Na Tela #13: Capitão América: Guerra Civil + Promoção

Finalmente chegou: Capitão América: Guerra Civil está nos cinemas e nós não poderíamos deixar de falar sobre ele. Leia sem preocupações que não daremos spoilers do filme, apenas vamos comparar um pouco sobre a HQ/Livro e o filme.


Título: Guerra Civil
Autor: Mark Millar (HQ)/Stuart Moore (Livro)
Editora: Panini/Novo Século
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A épica história que provoca a separação do Universo Marvel! Homem de Ferro e Capitão América: dois membros essenciais para os Vingadores, a maior equipe de super-heróis do mundo. Quando uma trágica batalha deixa um buraco na cidade de Stamford, matando centenas de pessoas, o governo americano exige que todos os super-heróis revelem sua identidade e registrem seus poderes. Para Tony Stark o Homem de Ferro é um passo lamentável, porém necessário, o que o leva a apoiar a lei. Para o Capitão América, é uma intolerável agressão à liberdade cívica. Assim começa a Guerra Civil. 
A HQ/O Livro

Como foi detalhado no último Nerdice Pai D'égua (leia aqui), a trama de Guerra Civil nas HQ's sofreu influência direta de várias outra histórias anteriores da Marvel, envolvendo os mais diversos personagens. Mas a HQ em si (e o livro) começam no fato que foi o estopim: um grupo pouquíssimo conhecido de Super Heróis jovens (Os Novos Guerreiros), que participam de um reality show, resolvem atacar o esconderijo de um grupo de vilões que ficava na cidade de Starford, para tentar aumentar a audiência do programa. A missão começa completamente desajeitada com os heróis sendo avistados pelos vilões e a luta se desenrolando num bairro residencial. Quase sendo derrotado, um dos vilões (o Nitro) utiliza seu poder para criar uma explosão gigantesca que acaba levando um bairro inteiro da cidade. 


Os Vingadores aparecem mais tarde para ajudar os sobreviventes, mas o estrago já estava feito: a explosão atingiu milhares de civis inocentes, incluindo uma escola. A partir daí, os Super Heróis passam a ser mal-vistos pelos humanos normais (o Tocha Humana chega a ser espancado em uma boite), o que acaba dando mais força a uma lei de Registro de Super Humanos que o Governo dos Estados Unidos e a SHIELD estavam tentando aprovar. Essa Lei faria com que todos os Super Heróis passassem a trabalhar e ser controlados pelo governo, além de terem que revelar suas identidades secretas. Tony Stark já era a favor da lei há algum tempo e isso só se intensificou após ser acusado (por uma mãe que havia perdido seu filho no incidente) de ser o financiador da "loucura dos Super Heróis". Por outro lado o Capitão América ao se afirmar contra, foi atacado pela SHIELD por ordens de Maria Hill. Quando a Lei finalmente entra em vigor, os super heróis que não a aceitaram começam a ser caçados separando a todos em dois times: aqueles que seguem o Homem de Ferro e se aliaram ao Governo e à SHIELD; e aqueles que seguem o Capitão América, contrários a Lei de Registro e a favor da liberdade de ação dos herois.

– Fiquei sabendo que vinte e três de seus amigos estão reunidos neste momento no Edifício Baxter para discutir a reação da supercomunidade à Lei de Registro de Super­-humanos. O que você acha que eles devem fazer?
 – Eu… – Capitão fez uma pausa, surpreso pela pergunta direta de Hill. – Acho que não cabe a mim dizer.
 – Deixa de papo furado, Capitão. Sei que você era amigo de Fury, mas agora eu sou a chefe da S.H.I.E.L.D. Pelo menos, respeite o meu distintivo.
Capitão América franziu a testa e respirou fundo. Virou­-se brevemente pra colocar os pensamentos em ordem.
– Acho que esse plano vai nos dividir ao meio. Acho que vamos acabar em guerra uns contra os outros.
Nos quadrinhos e no livro, o desenrolar das batalhas mostram claramente como funcionam as mentes de ambos os lados. O time Capitão América é o ideal dos Super Heróis: apesar de serem caçados por descumprir a Lei de Registro, nenhum deles foge ao dever de continuar ajudando as pessoas. E por causa desse ideal várias batalhas contra o outro time acabam acontecendo. Por outro lado, o Homem de Ferro age claramente com um vilão, ficando tão cego nessa cruzada que não vê problema em se aliar a vilões que ele mesmo enfrentou no passado, atacar brutalmente o outro time, nem em criar um prisão na zona negativa para prender os que há pouco tempo eram seus amigos.

A HQ por ser algo naturalmente mais visual, foca principalmente nas batalhas. A arte de Steve McNiven cai muito bem aqui. Há dezenas de heróis se enfrentando (sério, a Marvel deve ter um milhão de heróis e praticamente todos aparecem na história) e a arte consegue focar muito bem nas principais lutas e ser tão épica quanto a trama pede. 

O Livro, por outro lado, traz um pouco mais de dramaticidade a história. Sendo um derivado da HQ, ele é extremamente fiel. As frases ditas pelo personagens são exatamente as mesmas, palavra por palavra. Stuart Moore foi bem competente em fazer do livro uma versão estendida do quadrinho. Todas as cenas são bem mais detalhadas e passamos a ouvir um pouco mais da consciência de cada personagem. Se na HQ somos brindados com várias artes épicas, no livro temos acesso ao psicológico dos personagens. Essa parte só não foi perfeita pois foca demais nos personagens principais, sendo que várias vezes perde a chance de dar mais brilho a alguns heróis coadjuvantes que são extremamente importantes na trama. O final de ambos é o mesmo, mas o livro ainda trás mais alguns extras e cenas a mais. O mais recomendado é ler ambos (talvez a HQ para já se ver as artes).

O Livro de a HQ são recomendadíssimos e a minha nota final para o conjunto da obra é:

O Filme

Continuação direta de Vingadores: Era de Ultron e Capitão América: O Soldado Invernal, temos essa adaptação de Guerra Civil para o cinema que não é exatamente fiel, mas trás muito das discussões dos quadrinhos.

Devido ao ataque de Ultron e a batalha contra os Vingadores na cidade de Sokovia, além de outro evento que ocorre no início do filme, o governo americano (a SHIELD não existe aqui) e outras 193 nações, resolvem aprovar um tratado de controle sobre os indivíduos aprimorados. Tony Stark aqui está novamente a favor de que os Vingadores assinem o tratado e passem a ser geridos pelo governo. O Capitão América por outro lado é contra e começa a perceber que algo muito errado está acontecendo.

