Eu Li: A Música do Silêncio - A Crônica do Matador de Rei #2.5 - Patrick Rothfuss


Título:
A Música do Silêncio
Autor:
Patrick Rothfuss
Editora:
Arqueiro
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC

Debaixo da Universidade, bem lá no fundo, há um lugar escuro. Poucas pessoas sabem de sua existência, uma rede descontínua de antigas passagens e cômodos abandonados. Ali, bem no meio desse local esquecido, situado no coração dos Subterrâneos, vive uma jovem.
Seu nome é Auri, e ela é cheia de mistérios.
A música do silêncio é um recorte breve e agridoce de sua vida, uma pequena aventura só dela. Ao mesmo tempo alegre e inquietante, esta história nos oferece a oportunidade de enxergar o mundo pelos olhos de Auri. E nos dá a chance de conhecer algumas coisas que só ela sabe...
Neste livro, Patrick Rothfuss nos leva ao mundo de uma das personagens mais enigmáticas da série As Crônicas do Matador do Rei. Repleto de segredos e mistérios, A música do silêncio é uma narrativa sobre uma jovem ferida em um mundo devastado.

'A Música do Silêncio' é um livro intermediário e bem curtinho escrito e lançado para diminuir um pouco da ansiedade dos fãs da trilogia pelo último volume da série. Comigo não funcionou, pois eu estou é mais ansiosa ainda. 

Este livro conta um pouco mais sobre como é o mundo de Auri, a garota misteriosa. E é um mundo tão único quanto ela. Auri é a imagem da delicadeza, ela tem algo de fada abandonada no mundo real. Ela tem manias muito peculiares, como sentir que os objetos não estão felizes nos lugares onde estão e mudá-los até sentir que estão felizes. Ela é peculiar de um jeito que dá vontade de colocá-la num potinho. 

A escrita continua maravilhosa e envolvente. Poética, cativante. Uma das coisas mais marcantes dos livros do autor é o modo como ele conta a história, o modo como você passa a acreditar no mundo que ele cria, em seus personagens e suas histórias. Há toda uma magia que transpira dos livros, e foi isso que conquistou tantos fãs.

O objetivo de amenizar a ansiedade não funcionou comigo, como eu já disse. Não acho que uma história tão curta seja suficiente para conseguir isso. Além do mais, apesar de ter adorado a oportunidade de mergulhar novamente no mundo criado por Patrick, não acho que a história de Auri seja tão importante assim para ter um livro único. Na verdade pode até ser importante pois não sei o que o autor reserva para o próximo livro, porém muitas vezes me pareceu uma história muito arrastada, sem objetivo. Claro, Auri é peculiar de um jeito bom, mas senti falta de mais ação. 

Enfim, estou mais ansiosa que antes, o livro deixou um gostinho de quero mais que já tinha diminuído desde que li o segundo livro da trilogia, e foi bom conhecer um pouco mais desse mundo calmo e silencioso onde Auri vive. 


Por Bianne

Eu Li: O Resgate no Mar Parte I e II - Outlander #3 - Diana Gabaldon

 CUIDADO! AS SINOPSES PODEM CONTER SPOILERS! 



Título:
O Resgate no Mar - Parte 1
Autora:
Diana Gabaldon
Editora:
Saída de Emergência
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC | Amazon

Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor da sua vida – Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que voltara à sua própria época, ela pensava que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden. Agora, em 1968, que seu amado pode estar vivo. A memória do guerreiro escocês não a abandona... seu corpo e sua alma chamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois?


Título:
O Resgate no Mar - Parte 2
Autora:
Diana Gabaldon
Editora:
Saída de Emergência
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC | Amazon

Claire Randall finalmente conseguiu voltar no tempo e reencontrar Jamie Fraser na Escócia do século XVIII, mas sua história está longe do final feliz. O casal terá que
superar muitos obstáculos, de fantasmas a perseguições marítimas, mas o principal deles são os vinte anos que se passaram em suas respectivas épocas desde a última vez que se viram. Se a intensa paixão e o desejo entre eles não parecem ter diminuído nem um pouco, o mesmo não se pode dizer sobre a confiança. Jamie agora é um homem endurecido pelo que aconteceu após a Batalha de Culloden. Claire, por sua vez, precisa lidar com o segundo casamento de seu amado e suportar a saudade de Brianna, que ficou sozinha no ano de 1968. A união dos dois será posta à prova quando o sobrinho de Jamie for sequestrado. Juntos, eles precisarão singrar pelos mares e cruzar as Índias Ocidentais para resgatá-lo, provando mais uma vez que nada é capaz de deter uma história de amor que vence as fronteiras do tempo e do espaço.



