Eu Li: Apenas Um Garoto - Bill Konisberg

Título:
Apenas um garoto (Openly straight)

Autor:
Bill Konisberg

Editora:
Arqueiro

Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca sofreu bullying. Mas está cansado de ser rotulado como o garoto gay, o porta-voz de uma causa.Por isso ele decide entrar em uma escola só para meninos em outro estado e manter usa orientação sexual em segredo: não com o objetivo de entrar no armário e sim para nascer de novo, como uma folha em branco.O plano funciona no início, e ele chega até a fazer parte do grupo dos atletas e do time de futebol. Mas as coisas se complicam quando ele percebe que está se apaixonando por um dos seus novos amigos héteros.

Sim, Rafe estava cansado de ser o centro das atenções, de ter que ter opinião sobre as causas gays e direitos civis, das coisas serem associadas a ele unicamente por ele ser gay ou por ele não conseguir desenvolver uma amizade com os caras do colégio por causa disso, tudo para que não houvesse constrangimento entre as partes.
- Estou cansado de ser o garoto gay. Não quero mais isso pra mim. Eu só quero ser, tipo, um garoto normal.

É atrás disso que ele vai, ao se mudar para o colégio interno de Natick para garotos, em Massachusetts. É isso que ele parece conseguir ao sair de Boulder, no Colorado.

Mas algo acontece. Algo que ele não pode controlar. Ele começa a se tornar muito próximo de um dos caras do time de futebol, Ben, e essa amizade começa a se transformar em amor. E essa é uma das coisas mais lindas da narrativa que Bill nos traz, o desenvolvimento do amor de Rafe por Ben, que parece também corresponder. A gente fica naquele shipp doido, sabe, querendo logo que eles fiquem juntos e declarem amor eterno e, enquanto as coisas vão acontecendo, soltando vários “owns”.

Mas é aí que o bicho pega, afinal, Rafe sabe que é gay, sabe que está se apaixonando, porém não sabe lidar com o que está acontecendo, já que ele sabe que Ben gosta de meninas. Assim ele meio que vai vivendo um bromance e começando a se desesperar sobre o fato de estar mentindo para o cara de quem ele gosta.

Nesse meio tempo ele vai construindo uma espécie de diário para as aulas de redação, que vão ajudando a descobrir não só no seu processo de escrita, mas no autoconhecimento. É esse diário que o faz perceber as coisas que estão de erradas, e qual era o problema que ele tinha desde o início, sobre ser sempre o centro das atenções, como se estivesse todo o tempo sendo vigiado, de como as atitudes dele, enquanto homossexual atingiam as pessoas ao redor em vários níveis, diferentemente dos héteros.

A explicação que Bill nos dá para os sentimentos de Rafe fazem sentido, todavia, concordo com a sensação que o menino tem sobre ser o centro das atenções e sobre tudo parecer estar relacionado à orientação sexual dele, como quando ele se fantasiou de roqueira para uma festa de Halloween.

Já no que diz respeito à tensão criada após a segunda saída do armário de Rafe, achei que ela poderia ter sido mais bem explorada, no sentido de ter trabalhado mais os sentimentos de quem se torna diretamente o foco de atenção na narrativa. Ainda assim, o que temos é convincente.

Sobre como fica o bromance entre Rafe e Bem? Bom, você vai ter que ler o livro para descobrir.

O livro ganha fácil cinco livrinhos, por essa história fofa e de leitura super-rápida!