Diferentemente da HQ, aqui não há um lado claramente certo ou errado: cada um tem a sua motivação e se você parar e pensar muito bem, acaba percebendo que ambos tem lá a sua razão para defender seu lado. Tony Stark não é um vilão como na HQ e no livro, mas representa alguém que está tendo consciência sobre seus erros do passado e quer consertá-los, mas tenta fazer isso a qualquer custo e sem ouvir ninguém a sua volta. A cena do quadrinho, em que uma mãe o acusa de ser o financiador de toda a loucura, é bem representada no filme, mas tem um efeito totalmente contrário ao que ocorre na trama original. Além disso, no filme, o Capitão tem também a sua própria busca pelo amigo perdido, o Bucky, que após os eventos de Soldado Invernal ainda está desaparecido. Após algumas reviravoltas (tá difícil escrever isso aqui sem falar spoiler), Bucky também começa a ser perseguido, o que acaba intensificado a rixa dos dois times.



O grande cena de conflito do filme é a que ocorre no aeroporto e para mim é a melhor cena de ação já feita num filme de super heróis. Homem Aranha, Pantera Negra e Homem Formiga são o destaque e roubam completamente a cena, apesar de todas a luta dos outros super heróis também ser incrível. E quando somos encaminhados para o final da trama (que é bem diferente da HQ) começa a ser meio complicado escolher um lado. 

A única coisa que acabou sendo um ponto meio fraco no filme é o vilão, Zemo. O Barão Zemo é um vilão clássico do quadrinhos, que é ligado diretamente a Hidra e ao Caveira Vermelha. No filme isso é bem descaracterizado e acaba sendo completamente diferente. O plano dele é um tanto maluco, mas eu vou parando de falar por aqui, senão começo a contar spoilers.

Enfim, recomendo também o filme a todos e a minha nota final é:

Trailer
Obs: Pode ver o trailer, sem problemas, que as melhores surpresas ainda estão no filme:


Ah, e não esqueça de deixar seu comentário, porque a promoção continua.


Por Victor Rogério

[Quinta em outra língua #40] Nimona - Noelle Stevenson

Título:
Nimona
Autora:
Noelle Stevenson
Editora:
Harper Collins


A graphic novel de estréia da estrela em ascensão Noelle Stevenson, baseado na adorada e aclamada pela crítica web comic, a qual a revista Slate deu prêmio de Cartoonist Studio Prize, a chamando de "um épico cara-de-pau".
Nêmesis! Dragões! Ciência! Simbolismo! Todas essa coisas e mais te esperam nesse brilhantemente subversivo e irreverente épico de Noelle Stevenson. Apresentando um exclusivo epílogo não visto na web comic, assim como rascunhos conceituais de bônus e páginas completamente revisadas, essa linda e completamente colorida graphic novel é perfeita para as legiões de fãs da web comic e é garantido de ganhar à Noelle ainda mais fãs.
Nimona é uma impulsiva jovem metamorfa com uma aptidão para a vilania. Lorde Ballister Blackheart é um vilão com uma vendeta. E ajudante e supervilão, Nimona e Lorde Blackheart, estão prestes a criar uma boa quantidade de caos. A missão deles: provar para o reino que Sir Ambrosius Goldenloin e seus camaradas da Instituição de Aplicação da Lei e Heroísmos não são os heróis que todo mundo acha que eles são.
Mas pequenos atos de travessura escalam em uma batalha perversa. Lorde Blackheart percebe que os poderes de Nimona são tão sombrios e misteriosos como o passado dela. E o lado dela imprevisível e selvagem pode ser mais perigoso que ele está disposto a admitir. [Tradução livre do Goodreads].

 Antes de ser lançado como livro Nimona era uma web comic, é para quem não sabe (tipo eu antes de ler Nimona), web comic são quadrinhos lançados online pelos próprios criadores. Existe um mundo todo de web comics dos mais variados estilos e temáticas e Nimona é uma delas. Eu cheguei Nimona, numa dessas tardes em que você está olhando coisas no tumblr e de repente termina num site que você nem lembra exatamente como chegou (que nem quando você passa muito tempo vendo vídeos no YouTube). Enfim, só lembro que terminei no blog da Rainbow Rowell, graças a uma resenha maravilhosa do John Green de Elenor & Park, e ela estava dando piti que uma das ilustradoras preferidas dela ia fazer a capa do livro novo dela, Fangirl. Sim, a Noelle fez a capa linda de Fangirl e ainda umas outras ilustrações.

Olha o Simon e o Baz da capa de Fangirl! *-*

E não eu não estou procurando qualquer motivo para falar de Carry On, não mesmo.
Então como é uma web comic, tudo começou com a Noelle, na época Gingerhaze (seu digníssimo nome de tumblr), postava duas páginas por semana de Nimona no site dela. Não só a história, os desenhos chamavam a atenção, mas os comentários que tinham em cada página eram maravilhosos. Se Noelle cativou os fãs com uma história épica divertidíssima, os fãs dela também foram uma atração a parte. Antes mesmo de terminar a história, Noelle assinou contrato com a Harper Collins, onde além da versão revisada de Nimona também teve um epílogo extra cuja espera foi de arrancar os cabelos. Ainda tem dois primeiros capítulos on-line e vale a pena conferir, principalmente pelos cometários da galera.



Os personagens de Nimona, para mim, são a melhor atração. O nosso trio de protagonistas, Nimona, Blackheart e Goldenloin, mesmo que a primeira vista Nimona seja uma comédia que não leva nada a sério, eles se mostram personagens complexos. Não existem mocinhos nem vilões, mesmo que estes recebam essas designações, no decorrer da história esses papéis são questionados.

No início temos Nimona se aproximando de Blackheart e se oferecendo para lutar com ele contra a Instituição e seu maior herói, Goldenloin. A briga dos dois é até pessoal demais, e o leitor se diverte com os dois tentando derrotar um ao outro mas sem querer realmente machucar ninguém. Aparentemente é um paradoxo, mas Nimona tem um certo ar de sem noção que esconde as vezes umas questões muito sérias. Afinal, como alguém se torna vilão? É algo que está na pessoa, ou é o papel que lhe foi dado? No início é tudo flores e piadas de tubarão, até que chega ao feelsfest.

Lá pro final, acabam os arco-íris e tudo fica assim. 