Fica cada vez mais difícil fazer resenha dessa série para vocês! Quero sair postando todos os comentários sobre cenas que seriam claramente considerados spoilers, sobre os heart breaking moments, sobre minhas quedas da cadeira durante a leitura, sobre meus trechos preferidos! Que tentação gzuis! Mas vou tentar falar de tudo isso sem dar muitos spoilers, prometo. 

Eu admiro muito o relacionamento que a autora construiu entre o Jamie e Claire. Apesar de tudo que aconteceu com eles, e talvez até por causa disso, o amor deles é tão grande! Tão sincero, confiante, maduro. É fácil sentir esse amor saindo das páginas. É como se você estivesse na presença deles aqui na vida real e pudesse olhá-los e pensar que você gostaria de ter um relacionamento assim um dia, forte, seguro, sincero, apaixonado. 

Nas próprias cenas calientes é possível perceber as fortes bases desse relacionamento. Nesses livros o casal não é mais tão jovem quanto antigamente, seus corpos mudaram e etc, e mesmo eles tendo consciência disso não há aquele constrangimento por parte de nenhum dos dois. Há uma forte segurança do amor do outro, uma confiança única. Talvez eu seja boba por prestar atenção nisso, mas eu realmente admiro isso neles.

Esses livros também são cheios de encontros. Encontros de tirar o folego, de apavorar, de emocionar. Nesses encontros é possível notar o quanto os personagens mudaram, as vezes por causa do sofrimento, as vezes por causa do amor. Alguns personagens eu quase não reconheci por causa de suas atitudes, porém tive a oportunidade de entende-las, por mais que não concordasse com todas.

A autora nos conta muitas coisas pelo ponto de vista do Jamie na primeira parte deste terceiro livro, e foi muito bem vindo o foco dado a ele. Nos primeiros livros é a Claire quem tem que fazer escolhas e descobrir coisas difíceis, e nesse terceiro livro temos a chance de conhecer um pouco mais do Jamie ( e amá-lo mais ainda!).

Minha vontade de fazer comentários sobre cenas especificas é muito, MUITO grande, mas não quero estragar a leitura do livro para quem não gosta de spoilers. Só preciso finalizar dizendo que eu amo, amo essa serie naquela forma de amor sincera que você tem por um livro, que não te ama de volta nem nada, que só existe e você agradece por ter lido a história. Jamie e Claire são um dos meus dois OTPs (one true pairing) e com certeza tem o potencial de ser o casal favorito de vocês também!

Amo demais!

Por Bianne

Eu Li: Amor na TPM - Fernanda Mello


 Título:
Amor na TPM
Autor:
Fernanda Mello
Editora:
Empíreo
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC 
Divertido, cheio de dicas e histórias, Amor na TPM oferece conselhos enriquecedores para mulheres e homens viverem mais felizes durante um período que, para muitas pessoas, é de grande dificuldade física e emocional.
Com muito bom humor, Fernanda Mello explora diversos aspectos da TPM, como a insegurança, o apetite e a sensibilidade, e convida médicos e psicólogos para responder as dúvidas mais comuns.

Fernanda Mello traz um livro divertido e repleto de informações básicas sobre a temida TPM.
Mas, afinal, TPM existe? Ah, queridinhos, garanto a vocês que existe. E não é doce, não. “Amor na TPM”, da autora Fernanda Mello, traz um show de informações e experiências pessoais em um texto muito divertido. Ela direciona seu livro para mulheres (que entendem o drama) e aos homens (que tentam entender o drama) de uma forma leve e descontraída.

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“Amor na TPM” é uma espécie de manual de sobrevivência para os seres humanos. Com um olhar amplo sobre os vários tipos de relacionamentos; como por exemplo, a abordagem entre romances de duas mulheres (imaginem duas feras na TPM, genten! O caso é sério), Fernanda Mello nos dá ótimas perspectivas sobre a temível tensão pré menstrual, sempre com um tom bem-humorado que me arrancou várias gargalhadas. Tem depoimentos de várias mulheres e homens e muitas informações relevantes. O livro é uma delicia!