Tem que ler!
By: Daniel Prestes, do Folhetim Felino

Por Fernanda Karen

Eu Li: Miss Marvel - Nada Normal - G. Willow Wilson e Adrian Alphona

Favor não confundir com a Capitã Marvel
Título:
Miss Marvel: Nada Norma

Roteirista:
G. Willow Wilson

Ilustrador:
Adrian Alphona

Editora
 Panini Comics
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Kamala Khan é uma garota comum de New Jersey - até que subitamente ganha dons extraordinários. Mas quem é realmente a nova Miss Marvel? Adolescente? Muçulmana? Inumana? Saiba a resposta conforme ela toma de assalto o Universo Marvel! Ao descobrir os perigos associados aos seus recém- descobertos poderes, Kamala precisa lidar também com o segredo que existe por trás deles. Estará a jovem Miss Marvel pronta para utilizar seus imensos dons? Ou o peso do legado que tem a carregar será mais do que ela pode aguentar? Nem a própria Kamala sabe ao certo, mas New Jersey que se prepare, pois a Miss Marvel chegou para ficar! Escrito pela aclamada roteirista G. Willow Wilson (Air, Cairo), com desenhos do brilhante Adrian Alphona (Fugitivos)! 
Os quadrinhos estão já há algum tempo passando por uma (necessária) reformulação. Vários personagens foram revisados e novos foram criados para aumentar a representatividade de vários grupos sociais diferentes. Tanto a Marvel quando a DC possuem agora um grupo de publicações dedicadas a outros públicos além do já cativo. Não vou dizer que isso é necessariamente bom, porque muita coisa ruim já foi publicada seguindo-se nessa ideia. Mas, a criação da Miss Marvel foi um exemplo de uma boa execução dessas ideias.

Antes de mais nada é importante não confundir com a Capitã Marvel (Carol Danvers) que antigamente se chamava Miss Marvel. Os poderes da Capitã Marvel são baseados numa tecnologia alienígena (dos Krees) e ela é uma das mais antigas heroínas da Marvel sua primeira aparição foi nos anos 80)

Já a personagem de Nada Normal é Kamala Khan. Ela é uma americana, nascida em Nova Jersey, mas sua família tem origens paquistanesas e segue fervorosamente a religião muçulmana. Extremamente fã dos super heróis, principalmente da Capitã Marvel, ela escreve fanfics dos Vingadores. Inclusive adora o ship Marvel-Aranha (os contos com relacionamentos entre Peter Parker e Carol Denvers). Viu? Até os personagens dos quadrinhos shipam errado...


Os maiores conflitos de Kamala envolvem justamente a dificuldade que ela tem em ser uma adolescente americana e, ao mesmo tempo, conviver com as regras e preceitos da religião muçulmana. E se isso já não fosse complicado suficiente, ela consegue arranjar mais problemas: certa noite, ela resolve ir escondida dos pais para uma festa. Entretanto nada sai exatamente como o esperado e ela acaba perambulando pelas ruas. Subitamente, Nova Jersey é envolvida por uma névoa estranha e ela desmaia. Após algumas alucinações ela acorda e percebe que seu corpo está diferente. Ela ganhou poderes e a partir de agora deverá descobrir a melhor forma de usá-los. 
É dorgas...
Os poderes da Miss Marvel envolvem alterar o formato de seu corpo (desde esticar e crescer, até parecer com outras pessoas ou objetos), fator de cura acelerado e bioluminescência. Claro, que no início ela não consegue controlar muito bem seus poderes o que acaba levando a situações bem engraçadas. 
Com baita poderes vem... deixa pra lá...
O roteiro inteiro escrito por G. Willow é extremamente cômico, metafórico e reflexivo. A Miss Marvel é uma super heroína, mas não se esquece em nenhum momento da sua origem muçulmana (até a sua roupa envolve um pouco da cultura paquistanesa), passa pelos problemas da adolescência e ainda fala um pouco sobre as diferenças entre homens e mulheres e em como as roupas das super heroínas podem ser desconfortáveis.  Em complemento, a arte de Alphona traz bastante leveza para toda a história. Fora isso, o primeiro vilão que ela enfrenta, o Inventor, inclusive é uma das coisas mais engraçadas da trama. 

Enfim, Miss Marvel: Nada Normal é uma ótima HQ para quem quer começar a acompanhar uma super heroína do zero, mas não quer se complicar comprando um milhão de edições diferentes. Também é muito indicado para os leitores de longa data, para fugir um pouco do senso comum de herois. Espero que todos leiam e, se já leram, não esqueçam de comentar.