Nimona é uma sopa de referências. Tem aquele ar medieval, mas com toque de tecnologia e magia também (stempunk talvez? .-.). Tem vilões, arqui-inimigos e mocinhos com lindos cabelos loiros ao vento. Tem dragões, esconderijos super secretos e assaltos a banco. Tem romance, amizade e traições. Tem um pouco de tudo, e com uma boa dose de humor, quase que bobo, que faz você torcer pelos nossos anti-heróis. Nimona te diverte, emociona e as vezes dá vontade de abraçar por ser tão fofo. 

Tão idiota, mas tão legal. lol

Esse quadrinho tem um lugar em especial no meu coração, foram alguns messes felizes acompanhando Nimona. E se alguém tem alguma web comic boa para me sugerir, estou de ouvidos bem abertos!

Amor eterno a Nimona!


Por Nana Teixeira

Nerdice Pai D'égua #12: O caminho para a Guerra Civil + Promoção


Sim, pessoal, finalmente chegou! Amanhã é a estreia de Capitão América: Guerra Civil (vamos ter uma postagem sobre) nos cinemas de todo o Brasil e nossa coluna nerd especial não poderia ter outro assunto. Você que assistiu Vingadores: A Era de Ultron já deve ter uma boa ideia de como será o desenrolar da Guerra Civil nos cinemas. Entretanto, a Guerra Civil das HQ's se desenvolveu de um forma bem diferente e teve influência direta de várias histórias anteriores dos super heróis. E é sobre isso que falaremos hoje. Vamos entender referênc.... err... Vamos começar?


Com grandes referências, vem grandes entendimentos.

Primeiramente é importante destacar que o estopim para a Guerra Civil dos quadrinhos ocorreu quando um grupo classe C de super herois (Os Novos Guerreiros) que fazia parte de um reality show, resolveu atacar um grupo de vilões para aumentar a audiência do programa. No meio da luta, um dos vilões (o Nitro) explodiu e levou com ele uma parte da cidade de Stamford (incluindo uma escola cheia de crianças, próxima a explosão). A tragédia levantou a discussão sobre a falta de controle sobre todos os super humanos existentes (vamos lembrar que nos quadrinhos é realmente muita gente) e levou o Governo e a S.H.I.E.L.D a proporem uma Lei de Registro de Super Humanos, onde todos deveriam revelar suas identidades secretas e ser comandados por um órgão superior. Obviamente nem todos ficaram felizes com isso e houve a divisão de dois times: Capitão América e Homem de Ferro. Maaaaas, alguns detalhes da treta começaram muito tempo atrás em histórias mais antigas:

1 - Os Novos X-Men: E de Extinção

Dos idos de 2001 e escrita por Grant Morrison. Os Mutantes são cada vez mais comuns e a Escola Xavier para Jovens Superdotados tem cada vez mais alunos. Além disso, Magneto e seus acólitos passaram controlar a ilha de Genosha e a tornaram um refúgio para mutantes de todo o mundo. Entretanto, surge uma nova vilã, Cassandra Nova, e, utilizando-se do poder de um Sentinela gigante, extermina 16 milhões de mutantes que viviam em Genosha. Uma das poucas sobrevivente é Emma Frost: uma das mais poderosas telepatas do Planeta. Ela é resgatada e levada ao Escola Xavier.

Justamente, anos depois, durante a Guerra Civil, Tony Stark resolve pedir ajuda aos mutantes para seu time. É Emma Frost quem recusa:

Onde estavam os Vingadores quando Genosha morreu, Homem de Ferro? Onde vocês estavam enquanto nossos bebês eram calcinados?


Resultado: Os X-Men não tomaram partido na Guerra Civil e realmente poderiam ter feito a diferença para qualquer lado

2 - Guerra Secreta (não confundir com Guerras Secretas)

De 2005, escrita por Brian Michael Bendis, Nick Fury, o líder da S.H.I.E.L.D descobre que o governo da Latvéria (país do Dr. Destino) está financiando ataques de super vilões. Entretanto o Governo americano não autoriza um ataque direto a nação. Nick Fury então resolve juntar um grupo de super heróis para atacar o governo da Latvéria, mesmo sem permissão.

Entretanto um ano depois todos os heróis são atacados e Nova York vira um campo de batalha.

Resultado: Nick Fury passa a ser um foragido e deixa o comando da S.H.I.E.L.D para Maria Hill. Só que, nos quadrinhos, ela não simpatiza nem um pouco com os Super Heróis sendo, ela uma das personagens chave da Guerra Civil. Além disso, o governo começa a monitorar os heróis a partir dessa história e passa a desgostar do excesso de liberdade deles.




3 - Os Vingadores: A Queda e Novos Vingadores: O motim

Os Vingadores: A Queda é uma histórica clássica do grupo de herois. No mesmo dia vários acontecimentos (desde uma explosão na sede dos Vingadores, passando por um invasão alienígena Kree, um ataque de vários Ultrons e a Mulher Hulk perdendo o controle e destruindo o Visão) acabam enfraquecendo o grupo. Posteriormente descobre-se que os incidentes tem relação com o poder da Feiticeira Escarlate, o que acaba levando ao fim da formação de heróis. Algum tempo depois, quando uma prisão de supervilões é alvo de um motim, é necessário que seja formado um novos time de Vingadores, Os Novos Vingadores (quanta criatividade...). O novo time conta com o Homem Aranha, Luke Cage, Wolverine, Mulher Aranha e os veteranos Capitão América e Homem de Ferro.

Resultado: Super Heróis importante na Guerra Civil como o Homem Aranha e Wolverine se aproximam dos Vingadores. Aqui é também um ponto inicial da relação de parceria entre Peter Parker e Tony Stark.

4 - Thunderbolts: Fé em Monstros

Os Thunderbolts são um grupo de super vilões controlados pelo Governo Americano para realizar missões específicas (alô, Esquadrão Suicida, tem um galera copiando teu enredo aqui). Em Fé em Monstros, Norman Osborn (sim, o Duende Verde) vira o Diretor do Thunderbolts, recruta um novo grupo de vilões e eles acabam fazendo algumas missões ao lado do time Homem de Ferro na Guerra Civil.

Resultado: Em uma das batalhas da Guerra Civil, com a participação dos Thunderbolts um certo herói muito conhecido é espancado quase até a morte, sendo salvo pelo Justiceiro.









