi picada por uma aranha, irradiada por um acelerador de partículas, que havia picado Peter Parker. Assim, ela acaba recebendo parte dos poderes de Parker, virando a Teia de Seda. Quando começou a manifestar seus poderes (ela possui teias orgânicas) um personagem chamado Ezekiel Sims descobriu que Morlun estava cançando-a e tentou escondê-la. Ela permaneceu escondida e reclusa por treze anos até que foi encontrada por Peter. A história do Aranhaverso gira principalmente em torno dela.


8 - Supaidaman (Takuya Yamashiro)



Você sabia que já ouve um Tokusatsu (série de heróis japoneses) do Homem Aranha? Takuya Yamashiro recebeu sangue de um alienígena do planeta Spider e acabou virando o Homem Aranha. Seus poderes são os mesmo do Peter Parker, mas ele possui (olha só) um robô gigante, o Leopardon. E, sim, o robô gigante aparece no Aranhaverso. 







Ufa... É muita gente, não? E olha que eu não falei nem sobre a metade. Por isso super recomendo a HQ para todo mundo. No Brasil ela está saindo pela Panini na revista mensal O Espetacular Homem Aranha (desde a edição 6) e tem uma revista exclusiva bimestral do Aranhaverso que está na edição número 3. Até a próxima, pessoal.
Por Victor Rogério

[Quinta Em Outra Língua #42] The Rose & the Dagger - The Wrath And The Dawn #2 - Renne Ahdieh

Título: 
The Rose & the Dagger
Autor: 
Renne Ahdieh
Editora: 
G.P. Putnam's Sons Books for Young Readers



Eu estou cercada pelo deserto por todos os lados. Uma convidada, em uma prisão de arei e sol. Minha família está aqui. E eu não sei em quem confiar. 
Em uma terra à beira da Guerra, Shahrzad foi tirada do amor de seu marido Khalid, o caliph de Khorasan. Certa vez, ela acreditou que ele era um monstro, mas seus segredos revelaram um homem atormentado pela culpa e uma poderosa maldição- uma que pode mantê-los separados para sempre. Reunida com sua família, que se refugiaram com os inimigos de Khalid, e Tariq, seu amor de infância, ela deveria estar feliz. Mas Tariq agora comanda as forças que querem destruir o império de Khalid. Shahrzad é quase uma prisioneira, presa entre lealdades para as pessoas que ama. Mas ela se recusa a ser um peão e elabora um plano. 
Enquanto seu pai, Jahandar, continua a jogar com forças mágicas que ele ainda não entende, Shahrzad tenta descobrir habilidades que estão dormentes dentro dela. Com a ajuda de um tapete velho esfarrapado e um jovem tempestuoso, mas sábio, Shahrzad tentará quebrar a maldição e se reunir com seu verdadeiro amor.

Tive uma surpresa. Mas tipo foi um super surpresa. Eu, já acostumada com séries grandes, ou mesmo trilogias (tudo é trilogia hoje em dia), fiquei de boca aberta quando descobri que a série de The Wrath and the Dawn continha só dois livros. SIM! Isso mesmo que vocês leram, esse livro é o segundo e último da série e que série! Eu só descobri que era realmente o fim quando cheguei no epilogo do livro, mas bem foi uma surpresa boa, porque vamos encarar, a pior coisa é ter que esperar as continuações serem lançadas. 

Eu não gosto que me deixem esperando. NÃO MESMO!

Eu não quero me estender muito nessa resenha, até mesmo porque não posso falar muito sem revelar spoilers. 
The Rose and the Dagger continua a história de Shahrzad e Khalid que vão fazer de tudo para acabar com uma maldição e poder viver juntos e felizes.

❝She belonged in a palace of marble and stone. A queen, in her own right. With a boy-king who loved her, as she loved him.❞
“Ela pertencia em um palácio de mármore e pedra. Uma rainha, no seu próprio direito. Com um garoto-rei que a amava como ela amava a ele.”