Quando solicitei, achei que se tratava de um chick-lit, e foi com surpresa que peguei um livro
pequenino de teor informativo, todo ilustrado e muito bem trabalhado.
A leitura flui de forma agradável e termina rápido demais, na minha humilde opinião.


Particularmente, adoro o trabalho da editora Empíreo. Adoro o cuidado e o zelo que eles têm em suas publicações e “Amor na TPM” veio para carimbar mais um trabalho incrível da editora.
“Amor na TPM” vai divertir o leitor da primeira a ultima página e deixá-los ligadinhos nessa fase difícil que toda mulher passa.
Leitura altamente recomendável. Afinal, TPMs são mais prováveis que o apocalipse zumbi e o rastro de destruição é bem equivalente, rsssss. 


Por Fernanda Karen

#MissãoBienal Procurando Fernanda Karen

Oi, gente, e lá vamos nós novamente!

Eu não me acho muito fotogênica... ou muito menos filmogênica (se é que isso existe), mas, tem certas coisas que por mas que procure milhões de palavras, um vídeo, vai contar melhor a história.


Em nosso terceiro dia no Rio de Janeiro, a Miss fofinha resolveu ir atrás da Diva dela, a mais que fofa, Carina Rissi, e a louca da Fernanda deixou a gente preocupado porque ela ainda não tinha ido no Rio, e foi sozinha caçar o shopping Leblon, domingo de manhã cedo.

Então, o que nós poderíamos ter feito, além de ir resgatar a Fernanda Karen? E inspirada na saga de uma peixinha muito engraçada, nós temos "Procurando Fernanda Karen".

Lógico, que nesse dia tomamos um mega café da manhã para ir nessa aventura, porque nós ficamos na Barra da Tijuca, e para o centro do Rio, é uma boa viagem, independente do meio de transporte que você usa.

Então chega de conversa, e vamos logo aos vídeos!
P.s: Não editei nada, deixei tudo do jeitinho que estava! kkkkk


Então, quando ela encontrou a Carina Risse, aconteceu isso!
                                       


Eu super adoro a Carina Rissi também, mas eu me derreti toda quando eu consegui conversar com a Julia Quinn e o melhor: ela me entender  kkkkkkkkkkkk

Aproveitei para tietar a nossa querida Frini, Blogueira do "Cheiro de livro", escritora, jornalista e radialista que divamente mediou os encontros mais tops da Bienal, tais como: Shopia Kinsella, Julia Quinn, Carina Rissi...e também estava no evento de Collen Hoover com a parabatai dela a Tita.

Parabéns Frini, e obrigada por me receber tão gentilmente.

Gente, a Carina é tão fofa, mas tão fofa, e sempre recebe tão bem a gente que não tem como não simpatizar logo com ela, e dá até aquela vontade de colocar ela no bolso e levar ela para casa, e cuidar do bem estar dela, enquanto ela fica escrevendo histórias maravilhosas.

Lembro quando a conheci na minha primeira bienal, e ela desde lá já era super acolhedora, agora podemos estar comemorando com ela o seu devido sucesso. Parabéns Carina, e que você continue nós encantando com suas belas histórias.

Deixo vocês com a minha self com a Carina fofa Rissi!

Beijos da gorda e me aguardem que tem mais.


Por Anne Magno

#MissãoBienal #GarotaPaiDegua diário de bordo da Anne Magno

Oi gente, quanto tempo!



Estou meio sumida, ando trabalhando e chego em casa cansada e sem inspiração por isso estou tirando os sábados para deixar vários posts estocados e programados para a semana, espero conseguir manter isso em mente!

oi!
Então gente, melhor tarde do que nunca, estou passando por aqui hoje para contar um pouco sobre como foi a minha experiência este ano na Bienal. Quem já acompanhou minhas resenhas anteriores sabe que está é minha quarta bienal consecutiva, e há dois anos eu disse para mim mesma que não voltaria a Bienal do Rio de Janeiro.