5 - Planeta Hulk e Ragnarok


O Ragnarok é o fim do mundo Asgardiano e nessa história, Thor acabada desaparecendo. 
Já em Planeta Hulk, após Hulk causar muita destruição, os grupo conhecido como Illuminati (composto por Tony Stark, Charles Xavier, Dr. Estranho, Raio Negro, Namor e Reed Richards) resolve exilar o gigante esmeralda no espaço. O Hulk acaba caindo num planeta onde o povo é escravizado e tem a chance de salvá-los.

Resultado: Nem o Hulk, nem o verdadeiro Thor participam da Guerra Civil. No livro, inclusive, o Tony Stark cita Thor como o principal apaziguador dos conflitos internos dos Vingadores e fala como ele faz falta. Ambos poderiam ter feito a diferença na luta. 


E aí, gostaram? Todas as Hqs citadas aqui são recomendadíssimas. Espero que tenham curtido as indicações. 
Mas ainda não acabou: temos uma promoção!




Não esqueça de deixar seu comentário.

Por Victor Rogério

Eu Li: Minha Julieta - Leisa Rayven

Título:
Minha Julieta (StartCorssed #2)
Autora:
Leisa Rayven
Editora:
Globo Alt

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Alguns amores nunca te deixam ir ...

Cassie jurou que nunca iria perdoar Ethan por quebrar o coração dela, quando eles estavam juntos anos atrás. Ele era seu grande amor , e quando ele se recusou a amá-la de volta , uma parte dela morreu para sempre ... ou assim ela pensou. Agora ela e Ethan estão compartilhando um palco da Broadway , e ele está determinado a reconquistá-la . Finalmente ele é capaz de dizer todas as coisas que ela precisava ouvir ... mas ela pode acreditar nele ? Será que ele realmente mudou , e o que faz com que esta mudança seja diferente de todas as suas outras promessas não cumpridas ?
A resposta está em algum lugar do passado, e agora a verdade virá à luz . Cassie voltará a confiar da maneira como ela era antes com Ethan ? Ou é tarde demais para estes amantes estrela-cruzados ?
Não perca este final hipnotizante da continuação de 'Meu Romeu' , a história de amor inesquecível, que capturou os corações de mais de dois milhões de fãs online.
Oi amados!

Já leram o livro Meu Romeu? Não, tá esperando o quêeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee? Essa aqui já é a resenha do livro Minha Julieta! #CORRE a não ser que você goste de spoiler tipo a Fernanda Karen!

Vamos direto ao ponto porque eu quase fiquei insana com o fim do outro livro, depois da forma terrorista que a autora terminou o primeiro livro, e olha que esses parecem ser o primeiros livros dela a serem publicados, e ela já me fez isso, suspeito que para ela ter escrito uma história assim tão real, ela tenha que ter vivido algumas das coisas que aconteceram no livro, e por pensar assim não me surpreende nada ter corrido até a livraria mais próxima para comprar o segundo, e nem a forma tensa com que o novo livro começa!

O primeiro passo para a auto transformação é (no casso da Cassie): SAIR DA NEGAÇÃO DE QUE NÃO AMA MAIS O HOLT! E foi exatamente isso que a Cassie fez. Depois dele mostrar e agir de forma diferente sobre eles, juntando isso ao e-mail que ele mandou no final do primeiro livro, ele conseguiu derrubar PARTE do murro que ela levantou ao redor dela no passado.

Depois de Holt muito insistir, e de Cassie descobrir o que de fato aconteceu com ele no período que a companhia de teatro em que ele estava passou em turnê pela Europa, Cassie finalmente pede ajuda a Holt para mudar. Juntos eles vão a uma terapeuta, a mesma que atende ele!

Neste livro ainda voltamos ao passado novamente e também vivemos uma nova relação no presente, onde Holt promete a Cassie que antes de tudo eles tem que aprender como ser amigos. E com muita confiança, para que só então eles passem para uma próxima vivência, a de ser um casal de verdade.

Uma das coisas que mais gostei nessa continuação é que Holt dá acesso irrestrito aos seus diários para a Cassie, sim ele também tinha/tem diários, para que ela possa entender melhor ele, e ler sobre o lado dele da história passada por eles. Ele usa isso como uma forma de ganhar a confiança dela, e mostrar como ele mudou. Enquanto isso eles ainda continuam atuando na peça, mas o clima entre eles ficou muito melhor, refletindo assim na atuação deles.

Em momentos no livro anterior eu quis esganar o Holt, mas dessa vez eu quis dar uns tapas na cara dela! Porque para você aceitar que uma pessoa está diferente, a pessoa em questão tem que demostrar e não só falar, o quanto está diferente, e é exatamente isso que ele faz, eu mesma estranhei esse Holt, mas dei o beneficio da dúvida para o personagem. 

No qursito romance, apesar de ele ainda mandar umas mensagens bem FAFADINHAS pouco convencionais para Cassie de noite ou madrugada, quando as coisas começam a ficar de fato quentes, ele vai tomar um banho de água fria e respeita que a Cassie não está pronta ainda, mesmo quando ela praticamente pula no colo dele, e olha que ele não é de ferro e tem um probleminha que só Cassie pode sanar, mas ainda assim ele não faz nada e dá para ver que o bichinho está no limite dele! #TADINHO

Então, nesse livro temos uma Cassie que assumiu que precisa de ajuda para melhorar e sair dessa vibe autodestrutiva, que faz acompanhamento terapêutico direitinho, apesar de que as vezes ela acaba mentindo ou omitindo alguns detalhes para a terapeuta, ela continua indo as sessões, e percebemos também que ela já aceita que o Holt está diferente. E ela aceita uma coisa muito importante que vai dar forças para ela continuar no tratamento: Ela quer sim e muito um futuro com o Holt!

Os diários dela dessa vez vem contar como foi que a Cassie ´´passou`` pós partida de Holt, e como ela está lidando com a aceitação dele na vida dela novamente. É um livro muito mais obscuro sobre os sentimentos, mas ainda assim muito real. Eles dois estão muito mais maduros, não no sentido de idade mas no sentido comportamento e sentimentos.

Gostei muito da forma como a autora terminou o livro. Então super recomento!