Esse livro envolveu mais personagens e chego a dizer que até mesmo se centrou mais em alguns deles. Os sentimentos de Tariq, primeiro amor da Sharzi ficam tão mais evidentes e apesar do ódio dele pelo Caliph, ele mostra ser uma pessoa honrada e forte. 

Algumas lealdades são testadas e não exatamente com um bom resultado. Quem ganha um forte destaque também é a irmã de Shazi, Irsa e o melhor amigo de Tariq, Rahim que tem um romance bem fofinho e mostram que não nasceram pra ficar só olhando os personagens principais terem destaque, eles queriam o destaque deles também. 

Shazi passa a seguir sua herança mágica e isso leva ela ao “magos” do Tempo de Fogo, onde um dos melhores personagens desse livro se apresenta. Com um humor meio louco e bastante duvidoso, Artan ganhou meu coração e se mostrou um ótimo amigo pra causa do nosso casal favorito. 

Sharz está ainda mais petulante e mais rainha ainda. Khalid continua sendo o cara calado, sombrio e inteligente (muito homem gente), mas ele mostra sempre o lado mais fofo dele pra esposa. Assim, facilmente, ele se mostra um dos personagens mais queridos pra mim. 

Posso ter ele de presente de aniversário?
 (Tipo, ta meio longe, ainda dá tempo de encomendar)

A história se desenrolou muito bem em meio a guerra, magia, romance e traições (algumas bem surpreendentes), se eu tenho uma reclamação é que tudo foi um pouco corrido, acho que se houvesse um terceiro livro, a história poderia ser melhor explorada (sim, nem eu acredito que to pedindo por um terceiro livro, mas tenho que ser sincera aqui). Tirando isso eu gostei de tudo, da nova ambientação, dos novos personagens, das interações entres os outros personagens que eu já queria ver faz um tempo e claro da mitologia desse livro que eu amo. 

The rose and the dagger foi uma ótima conclusão pra essa série que eu li esse ano e me apaixonei, não tão poderoso quando The Wrath and the Dawn, mas uma verdadeira obra prima dessa autora que me mostrou como essa cultura pode ser interessante e ainda mais mística do que eu pensava. Eu to triste que terminou.

P.S. Essa capa é tão bonitaaaa *-*

Sou uma pessoa muito boa e vou dar cinco Khalids pra vocês hehe
(Quem dera fosse verdade gente!)



Por Vivian Cardoso

Eu Li: Tensão - Gail McHugh


Título: Tensão

Autora: Gail McHugh


Editora: Arqueiro

Adicione ao Skoob

Após a morte da mãe, a vida de Emily Cooper vira de cabeça para baixo. Ela precisa de um novo começo, e Dillon Parker, seu namorado, a convence a se mudar para mais perto dele a fim de passarem mais tempo juntos.
Em Nova York, Emily arranja um emprego temporário como garçonete em um restaurante no centro de Manhattan. Ao sair para fazer uma entrega logo no primeiro dia de trabalho, ela esbarra em Gavin Blake, um empresário sexy e bem-sucedido. Assim que seus olhares se encontram, há uma tensão no ar, mas nenhum dos dois consegue entender ou explicar essa forte conexão. Atormentada, Emily tenta não pensar muito naquele desconhecido que mexeu tanto com ela.
Porém, ela descobre que Dillon e Gavin são amigos e que terá de conviver com ele muito mais do que poderia ter imaginado. Perdida em sentimentos confusos, Emily sente o desejo por Gavin crescer e se tornar mais ardente a cada vez que se encontram. Será que os dois vão resistir à tensão ou se entregar a essa paixão, apesar de todas as consequências?

Olá, pessoal. Hoje vamos falar desse livro que é um erótico, mas nem tanto.
A capa e a sinopse de Tensão vendem como se fossem um livro puramente erótico com triângulo amaroso, mas não é bem assim. Emily Cooper acabou de perder sua mãe, após uma longa luta contra um câncer. Sem muitas opções em sua cidade natal e, por sugestão de seu namorado, Dillon Parker, ela decide se mudar para Nova York e tentar uma nova vida. Morando junto com sua melhor amiga, Olívia, (morar com o namorado era um passo grande demais para o qual Emily ainda não estava pronta) começa a trabalhar em um restaurante enquanto não consegue arrumar um emprego como professora. Eis que surge o estereótipo de livros eróticos: o homem rico, bonito, bem sucedido e que sabe realizar todas as fantasias das mulheres, Gavin Blake, e é óbvio que foi amor a primeira vista.