Minha última experiência lá foi muito cansativa e dispendiosa, e não ficou muito bem marcada para mim. Mas esse ano me senti instigada a ir, pois eu não iria só com a minha companheira de Bienal, a Tia Mave; a Miss Fofinha e o Victor Rogério foram comigo, e foi muito, muito, muito, muito legal. Foi uma nova vivência para mim, dentro e fora da Bienal.

Uma das coisas visivelmente diferentes da Bienal do Rio de Janeiro para a de São Paulo foi a quantidade maior de escritores estrangeiros presentes no evento, dentre eles Collen Hoover, Julia Quinn, Collen Houck, Megan Maxwell, Sophie Kinsella, Leigh Bardugo e outros. Mas o que mais ganhou meu coração bookaholic este ano foi a presença massiva de autores nacionais estourando, como Carina Rissi, Babi Dewet, Bianca Briones, cartunistas como Carlos Ruas (uma mistura marcante de fofo/lindo e engraçado), nossa paraense amada e queridinha Roberta Spindler, FML Pepper, M S Fayes, Mila Wander (que infelizmente, por mais que eu empentelhase - e eu fiz muito isso - a diretora da editora Qualis, eu não consegui o autógrafo), Gisele Souza, Carol Rossetti, e tantos outros mostrando trabalhos fantásticos, e mostrando que temos muitos talentos literários aqui em nossa terrinha.

Além de ter ido com a minha tropa, também encontramos, a Lilian Sinfronio, a Giselda, a Renata Pamplona, a Morgana Amaral e a Lorena Watrin. Lógico que havia outros paraenses nessa muvuca que é a Bienal, mas estes foram nossos pontos de referência no evento, e por mais que fossem 3 galpões enormes e cheios de editoras, toda hora eu encontrava um deles babando sobre livros, ou curtindo uma fila básica. Fora as pessoas fofas que eu conheci nesses filas, tipo, a Alê Herr, a Helena Andrade e a Aline Miguel que é a mediadora da Fanpage da Megan Maxwell no Facebook, e que me deu super dicas de livros, e segurou meu lugar na fila junto com as meninas para eu correr no outro estande para comprar os livros que elas indicaram. 



Com mais gente a bordo da #MISSÃOBIENAL, tivemos mais oportunidades de autógrafos. Então eu perturbei o Victor e a Fernanda para nós nos organizarmos para pegar a maior quantidade de autógrafos possível. Até porque suspeito que se não tivesse voltado para casa com os autógrafos que a Bianne queria, o blog corria o risco de ficar sem duas colunistas, porque a nossa chefa ia deserdar a gente...kkkk

Uma das coisas que usei muito no Rio foi o GPS e o Google Maps no meu smartfone para saber se eu tinha me perdido ou não...kkkk...valeu pacote de dados eficiente! O aplicativo do Skoob também foi muito eficiente para saber as avaliações dos livros que me interessava nos estandes.

Uma coisa legal também é que esse ano ficamos todos próximos do Rio Centro, logo curtimos mais o evento. Tenho tanta coisa para contar para todos, mas vou deixar vocês na curiosidade e deixar para contar os micos no próximo post.


Nem só de livro vive um bookaholic, minha mãe fez questão de me perguntar todos os dias, se eu já tinha ido até a famosa calçada de Copacabana pegar pelo menos um solzinho. Então arrastei os dois também.

Voltei para casa antes dos meus dois companheiros de viagem, mas uma das coisas que mais curti foi o nosso espírito de companheirismo, para tanta coisa, para se organizar para ir comer todo mundo junto, para se revezar na fila, para não ficar em fila sozinho, para carregar sacolas pesadas de livros, para tirar foto, para caçar o outro quando a pequena achou de se aventurar sozinha no Rio de madrugada e de ônibus. Nos momentos bons e ruins nós estávamos todos juntos, Victor, Fernanda, tia Mave, Roberta e eu. E acho que por isso essa Bienal foi tão boa.

Valeu gente, esperem os próximos posts essa semana sobre a Bienal, eu fiz um vídeos hilários!

Beijo da gorda!!!
Por Anne Magno

Eu Li: Fragmentados - Neal Shusterman


Título:
Fragmentados
Autor:
Neal Shusterman
Editora:
Novo Conceito
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC

Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria .
Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe.
O vencedor do Boston Globe-Horn Book Award, Neal Shusterman, desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo.