Por Anne Magno

[Quinta Em Outra Língua #39] A Darker Shade Of Magic - Shades Of Magic #1 - V.E. Schwab

Título: 
A Darker Shade of Magic
Autora: 
V.E. Schwab
Editora: 


Kell é um dos últimos Antari, um mágico raro que pode viajar entre mundos paralelos: pulando de Londres cinza - suja, chata, sem magia, e governado pelo louco Rei George – a Londres vermelha - onde a vida e magia são reverenciados, e a disnastia Maresh governa um império florescente - a Londres branca - governada por quem quer que tenha assassinado o seu caminho para o trono, onde as pessoas lutam para controlar a magia e vice versa, mas nunca Londres negra, porque viajar para esse lugar é proibido e ninguém fala dele agora. 
Oficialmente, Kell é o embaixador pessoal o príncipe adota de Londres vermelha, carregando as correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell contrabandeia para aqueles dispostos a pagar até mesmo um vislumbre de um mundo que nunca vai ver, e é este passatempo perigoso, que bota ele em uma situação de traição acidental. Fugindo em Londres Cinza, Kell colide com Delilah Bard, uma ladra de bolsos com aspirações elevadas. Ela rouba-o, salva-o de um inimigo perigoso, em seguida, força-o a levá-la com ele para uma adequada aventura. Mas a magia perigosa está no caminho, e traição se esconde em cada canto. Para salvar tanto a sua Londres e dos outros, Kell e Lila primeiro precisam se manter vivos - um feito mais complicado do que eles esperavam.

Que tal um truque de mágica? 


Elegância, magia e muita aventura em uma história única e excitante. Parece anuncio de capa de livro, mas juro que não é.

Imaginem que existem três realidades completamente diferente para um lugar só e em cada um desses mundos você se depara com situações políticas, econômicas e sociais opostas, conseguem imaginar? É o que acontece com Londres, dividida em Londres branca, cinza e vermelha e que um dia também possuiu uma quarta realidade, Londres negra. 

Londres branca é governada por vilões, um rei e uma rainha que por magia fariam qualquer coisa, até mesmo com a vida do seu povo, atrás de poder. Londres cinza é um local sem magia, foi como se ela houvesse sido apagada da mente dos que ali vivem e ficou apenas uma mera lembrança na vida de alguns e um conto na de outros. Londres vermelha, governada por uma boa monarquia, mais justa e acostumada com a magia em seu cotidiano. Londres negra foi um local tão consumido pelo poder que acabou sendo levada a ruínas. 

Kell, nosso protagonista, é um Antari, um tipo de mago que pode viajar entre essas realidades, sendo um dos poucos com essa característica, Kell é tratado por todos com muito respeito na Londres vermelha, de onde vem originalmente. Tendo sido adotado pela família real e sendo porta-voz entre o Rei de Londres vermelha com os monarcas e governantes das outras Londres. 

Em todo o tempo em que faz isso, Kell acaba desenvolvendo uma fixação por recolher objetos de lembrança das outras realidades. O hobby acaba se tornando um trabalho a parte, já que muitas pessoas colecionam tais objetos, pagando muito bem para obtê-los. É por causa disso que Kell acaba se envolvendo em uma situação praticamente sem saída ao conhecer Delilah Bard, uma ladra de Londres cinza que acaba roubando um objeto muito importante das mãos de Kell. 

Entre tentar recuperar o objeto e não saber o que fazer com ele, Kell acaba se aliando a Delilah em uma missão louca cheia de viagens e descobertas incríveis. 

TA-DA PRA TUDO!

Kell é um mistério, tem toda a pinta de um cara sério, mas acaba por mostrar seu lado mais jovem em alguns momentos, tento ele crescido com a família real, é tratado também por todos como um príncipe, sendo aclamado, cortejado e tudo mais. Ele tem uma amizade muito forte com o príncipe herdeiro (esse é o típico garoto mimado que recebe todo tipo de atenção, mas que é adorável, trata o irmão adotivo como irmão de sangue e bem.... é inevitável, ele é encantador e eu quero saber mais sobre ele.) 

Delilah é carismática, meio louca e tudo o que ela quer, desde que conhece Kell, é ir embora de Londres cinza para começar uma nova vida. Ou seja, a garota sabe o que quer e não desiste até que consiga (adorei que ela botou um pouco de rebeldia na vida do Kell, ou muita dependendo do ponto de vista hehe). 

O livro não é leve, sinto dizer caros leitores que querem se divertir apenas, ele tem passagens engraçadas sim, mas sabe jogar bastante com o lado sombrio da história, sempre sendo muito detalhista ao descrever lugares e algumas situações. O legal é que os nomes das Londres que passamos a conhecer realmente se aliam as características dela e você pode ficar observando esses pontos ao ir lendo e tentando entender a relação de tudo aquilo. 

Livros com magia possuem um lugar especial no meu coração e A Darker Shade of Magic me chamou atenção por ter magia no título kkkk e também por essa capa incrível! A história em si foi contagiante e estou mais que ansiosa pra saber mais sobre essas realidades e aqueles que vivem nelas.

Porque não 5 Londres diferentes?


Por Vivian Cardoso

Eu li: Moscow - Edyr Augusto

Título: 
Moscow 
Autor: 
Edyr Augusto 
Editora: 
Boitempo 



Um jovem marginal envolvido com gangues, sexo, drogas e crimes é o personagem central deste romance ambientado na praia do Mosqueiro, no Pará. O ritmo bem marcado, a linguagem seca e por vezes dura de Edyr Augusto chegam a asfixiar, de tão reais. O autor nos apresenta sem paternalismo personagens cruéis, verdadeiros, sem compaixão. Gente que poderia ser encontrada em Belém, São Paulo ou Rio de Janeiro, cuja força dramática impregna todas as páginas do livro. Moscow é uma história de suspense, narrada com uma oralidade singular - a linguagem falada em Belém do Pará. Um livro para ser lido de um fôlego só.

Se você leu a resenha da Fernanda sobre "Pssica" (leia aqui) já deve estar imaginando um pouco sobre o conteúdo desse livro. Moscow foi o primeiro livro que eu li do Edyr Augusto e em um resumo simples, pode-se dizer que é uma facada rápida no estômago. É um livro curtíssimo (65 páginas); que você não consegue parar de ler por causa do ritmo com que as coisas vão acontecendo com o protagonista; e extremamente violento.

Para quem não sabe, há uma ilha próxima de Belém, que é um distrito e é muito popular por suas praias de rio e água doce. É a ilha de Mosqueiro ou "Moscow" para os mais chegados. Toda a ação do livro se passa por lá, daí o título. O protagonista é um jovem sem nome de Belém que possui alguns problema com sua família (seus pais o ignoram) e está passando sua férias em Mosqueiro. Mas o conceito dele de férias na ilha envolve muito mais que simplesmente passar os dias na praia. Ele passa o tempo andando com seus amigos pelas  praias e realizando desde pequenos delitos, furtos e roubos, até assassinato. Edyr Augusto já mostra a que veio logo no primeiro capítulo onde o protagonista conta como ele e seus amigos estupraram e roubaram um casal que namorava a beira praia.