Por Victor Rogério

Eu Li: Zootopia - A História do filme em quadrinhos


Título: Zootopia
Editora: Coquetel/Pixel Media
Páginas: 54
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Numa cidade incrível chamada Zootopia, você pode ser o que quiser, mas isso nem sempre é fácil. Judy hopps conquista seu sonho de ser policial, mas acaba trabalhando lado a lado com búfalos, leões, rinocerontes, ursos-polares e elefantes. Quando Judy tem a chance de trabalhar em um caso de verdade, sabe que precisa provar seu valor. O problema é que ela vai precisar da ajuda de Nick Wilde, uma raposa superfalante e trapaceira. Será que um coelho pode mesmo confiar em uma raposa?

As animações da Disney sempre tiveram boas representações no gênero das fábulas. Rei leão, Dumbo, Mogli, A Dama e o Vagabundo são apenas alguns exemplos de animações de sucesso desenvolvidas com personagens animais muito humanos. E eis que esse ano estreou outra fábula da Disney: Zootopia, (quee ganhou uma versão em quadrinhos), mas essa é diferente de tudo o que já foi feito até hoje.

Zootopia poderia ser classificado até como uma distopia. A ideia por trás desse mundo é que a época quando os animais eram separados entre predadores e presas já acabou e atualmente todos convivem pacificamente. As cidades são pensadas de forma a permitir que animais de todos os portes, tamanhos e ecossistemas possam conviver num mesmo lugar e tudo é perfeito e utópico. Quer dizer, quase. Há ainda um preconceito muito grande de ambas as partes sobre o papel de cada um nessa sociedade.


Esse contexto serve de background para a história de Judy Hopps, uma coelha fofa que nasceu no interior e que deseja ser a primeira de sua família a deixar a fazenda para trás, morar na cidade grande e ser uma policial. O problema é que ninguém leva ela a sério. Nem a família (que acha mais fácil que ela fique na fazenda junto com seus outros 275 irmãos), nem os outros animais (afinal ser policial é um trabalho apenas para os grandes e fortes predadores). Quando ela se muda para a cidade de Zootopia, para finalmente trabalhar como policial, acabam delegando pra ela tarefas menores (como ser guarda de trânsito), ao invés de inserí-la na investigação dos casos de desparecimento da cidade.

Nesse ponto conhecemos o segundo protagonista, Nick Wilde, ele é uma raposa espertalhona que é totalmente um contraponto a Judy. Enquanto ela tenta sempre superar todos os estereótipos, ele prefere ser o que a sociedade definiu: uma raposa malandra. Quando os dois são obrigados a se unir para resolver um dos casos de desaparecimento que ocorreu em Zootopia, Judy descobre que vai ter que se esforçar para superar todos os preconceitos (inclusive os dela própria) para conseguir resolver a situação.


A história de Zootopia é genial. O texto todo do filme/quadrinho tem um metáfora tão rica que eu fico muito feliz de perceber que esse tipo de assunto está sendo abordado em um conteúdo para crianças. Não há rótulos para nenhum dos animais (ninguém é bom ou ruim), e toda a jornada de Judy para vencer os preconceitos que sofre e para perceber que ele também era uma agente dessa intolerância é muito interessante. Junte um plot twist que eu realmente não estava esperando, várias partes bem engraçadas (Flecha, a preguiça, é a melhor de todas), uma trama estilo aventura policial e todas as referências à cultura pop que foram inseridas (tem Poderoso Chefão e Breaking Bad) e temos uma história espetacular.

Flecha, a preguiça!
A arte do quadrinho também é muito bonita. Assim, como em Frozen, existiu todo o trabalho de transformar uma animação em 3D numa arte em 2D que funcionasse e o trabalho ficou muito bom. O quadrinho funcionou como uma versão resumida do filme e, mesmo tendo várias piadas removidas, ficou ótimo. Realmente recomendo para todo mundo.