Embora o pai tivesse lhe contado histórias sobre amor à primeira vista, até aquela tarde fatídica, Gavin Blake tinha acreditado que isso não passava de um mito. A atenção dele estava concentrada na loura do balcão de informações, mas seus olhos se fixaram em Emily no instante em que ela entrou. Ele notou o modo como ela sorriu para o segurança. Sua beleza o atingiu em cheio, de imediato. Porém, mais do que isso, sentiu-se atraído por ela como se houvesse uma corda amarrada à sua cintura e ela estivesse na outra extremidade puxando-o.

O título Tensão faz jus à trama: a personagem principal obviamente está apaixonada por Gavin, mas também se sente muito segura com seu namorado Dillon, apesar de ele claramente subvalorizar-la. Emily e Gavin passam grande parte da trama justamente nessa tensão sexual por estarem atraídos, mas não poderem ir para os finalmentes e boa parte da diversão do livro está justamente nisso. Os diálogos entre eles são hilários e as situações, apesar de algumas vezes forçadas por coincidências excessivas (eles se encontram sem querer toda hora) deixam bem claro que o romance do livro nunca foi um triângulo amoroso de verdade. 

Outro ponto alto do livro e que, diferente de outros livros do genêro, Gail McHuch se preocupou em dar um passado e desenvolver bem os personagens que estão em volta do romance. O próprio Gavin possui um background interessante e que trás uma boa reviravolta no final. A melhor amiga de Emily, Olívia, já detesta Dillon há algum tempo e eles vivem trocando farpas. As brigas deles são outra parte muito engraçada.

- Estou tão feliz por você estar aqui! - exclamou a amiga. - Como foi o voo?
- Resisti sem precisar de drogas ou de bebidas alcoólicas - Emily sorriu - Então diria que foi tudo bem.
- Em ficou bem. - Dillon se aproximou e passou o braço pela cintura de Emily. - De qualquer forma, eu não deixaria que nada acontecesse a ela.
Revirando os olhos castanhos, Olivia cruzou os braços.
- Claro, porque você seria capaz de impedir a queda de um avião, Dillon.
Ele olhou sério para Olivia e colocou as malas de Emily no chão.
- É isso mesmo, Oliver Twist. Sou a porra do Super-Homem, lembre-se disso.
Emilý deixou escapar um suspiro.
- Já faz um tempo que não encontro vocês dois juntos. Tinha esquecido o quanto se curtem.
Olivia deu um sorrisinho afetado e pegou a mão de Emily.
- Vamos, deixe eu lhe mostrar a casa. - Puxando a amiga recém-chegada pelo corredor, Olivia se virou para Dillon: - Seja útil e desfaça as malas dela ou algo assim, Babaca-Mor.

A narração e o poder de descrição da autora são bons, nada além disso. O texto em terceira pessoa faz você viajar da cabeça de Emily para a cabeça de Gavin de capítulo em capítulo, apesar do foco ser muito maior nela. O livro em si não é exatamente erótico. Comparando com outros como Cinquenta tons de cinza ou livros da Silvia Day, a quantidade de cenas de sexo por página é até bem pequena.  O foco mesmo é muito maior na tensão sexual da vida de Emily do que no ato em si. 

O final do livro que deixa alguns ganchos para a continuação (Pulsação) eu achei particularmente forçado. Claramente a trama podia ter acabado em um único livro, mas a autora resolveu trazer uma complicação extra para que houvesse a continuação. Acaba que o livro ficou com um final bem vago, não curti. Fora que um dos ganchos aparentemente será algo extremamente clichê, mas contarei pra vocês sobre isso quando resenhar o segundo livro.

Eu gostei de Tensão e minha nota final é:

Por Victor Rogério