Aquela brisa tinha um sabor especial. A gente sempre fazia isso. Às vezes nem dava certo. Hoje ia. Os barrancos perto da Praia Grande. Ficava para trás sempre um boy desses, procurando empregada. Era tiro e queda. Lá estava o garoto no escuro. (...) Eu fiquei com a gata. Naquele escuro, eu precisado.

A violência vai crescendo de forma gradual e em pequenos capítulos. O protagonista passa vários dias em que não faz nada além de beber, ir na casa de amigos ou tentar conquistar uma garota. Mas as vezes decide do nada quem está irritado o suficiente para matar a pessoa que está ao lado dele. E não há limites para o que é descrito. O livro é brutal e terrivelmente real, narrando brigas extremamente violentas a estupros de crianças e grávidas. E, a medida que você avança cada vez mais na trama, percebe o quão psicopata e louco é o protagonista. Simplesmente não há objetivo, é a violência pela violência e pelo prazer.

Não sei o que quero, mas não invejo nada. Nem esses mauricinhos que passam de carro, com roupas da moda. Tenho meu jeans, minha bermuda, meu tênis. Tá bom.

A linguagem é um dos pontos altos do texto. Bem regionalista, suja e com frases curtas, marcas registradas do texto de Edyr Augusto. Se você pensar na realidade que filmes como Cidade de Deus e Tropa de elite trouxeram para as telas, essa mesma realidade pesada está impressa nas página de Moscow. A diferença aqui é que, apesar de lembrar muito os filmes brasileiros com violência urbana, há um certo prazer na violência praticada pelo protagonista. Muitos dos assaltos e delitos praticados nem valem pelo lucro em si, mas pela agressão que foi realizada.

Passei lá na Praia Grande sem nem ligar se o casal da véspera estava por lá. A galera já estava no Barba. Ficamos de boba até umas duas. Apareceu o Tomás. Ele precisava da gente. Um cara mexeu com a irmã dele. Mais forte. Apanhou. Agora queria uma forra. O cara é de uma gangue, mas a gente não bota fé. Vamos?

Em resumo, Moscow é um livro bem cruel, brutal e, infelizmente, totalmente real. A narrativa, apesar de terrível prende e o final é imprevisível. Se você curte esse tipo de leitura, é altamente recomendado. Minha nota final:


Por Victor Rogério

Eu Li: Entre o Amor e a Vingança - Sarah MacLean

Título:
Entre o Amor e a Vingança
Autora:
Sarah MacLean
Série:
O Clube dos Canalhas #1
Editora:
Gutenberg

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O que um canalha quer, um canalha consegue... Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury.


Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres. Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança – o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles…
Oi amados!

Ano passado foi um ano muito rentável no quesito diversidade de romances de época. Na Bienal (sim, esse também foi um livro achado na Bienal) do ano passado tive a surpresa de descobrir que a Editora Gutenberg também está lançando títulos nesse sub gênero. Já tive a oportunidade de ler 4 livros assim dessa editora, e só posso dizer que se ela continuar escolhendo os livros como escolheu os títulos até agora ela está indo por um bom caminho para o coração dos fãs de romances de época!

Entre o Amor e a Vingança é o primeiro livro dessa série, e acredito ser uma série curta com 4 livros, mas posso está enganada torço para estar enganada, e vem contando a história do Michael, Marques de Bourne e como no inverso de 1821 em Londres, diante de uma mesa de cartas, ele foi ganancioso e burro o suficiente para perder todas as suas propriedades para o BFF do pai dele. E só o que lhe restou foi um título desonrado.

Nossa história de fato começa muitos anos depois, acredito que aproximadamente 10 anos depois, já nos apresentando a querida mas nada dócil Lady Penélope Marbury. Ela é considerada pela sociedade londrina como a beleza da vez, perfeita e respeitável, até se ver envolvida por um escândalo que a mãe dela, e as irmãs péssimas, insistem em dizer que foi culpa dela. Mas eu pergunto para vocês, que culpa a Penny (tadinha) tem se o carinha que disse que ia casar com ela é pego de calças arriadas com uma garota totalmente diferente dela? E que ainda por cima uma semana depois ele casa com a garota e eles vivem esfregando no nariz da Penny que eles vivem felizes para sempre, com direito a um herdeiro homem logo de cara? 

Pois é, eu também super discordo da opinião de que ela é culpada! Mas o pai dela já de saco cheio dos mexericos que a mãe dela fica fazendo resolveu adotar uma tática diferente para casar a Penny em no mínimo uma semana. Calma, ele não vai mandar desonrar a filha, mas no fim é quase isso que acontece... O pai dela em uma mãe de sorte acaba ganhando do BFF do pai de Michael todas as terras do Marquesado de Bourne.

Então adivinha quem vai atrás da Penny? kkkkkkkkk...o dito cujo, agora com aproximadamente 30 e poucos anos, e totalmente diferente. Em 1831 ele é considerado um dos 4 proprietários do muitíssimo famoso cassino Anjo Caído, esse nome não poderia ser mais pertinente. Os quatro proprietários desse antro mágico de jogatina são conhecidos nobres que despencaram por motivos diversos e ressurgiram como uma fênix, mais poderosos do que nunca. Eles sabem todos os segredos de todos os nobres de Londres, e só frequenta o clube aquelas pessoas agraciadas por um deles com uma senha.

Mesmo vivendo em fartura como proprietário do Anjo Caído, Michael, nunca deixou de arquitetar uma vingança contra o BFF do pai dele. E quando Chase, o maior acionista do Anjo Caído conta para ele que todos os bens do Marquesado foram atribuídos como dote de Lady Penélope. Ele prontamente vai caçar e desonrar irremediavelmente sua amiga de infância.

Tommy, Michael e Penny sempre andaram juntos na infância causando os maiores tumultos e participando das melhores aventuras juvenis. Mas para Penny sempre foi Michael, o amigo especial. E naquele período ela lutou a todo custo a manter contato com ele depois do ocorrido que mudou a vida dele. Mas, e ele cortou todos os vínculos. Penny voltou a pensar nele quando em uma manhã comum seu amigo Tommy, filho do BFF do pai de Michael, vem a casa dela e pede a mão dele em casamento. Ela em uma crise de risos prontamente recusou.