Por Victor Rogério

[Quinta Em Outra Língua #48] Harry Potter And The Cursed Child - J.K. Rowling

Título: 
Harry Potter And The Cursed Child 
Autor: 
J.K. Rowling, John Tiffany e Jack Thorne 
Editora: 
Scholastic 



Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é muito fácil agora, já que ele é um funcionário cheio de trabalho no Ministério da Magia, um marido e pai de três crianças na idade escolar. Enquanto Harry luta com um passado que se recusa a ficar onde pertence, seu filho mais novo, Alvo, precisa lidar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. Enquanto passado e presente começam uma sinistra fusão, pai e filho aprendem uma verdade desconfortável, pois a escuridão vem de lugares inesperados. 

Você consegue ouvir a músiquinha?

2016 é um ótimo ano para ser Potterhead. Finalmente titia Jo vai expandir o universo Harry Potter, depois de muitos pedidos e muitas lágrimas por parte dos fãs e os continhos do Pottermore que só chegaram pra destruir nossas vidas. 

Finalmente a magia será encontrada nos Estados Unidos com “Animais Fantásticos” (Cada trailer é um tiro bem na nossa cara). Mas antes disso, essa semana foi com muito amor no coração que nós podemos dizer que voltamos para Hogwarts com Harry Potter and the Cursed Child!!! Gritem, pulem, dancem no quarto de vocês e até fiquem citando feitiços para gente poder voltar a embarcar nessa aventura incrível! Preparados? 

JK nos enganou durante uns anos e deixou os fãs de HP implorando por mais um livro ou qualquer outra coisa pra aplacar nossa saudade dessa saga maravilhosa. 

let's all board the feelstrain

Harry Potter marcou a infância a adolescência de muitos leitores, inclusive a nossa. O final da saga deixou aquele buraco cheio de uma saudade boa que nos fazia recorrer sempre aos filmes e livros antigos para embarcar nessa história novamente. É com esse pensamento, o de uma devoção profunda por esse clássico, que nós iniciamos a resenha do livro/script da peça que começa exatamente onde JK Rowling terminou seu sétimo livro. 

Albus Severus Potter você recebeu o nome de dois diretores de Hogwarts,
Um deles era da Sonserina, e ele foi o homem mais corajoso que já conheci.

A história segue a vida do filho do meio de Harry Potter e Gina Weasley, Albus Severus, um menino que cresceu na sombra de um pai famoso e tem como seu melhor amigo Scorpius Malfoy, filho de Draco Malfoy. Juntos, esses amigos irão embarcar em uma aventura digna da época do trio de ouro de Hogwarts. 

Respeitando os pedidos da rainha JK, não vamos falar muito sobre o livro pra não estragar absolutamente nada pra ninguém.

Não seja o Rabicho

Focando nos personagens, nenhum, absolutamente nenhum nos decepcionou e de longeeeee, muito longe eu tive um favorito, ele me conquistou com uma frase: Scorpius Malfoy você é o escolhido.

O fato da JK deu foco a personagens Sonserinos (A NOSSA CASA!! MUAHAHA) e, especialmente um Malfoy, foi um sonho realizado. O nosso coração de shipper sempre quis o Draco no meio da confusão, porque Sonserinos dão os melhores personagens sarcásticos (Snape está aí pra provar, amigos). O que não havia acontecido até este momento (Obrigada titia Jo). 

Obrigada VOCÊ titia Jo,
valeu mesmo por mais esse presente

A narrativa do livro é muito rápida, justamente por ser um script de uma peça, de ensaio ainda, que provavelmente pode mudar (QUE QUEREMOS MUITO IR, QUEM VAI PAGAR A PASSAGEM PRA LONDRES?). Em sentido de enredo deixa uns buracos em comparação aos romances longos que a gente ta acostumado (Não é um livro de 600 páginas ok? Bem que a gente queria) e a titia Jo é conhecida por deixar muito bem amarrado a história. 