Grata surpresa, grata surpresa. Peguei esse livro para ler sem saber muito sobre ele e sem esperar muito também. Ultimamente tenho feito isso com livros e me dado super bem, pois não cria aquela expectativa crescente que no final te decepciona, sabe? Usei esse método com Fragmentados e não me decepcionei, pelo contrário, me surpreendi.

Primeiro é necessária uma introdução sobre o livro, que você encontra logo no começo. Ela diz o seguinte: Durante a Segunda Guerra Civil, um conflito longo e sangrento que ficou mais conhecido como "Guerra de Heartland", foi criada a Lei Da Vida, que diz que a vida humana não pode ser tocada desde o momento da concepção até que a criança chegue aos treze anos. Todavia entre os treze e os dezoito anos os pais podem escolher abortar retroativamente uma criança entregando-a para a fragmentação, onde ela será ao mesmo tempo eliminada e mantida viva pelo reimplante de suas partes em pessoas que as necessitam. A prática é comum e aceita pela sociedade. Okay né? Eu que não quero fazer parte de uma sociedade assim, apesar de ter passado da idade. 

No livro conhecemos muitos fragmentários (os jovens que foram entregues para a fragmentação), mas três são nossos personagens principais, cujas vidas vão se entrelaçar e nos levarão a refletir muito, MUITO: Connor, Risa e Lev. Connor é um adolescente problemático que descobriu recentemente que seus pais assinaram a ordem de fragmentação para ele. Desde então ele tem sido o melhor filho do mundo, fazendo de tudo para seus pais sofrerem o arrependimento de terem mandado seu filho para a fragmentação.

Risa cresceu em uma instituição do Estado e dedicou grande parte de sua vida à ser uma grande musicista, na esperança de ser considerada útil e não ser enviada para a fragmentação. Porém o governo precisa limpar uma porcentagem de jovens de seu sistema para abrir espaço para outras crianças, e como Risa não é uma das mais brilhantes é claramente dispensável. Será fragmentada, óbvio. Lev é o personagem cuja história mais me chocou. Ele tem 13 anos e é um dízimo, alguém que nasceu somente para ser enviado para a fragmentação, como um presente de seus pais para a humanidade, um sacrifício a Deus, um cordeirinho a caminho do abate. O fruto horrendo do fanatismo religioso, da crença de que Deus está feliz com o sacrifício humano, da cegueira humana. E ele está feliz com isso, coitado. Foi criado para acreditar que é especial por ser um sacrifício humano. 

As vidas desses três jovens se interlaçam durante um acidente causado por Connor em uma auto-estrada durante sua tentativa de fuga. Risa vê uma chance de escapar de sua fragmentação e foge também. Os dois, achando que estão fazendo um favor, sequestram Lev, que não quer nada mais do que ser fragmentado. A partir de então, em meio a fugas, aventura e ação, encontramos também muitos questionamentos. Qual o valor da vida? A partir de que ponto algo horrendo se torna aceitável perante a sociedade? Qual a extensão da culpa por omissão? O que o fanatismo religioso é capaz de fazer com a mente das pessoas?

Amo, amo!, livros que além de nos proporcionarem uma alta dose de diversão também nos proporcionam momentos de emoção e de reflexão. Em minha opinião a literatura serve para isso, para divertir e ensinar, nos ensinar a questionar, a refletir. Em meio a toda a aventura que é a fuga dos três jovens da fragmentação nos encontramos muitas vezes na cabeça confusa de Lev (o livro é contado dos três pontos de vista, principalmente). Lev é fascinante. Sua história é comovente. É triste ver o que foi feito de sua mente durante os anos da criação enganosa que ele teve. Dá repulsa de seus pais. E Lev nos ensina muito também, pois o que poderia se um eterno personagem irritante por causa de seu desejo insano de ser fragmentado se transforma em um personagem fundamental na história.


Já tinha ouvido falar muito bem dos livros no Neal Shusterman e com certeza é uma opinião acertada. Ela sabe conduzir a história sem deixar o ritmo diminuir, nos deixando a cada capítulo com a sensação de que seremos surpreendidos constantemente ao longo dos próximos capítulos. Eu com certeza recomendo esse livro. Escrita diferente, enredo original e questionador, muita ação e uma dose de suspense. Adicionem à suas listas de leitura e venham conversar comigo! 

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Por Bianne