E nesse dia ela descobre o que o pai fez. E para esfriar os ânimos literalmente porque é meio que inverno lá fora, ela vai dar uma volta na madrugada pelas terras que compõem seu novo dote. E descobre um invasor nas terras. Uma pessoa normal correria na direção contraria ao barulho, mas ela pensando serem piratas vai atrás do som. O que ela descobre é ainda mais alarmante!

Michael na madrugada só queria dar uma olhadinha em seu antigo lar, mas descobre uma bela mulher o encarando e do nada correndo na direção dele para o abraçar. Coisa que ele não retribui. Penny depois do choque começa a perceber como ele está diferente. Michael não poderia achar mais fácil conseguir suas terras de volta quando Penny torna as coisas tão fáceis.

E para saber como ele conseguiu e o que a Penny fez com ele, você vai ter que ler o livro!

Fica a dica e até o próximo post.



Por Anne Magno

Eu Li: A Herdeira - Keira Cass + Promoção


Título: 
A Herdeira 

Autora: 
Kiera Cass

Editora:
Seguinte 


No quarto volume da série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, descubra o que vem depois do "felizes para sempre".
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais. Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.

Quando anunciaram um novo livro do universo de A Seleção, sei que várias pessoas ficaram com o pé atrás (eu mesma fiquei, confesso). Mas aí fiquei sabendo da premissa da história. Vocês podem me chamar de rasa mas quando soube que teriam 36 homens para cortejar a mão da futura rainha fiquei animadíssima!

“A Herdeira” é narrado 18 anos depois do fim de “A Escolha”, último livro da série A Seleção e vai contar a agridoce história de Eadlyn. É interessante ter a perspectiva da princesa porque ela tem real noção de toda a responsabilidade que ser rainha acarreta e não escolheria se tivesse opção. Para deixá-la mais enfurecida com a vida, Eadlyn tem um irmão gêmeo, Ahren, que nasceu 7 minutos depois. Se fossem nos tempos do finado rei Clarkson *vomita*, Eadlyn jamais teria chance de subir ao trono. Mas com Maxon e America as coisas ficaram mais brandas e eles consideram justo que a primogênita exerça seu direito. Particularmente, gosto muito desse impasse na cabeça de Eadlyn. Ela tem vários privilégios, claro, mas em contrapartida, as responsabilidades são fardos pesados para carregar. 

Os problemas com as castas ainda existem, mesmo que o rei Maxon tenha acabado gradualmente com essa segregação. Algumas pessoas ainda carregam preconceitos com descendestes de castas inferiores e vice-versa e as confusões ainda estão a toda neste livro. Para distrair o povo das tretas, voltamos a boa e velha política de pão e circo: outra seleção. 

Eadlyn será o alvo de vários homens adoráveis que querem subir na vida. Mas diferente de Maxon, que aceitou muito bem até (achou eu), a princesa não vai facilitar para os pretendentes. A protagonista é durona (bem chata e arrogante, no começo, inclusive) e não será qualquer um que vai conseguir conquistá-la. 

Bem, difícil não quer dizer impossível e tem alguns selecionados que me arrebataram e sei que mexeram com o coração da futura rainha (PORQUE O CORAÇÃO DELA NÃO É DE PEDRA, MANINHOS).
Cês lembram da Marlee? Aconteceu uma confusão muito séria com ela em “A Elite” (sem spoiler). Enfim, ela vive no palácio e é muito apegada a América. E, sabe, ela tem um filho mais ou menos da idade de Eadlyn. Estão sentindo?? CHEIRO DE SHIP NO AAAR! 

Kile Woodwork é um rapaz ótimo, inteligente e aventureiro. Ele não quer estar preso a nada. Kile quer sair, ver o mundo, mas sua mãe sempre barra seus planos. Kile conhece Eadlyn desde criança e eles não vão com a cara um do outro (adoro). Sim, ele será um dos selecionados (a reação dele é TÃO maravilhosa! Possivelmente minha parte favorita do livro e nem foi romântico) e já é o escolhido do meu coração. 
Também temos outros selecionados tentadores, como Henri Kaakoppi, um estrangeiro que sequer fala o idioma de Eadlyn, mas a ganhou um pouco mesmo assim. Graças e ele, temos seu interprete simultâneo e um pretendente não oficial, o querido Erik (espero do fundo do coração que ele não seja falsiane). Ean Cable é um rapaz que não faz o tipo bonzinho e já no começo mostrou ao que veio (ele é tipo a Celeste, sabe). Hale Garner, um rapaz bem ajustado em seus trajes sempre impecáveis e sempre tem uma palhinha para dar com Eadlyn quando o assunto é moda e alguns outros que vão dar o que falar. 

“A Herdeira” é um típico livro de Kiera Cass: apaixonante e acaba rápido demais! A narrativa de Kiera é tão gostosa e prende tanto atenção que até os clichês ficam atrativos. Sem falar que é ótimo ~rever~ os personagens da série passada, hoje adultos e maduros. A America, por exemplo, está meio irreconhecível. Muito boazinha, sabe. Tenho que levar em consideração que a narrativa é da perspectiva de Eadlyn e talvez ela veja a mãe assim, mas nós que a conhecemos sabemos o que America fez em livros passados, mwhaha. (Também é demais ver que meu ship de "A Seleção" deu certo e fizeram 4 filhos logo para carimbar.)

Ponto crucial: não odiei Aspen nesse livro. Ele continua em companhia do casal real, com sua esposa Lucy, e os dois enfrentam um drama próprio nessa história. Espero que no final dê tudo certo para eles. 

O final da série “A Seleção” (né Kiera?? Não me engana mais, por favor!) já tem capa e data de lançamento! 
Em A Coroa, vamos acompanhar o desfecho da história de Eadlyn e descobrir se ela vai tomar a decisão acertada e ficar com Kile (vou xingar muito no twitter se não).
A Editora Seguinte é uma querida e vai fazer um lançamento simultâneo aos EUA no Brasil! O livro já está em pré-venda em várias lojas virtuais (com aquele mesmo esquema de capa normal e capa dura, pela Saraiva) e quem comprar antes do lançamento ainda vai levar um brinde exclusivo!
(Visualize aqui os links disponibilizados pela editora!)

O lançamento oficial de "A Coroa" será dia 03 de maio e para ajudar na contagem regressiva do lançamento do último livro da série "A Seleção", o blog Garota Pai D'Égua, em parceria com a Editora Seguinte, vai sortear um exemplar de "A Herdeira" para algum leitor(a) sortudo(a) do blog!