O que realmente brilha e brilha muito nesse livro são os personagens, seja os antigos ou os novos, (HATERS GONNA HATE BUT I LOVE THEM ALL). A sensação que tivemos é que a titia Jo respondeu finalmente as várias perguntas que tivemos durante todos esses anos, finalizando a história de Harry Potter e o trio de ouro, tendo direito até a algumas aparições especiais. 

Aí está o desfecho que a gente estava esperando!

Mesmo Albus sendo o personagem principal, quem realmente conquistou os nossos corações foi o único, o maravilhoso, o rei, Scorpius Malfoy! (KATY PERRY FOGUETES, POR FAVOR), só queremos amar e protegê-lo... e mais livros com ele. 

Scorpius Malfoy, juro solenemente amá-lo e protegê-lo

Scorpius nos surpreendeu por ser um personagem cheio de piadas e meio sem jeito com as pessoas, um ótimo amigo e alguém maravilhoso para se ter perto, com problemas, mas sempre levando eles na boa. Albus, por outro lado, é o típico filho do meio, o que não se encaixa e se sente oprimido na lenda de Harry Potter. 

A amizade deles trás um tom completamente diferente a história, se formos escolher um ponto preferido, acho que seria esse. O livro é leve e rápido, mesmo que tenha horas mais sombrias e se encaixa muito bem dentro da saga, do primeiro ao sétimo livro, mesmo que esteja de certa forma separado. 

Lembrando que o livro não é um romance, encontrar a ligação perfeita entre a saga e ele é bem difícil, mas titia Jo conseguiu trazer a magia de volta e ainda nos brindou com personagens maravilhosos (Cof, Scorpius e Rose e todo mundo).

É tão incrível poder voltar a fazer parte desse mundo e lembrar (não que tenhamos realmente esquecido) o quão importante é a família e a amizade. Harry Potter foi muito mais que um livro em nossas vidas, foi um verdadeiro embarque em aventuras e ensinamentos que estão até hoje com a gente, fãs devotados.

É bom voltar a Hogwarts. 

Hogworts é a minha casa ;-;

P.S. Pra quem gosta de Fanfic, é muito ship e pouco coração pra aguentar. 


5 pontos a menos da Grifinória,
porque tem uns buracos no plot que não dá pra defender

Post por: Vivian Cardoso e Nana Teixeira

;D


Por Vivian Cardoso

Eu Li: Frozen - Uma Aventura Congelante - A história do Filme em Quadrinhos

Título:Frozen - Uma Aventura CongelanteEditora:Coquetel/Pixel MediaPáginas:54
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Elsa, a futura rainha de Arendelle, possui a capacidade mágica de criar neve e gelo, mas esconde isso de todos, incluindo sua irmã mais nova Anna. Por conta disso, elas cresceram afastadas até o momento da coroação de Elsa. Um acidente acontece e faz com que a rainha fuja e se isole de todos. Contudo, ela condena Arendelle a um eterno inverno. É quando Anna decide se aventurar para salvar sua irmã e acabar com o frio.


O selo Pixel Media da Coquetel está lançando uma lista bem grande de quadrinhos dos mais variados temas (desde animações da Disney até adaptações de games) e nós vamos resenhar algumas delas aqui. A primeira delas é a adaptação de Frozen. 

Frozen - Uma Aventura Congelante é um dos maiores sucessos da história das animações da Disney (e de outros estúdios também). Lançado em 2013, tem uma história bem antiga: sua origem está num conto de fadas de Hans Christian Andersen, A Rainha do Gelo. Essa adaptação foi uma das primeiras ideias pensadas para as animações da Disney, sendo o projeto mais antigo até que o filme da Branca de Neve e os Sete Anões. Outras adaptações do conto já foram feitas: o filme O Reino Gelado (2012) é uma animação inspirada no mesmo conto, feita por um estúdio russo. Mas não chegou nem perto do sucesso que foi Frozen.