Regras básicas:

- Morar no Brasil ou ter um endereço de entrega brasileiro;
- Seguir as instruções do formulário abaixo;


ATUALIZAÇÃO!!

E já temos uma ganhadora! Parabéns Barbara Reis! Envie seus dados até dia 19/05 para o e-mail garotapaidegua@hotmail.com, caso contrário faremos outro sorteio :))

Por Fernanda Karen

Eu Li: A Batalha do Apocalipse - Eduardo Spohr


Título: A Batalha do Apocalipse: Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo 
Autor: Eduardo Spohr 
Editora: Verus

Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o Dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas. Único sobrevivente do expurgo, Ablon, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na Batalha do Armagedon, o embate final entre o céu e o inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro da humanidade.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano, das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval, A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana - é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, repleto de lutas heroicas, magia, romance e suspense.

E aí, pessoal, tudo bem? Vamos falar mais um pouco sobre literatura nerd?

A Batalha do Apocalipse é um livro extremamente denso. Acabei de ficar chocado aqui eu lembrar que ele tem "apenas" 588 páginas, pois, após lê-lo a sensação é de ter lido muito mais. A trama traz uma visão um pouco diferente da criação do mundo, misturando desde lendas bíblicas até as várias mitologias que existem no mundo todo. O resultado é um mundo fantástico cheio de criaturas místicas e focado, principalmente, nos anjos. A ideia aqui é que o mundo foi realmente criado por Deus em 7 dias, mas não 7 dias comuns. Cada dia para Deus representa uma era inteira para o mundo terrestre, sendo que o último dia se inicia com a criação dos homens. Após concluir sua criação, Deus resolveu descansar e deixou o mundo e os homens nas mãos dos 5 Arcanjos, Miguel, Uziel, Rafael, Gabriel e Lucifer.

Entretanto os Arcanjos e vários anjos se sentiram diminuídos perante a criação, pois Deus deu aos homens o maior presente de todos: o livre arbítrio. Revoltado e com o controle do Universo em suas mãos, Miguel, o líder dos arcanjos decidiu acabar com a humanidade em várias investidas. E desse ponto vemos grandes cataclismos bíblicos como sendo obras dos anjos, como o Dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra, por exemplo. Mas, alguns anjos não concordaram com as ações de Miguel contra a humanidade e resolveram se rebelar, mas, traídos por Lúcifer, acabaram descobertos e lançados ao mundo terrestre como castigo e lá deverão ficar até que o 7º dia chegue ao fim e o apocalipse se inicie.
No Céu e no Inferno, o Armagedon marca o início de uma nova era. Quando for completado, Deus despertará de seu sono e todas as sentenças serão revistas. O Tecido da Realidade cairá. Antigos inimigos se enfrentarão, e não haverá fronteiras entre as dimensões paralelas. E esse será o Dia do Ajuste de Contas.
O crepúsculo do Sétimo Dia se aproxima, e a noite cairá em breve.
Sim, toda essa trama é só o prólogo do livro e o universo que norteia toda a ação em volta dos protagonistas. A trama principal envolve um dos anjos que foram lançados ao mundo dos homens, Ablon. O texto não segue o tempo cronológico: há uma linha do tempo principal, que se passa num futuro próximo e narra como, aparentemente, o Apocalipse e o fim do 7º dia estão próximos e como Ablon está se preparando para esse acontecimento. 

- Então você também notou, não é? - Instigou o infernal - Os sinais. Ele são a prova definitiva que o fim do Sétimo Dia está terminando, e com ele toda a vida humana.
O Apocalipse.
Orion estava certo. Os sinais eram evidentes. Todos os símbolos e profecias apontavam para o Juízo Final.
- Eu sou um anjo renegado, o último ainda vivo. Estou condenado a viver neste Mundo Físico. Não posso mais cruzar o Tecido da Realidade como vocês. Mas não é preciso ser muito esperto para notar que o Armagedon se aproxima - Ablon fez uma pausa, e então concluiu - E é triste pensar que tudo o que fizemos foi em vão.

Mas, essa linha do tempo é cortada várias vezes, por flashbacks da vida do anjo caído na Terra, desde tempos babilônicos, com a grande Torre de Babel, passando por momentos como a crucificação de Jesus e a queda do Império Romano. O livro faz uma viagem histórica por várias civilizações humanas e é bem competente em descrever isso. Por outro lado, essa forma de contar a história acaba trazendo momentos completamente anti climáticos na trama principal. Por vezes a leitura deixa de narrar algo importante sobre o Apocalipse que se aproxima para mostrar um flashback. Tem uma cena específica onde temos uma batalha pronta para estourar e, de repente, entramos num flashback de 100 páginas sobre algo que Ablon viveu há milhares de anos.

O grande ponto alto do livro é o poder descritivo de Eduardo Spohr. A Batalha do Apocalipse tem um tom épico e as batalhas que ocorrem ao longo de trama são muito bem descritas. Inclusive para mim, a melhor cena de luta que eu já vi em um livro (do meu pequeno universo de livros lidos, claro) ocorre quando Ablon enfrenta pela primeira vez seu maior rival, Apollyon. A cena dura 3 páginas e é algo digno de um anime estilo DragonBall. 

Outro ponto alto da trama são os personagens. Ablon sem dúvida é o protagonista da história e faz o estereótipo completo da Jornada do Herói. Mas temos vários coadjuvantes que roubam a cena e, sem os quais, o protagonista jamais chegaria vivo ao fim da trama. Shamira, a feiticeira de En-Dor é um ótimo exemplo. Ele é uma humana que foi salva por Ablon muito tempo no passado (conhecemos ela através de um flashback) e, graças a poderes mágicos, conseguiu permanecer viva e atravessar as eras, assim como o anjo. Várias partas de trama (inclusive trechos do final) são focados nela e demonstram o quanto é poderosa.

Os vilões também são um toque a parte. É um pouco complicado falar neles sem dizer spoiler, então vou me controlar um pouco nesse parte. Mas posso garantir que quando chegamos ao ápice do livro e temos um baita plot twist e a revelação dos vilões, posso garantir que a leitura vale muito a pena.

Enfim, a Batalha do Apocalipse é um ótimo exemplar de fantasia criada em terra tupiniquins (Eduardo Spohr é um dos pioneiros sobre a forma como a fantasia é escrita hoje no Brasil). Apesar de não ser um livro de leitura fluída (é denso demais, não dá pra ler de uma vez), é ótimo e recomendo a todos. Minha nota final é:


Por Victor Rogério