Se no conto de fadas original temos a Rainha do gelo sendo uma bruxa que é um vilã completamente unidimensional, em Frozen temos basicamente a história de duas irmãs: Anna e Elsa. Elsa possui um inexplicável poder de controlar a neve e o gelo e, sem saber controlá-lo, acaba machucando sua irmã acidentalmente. Seus pais, os regentes do reino de Arendelle, resolvem separar as irmãs até que Elsa consiga controlar seu poder. Mas, quando ambas são adolescentes, eles morrem num naufrágio. Após um bom tempo com a irmãs vivendo afastadas, Elsa completa 21 anos e deverá ser coroada a rainha do reino. A ocasião é especial tanto para ela quanto para Anna, pois o castelo será aberto a todos para a coroação e haverá uma grande recepção. Entretanto, Elsa  perde o controle de seus poderes durante a festa da coroação e foge, congelando tudo pelo caminho. A partir daí, segue a jornada de Anna para tentar ajudar sua irmã a controlar seus poderes.


O quadrinho é uma versão mais resumida do filme. A história é a mesma, mas se passa bem mais rápido (e não tem as músicas ¬¬ ...). A arte é muito bonita e o que eu achei um ótimo ponto é que o quadrinho não é uma mera impressão dos quadros do filme, como acontece na maioria das vezes nesse tipo de adaptação. O filme foi feito todo em 3D, mas o quadrinho teve toda as arte e os personagens adaptados para o desenho em 2D. Fora isso, a adaptação das falas, para o balões tem um texto bem simples que é bem legal de mostrar para crianças. 





Gostei bastante da versão de Frozen em quadrinhos (adoro o filme) e indico para todo mundo.





Por Victor Rogério

Eu Li: A Caminho do altar - Julia Quinn

Título:
A Caminho do altar
Autora:
Julia Quinn
Editora:
Arqueiro
Série: 
Os Bridgertons #8

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Ao contrário da maioria de seus amigos, Gregory Bridgerton sempre acreditou no amor. Não podia ser diferente: seus pais se adoravam e seus sete irmãos se casaram apaixonados. Por isso, o jovem tem certeza de que também encontrará a mulher que foi feita para ele e que a reconhecerá assim que a vir. E é exatamente isso que acontece.

O problema é que Hermione Watson está encantada por outro homem e não lhe dá a menor atenção. Para sorte de Gregory, porém, Lucinda Abernathy considera o pretendente da melhor amiga um péssimo partido e se oferece para ajudar o romântico Bridgerton a conquistá-la.

Mas tudo começa a mudar quando quem se apaixona por ele é Lucy, que já foi prometida pelo tio a um homem que mal conhece. Agora, será que Gregory perceberá a tempo que ela, com seu humor inteligente e seu sorriso luminoso, é a mulher ideal para ele?

A caminho do altar, oitavo livro da série Os Bridgertons, é uma história sobre encontros, desencontros e esperança no amor. De forma leve e revigorante, Julia Quinn nos mostra que tudo o que imaginamos sobre paixão à primeira vista é verdade – só precisamos saber onde buscá-la.

Olá Ladys e Lords da nobreza bookaholic de plantão!

É com pesar e um aperto no coração que venho hoje resenhar o desfecho do último Bridgerton solteiro. Sim, estamos falando de Gregory Bridgerton! Perdoem o meu drama no início da resenha, mas como começar uma resenha de um livro que foi TODO muito dramático? Sim, você leu bem. Esse último livro é para os que possuem coração forte! Pois teve horas infindáveis que realmente pensei que não iriamos ter o nosso ´´felizes para sempre``.

Nosso querido Gregory pode ser considerado o último dos românticos pois mesmo ele tendo crescido sem o pai, ele estava sempre imerso nas histórias lindas de amor dos pais dele, contadas pela mãe e pelos irmãos. E depois, o Sr. Destino querendo provar para ele que o amor assim ainda existe de verdade, o fez assistir de camarote cada um dos seus 7 irmãos, e mesmo sua irmã caçula Hy, se apaixonar perdidamente por seus respectivos parceiros. 

O que talvez nosso jovem lorde talvez não tenha compreendido direito foi que cada um dos seus irmãos lutou arduamente para conseguir levar seus amados ao altar. Uns até mais que outros. E Gregory, não está acostumado a lutar pelo que quer, pois sempre teve tudo o que queria a sua disposição e o que não podia ter ele prontamente não se martirizava com isso e seguia em frente. Ele nunca teve que lutar de verdade por algo que talvez ele não fosse conseguir no final.

E ultimamente tudo o que ele menos quer é lutar! Seu irmão Anthony o está perturbandohá algum tempo para saber o que Gregory vai fazer da vida. E em uma dessas chamadas a casa da família para prestar esclarecimentos, Gregory se vê forçado a participar de uma festa organizada pela sua cunhada. E bem quando ele estava caçando os sanduíches, ele vê ´´O`` pescoço, e um raio atinge ele bem no meio do coração!

Isso mesmo, com um vislumbre de um pescoço ele já acredita estar apaixonado. Pois para ele o amor é assim, arrebatador! 

O ´´divino`` pescoço é da Srta. Hermione Watson, a mais bela das belas dessa temporada. E que não tem nenhum tipo de interesse em Gregory, pois assim como ele, ela acredita que o amor tem que ser arrebatador, e ela já sente isso por outra pessoa. Uma pessoa inapropriada e mesmo assim não quer abrir mão disso! Então temos aqui o início da guerra dele com ela, para que ela se renda a ele. Afinal ele é um Bridgerton, e ninguém resiste ao charme NATO da família dele!

No meio dessa luta de poderes, está a melhor amiga de Hermione, uma moça com uma história familiar muito triste e com um futuro casamento ainda mais insosso. Uma mocinha que está mais do que acostumada a ser a segunda maior beleza da temporada, e só chamar a atenção com sua beleza de fato quando Hermione não está perto. Mais, ainda assim ela é uma amiga muito leal a Hermione. Ela se chama Lucinda Abernathy.

Lucy compreende seu lugar na sociedade, e praticamente noiva de um nobre escolhido por seu odioso tio, ela vai fazer de tudo para que Hermione veja o quão perfeito Gregory é para ela! E assim desista de uma vez por todas de seu amor platônico. E assim ela começa a ´´ajudar`` Gregory a chamar a atenção de Hermione.

Só que aí...acontecem muitas tretas...mas muitas mesmo, envolvendo os 3!

Gregory se viu forçado a lutar por Hermione, e por nenhuma vez pensou que ia acabar falhando. No meio disso tudo Gregory e Lucy foram se conhecendo melhor...e aí...ele acabou construindo sentimentos que ele não sabia nominar por ela. Ele só descobriu o que de fato sentia por ela praticamente quando ela estava no altar...de frente para outro homem.

Esse Bridgerton vai aprender que o amor pode ser construído como a confiança, assim como seus irmãos fizeram. E aprender a dar valor a quem de fato esteve ao seu lado nos piores momentos.

Acho que nesse livro titia Quinn pegou muito pesado na hora de dramatizar algumas vivências de Gregory e Lucy...e ela fez suspense até o final sobre como o livro ia acabar. Assim na minha leitura, quando cheguei nas últimas 5 páginas me questionei onde ela ia chegar com tanta, correria, tiro, porrada e bomba?

Temos aqui nossa querida história de amor a segunda vista, mas nem por isso ela deixou de ser uma história fantástica e encantadora, que supera tudo. Até as mentiras que levam um inglês a conhecer a Sra. Guilhotina!

Enfim...fica a dica...espero que tenham gostado da resenha!


Por Anne Magno