Quinta em Outra Língua #57 - The Gentleman's Guide to Vice and Virtue - Guide #1 - Mackenzi Lee
7 de setembro de 2017
Título:The Gentleman's Guide to Vice and VirtueAutor:Mackenzi LeeSérie:Guide #1Editora:Katherine Tegen Books
Henry “Monty” Montague nasceu e foi criado para ser um cavalheiro, mas ele nunca foi fácil de domar. Os mais finos colégios internos na Inglaterra e a reprovação constante do seu pai não conseguiram aplacar nenhuma das suas paixões vis —não por salões de apostas, nem por noites passadas com garrafas de bebida, ou por acordar nos braços e mulheres e homens.Mas enquanto Monty embarca no seu Grande Tour pela Europa, a sua busca por uma vida cheia de prazeres e vícios corre perigo de terminar. Não só o seu pai espera que ele tome conta da propriedade da família quando voltar, mas Monty está nutrindo uma paixão impossível por seu melhor amigo e companheiro de viagem, Percy.Entretanto Monty não é do tipo que desiste. Mesmo com sua irmã mais nova, Felicity, na sua aba, ele jurou fazer a sua escapadela de um ano uma última farra hedonística, e flertar com Percy de Paris a Roma. Mas quando uma das decisões inconsequentes de Monty torna a viagem deles no exterior numa brutal caçada que se estende por toda a Europa, ele questiona tudo que conhece, incluindo a sua relação com o garoto que ele adora.
Nesse feriado em que eu estou em casa vendo Netflix,mas que tal viajar nessa gracinha de livro que nos leva numa viagem de aventura e autoconhecimento pela Europa?
Meses há trás eu me deparei com uma descrição um tanto que animada desse livro (x). Me prometeram piratas, uma road trip histórica que eu nunca pensei que precisava, a trope de melhores amigos a a amantes, e mais importante, um final feliz, entre muitos outros clichês gostosos. Então se esse livro fosse ruim eu ia ficar muito decepcionada. Ele não só atendeu às expectativas, como s excedeu. A melhor parte desse livro — além do ship não dá pra negar por que sou dessas — é como os personagens são bem construídos e se desenvolvem tanto. No fim do livro eu me senti uma mãe orgulhosa dessas lindas crianças que estavam prontas para dominar o mundo (principalmente a Felicity).
O nosso herói (?), Monty é especialista em meter os pés pelas mãos. Com tendências narcisistas e egoístas, ele parece incapaz de fazer algo certo. Pelo menos é isso que o pai dele acredita. A primeira vista, Monty é só mais um bêbado e galinha que tem tudo que se pode querer, mas o quanto isso é o reflexo de algo pior? Apesar dele ter o toque de Midas ao contrário, eu só queria dar um abraço nele. E ele sofrendo pelo Percy é realmente muito bom, ele pode até ser um galinha, mas é o nosso galinha de coração de ouro.
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ninguém consegue resistir as essas covinhas, sério |
Percy é o famoso filhote humano. Ele é literalmente um cachorrinho fofo, não dá pra discutir. Melhor amigo do Monty, é a pessoa que sempre o ajudou nos seus piores momentos. A pesar de ser aristocrata, é birracial e volta e meia acham que ele é o lacaio do Monty. Percy tem um segredo, e a relação dele com isso é ótima e refrescante. Percy quer muito Monty ao seu lado, mas não quer pena, somente ser compreendido.
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uma imagem real do Percy |
Por último, e não menos importante, temos a rainha Felicity, também conhecida como a pessoa que resolve as paradas. A primeira vista, Felicity é a irmã sem graça de Monty, mas secretamente ela é uma médica autodidata. Assim como Monty, a sua família não conseguiu domá-la. Dos três ela é quem consegue melhor reagir aos desafios encontrados na estrada, e mais de uma vez ela salva a vida do grupo. A relação dela com o irmão evolui lindamente quando os dois começam a compreender um ao outro melhor. Para coroar tudo, Felicity vai ganhar uma continuação só para ela.
Além dos nossos protagonistas, temos piratas, nobres franceses e até alquimia (Alô, alô, os fãs de FMA). Com um romance incrível (eu não marquei parágrafos, marquei paginas inteiras desse livro)(o nome do ship por sinal e Mercy, e não, eles não tem pena da gente), uma evolução de personagens que é excepcional esse livro se tornou o mais novo dos meus favoritos.
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cinco gôndolas de Veneza |
Por Nana Teixeira
Eu Li: As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky
6 de setembro de 2017
Título:
As vantagens de ser invisível
Stephen Chbosky
Editora:
Rocco
Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da juventude.
Olá, leitores!
Hoje trago um livro que me envolveu de uma forma deliciosa e mesmo depois de anos lido, ainda me toca.
Ele tem aquele tom meio melancólico que deixa um gosto agridoce no leitor.
Sua primeira edição no Brasil também saiu pela editora Rocco, em 2007, com uma capa verde e branca bem bonita, no entanto, quando a adaptação chegou as capas mudaram para esta acima, que eu também gosto pois tem várias pessoas que amo me olhando, rsss.
Mesmo sendo um livro que já está no mercado há muito tempo, talvez alguém ainda não o conheça, portanto, amigos, venham comigo!
“As vantagens de ser invisível” é um livro singular de várias maneiras, a começar por sua narrativa. Charlie, nosso protagonista, envia cartas contando sobre sua vida para alguém que o leitor não é apresentado, a quem ele chama de “amigo”.
E são através dessas cartas que Charlie nos expõe sua rotina, suas experiências, suas dúvidas, seus medos... É um sentimento crível e palpável ler sobre sua família, seus poucos amigos, seu professor de literatura e os livros que ele indica.
“Você vê as coisas. Você guarda silêncio sobre elas. E você compreende.”
Charlie é um adolescente solitário e diferente. A solidão é bem exposta em suas cartas, mas sua singularidade é perceptível em sua narrativa. E não que ele seja do tipo deprimido ou recluso. Charlie simplesmente é diferente e as pessoas não conseguem encará-lo de forma positiva, então ele não participa.
Ele é um bom garoto, porém esquisito e bastante emotivo (o moço chora o tempo todo), cujo livro favorito é sempre o ultimo que leu e seu melhor amigo acabou de cometer suicídio. Não é uma perspectiva muito animadora, como se percebe. Então Charlie conhece Patrick e Sam, eles são gentis e esquisitos aos seus próprios modos e com a proximidade, ele começa interagir e participar.
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STOP CRYING, CHARLIE |
É interessante visualizar a perspectiva de Charlie justaposto a perspectiva dos outros personagens. Ele parece tão ingênuo, tão cru, porém suas novas experiências vão provocar sensações exclusivas. Seu primeiro amor, seu primeiro baseado, seu primeiro beijo... Charlie nos conta a respeito de sua vida de uma forma realmente única. Suas constatações são simples sobre a vida ou pessoas.
Simples, fascinantes, engraçadas, tristes e emocionantes.
“Estou me sentido ótimo! De verdade. Tenho que me lembrar disso da próxima vez em que tiver uma semana ruim. Já aconteceu com você? Já se sentiu mal, depois tudo passar e você não saber por quê? Eu tento me lembrar, quando me sinto ótimo como agora, que haverá outra semana terrível algum dia, então procuro guardar o maior número de detalhes que posso, e assim, na próxima semana terrível, vou poder lembrar esses detalhes e acreditar que vou me sentir bem novamente. Não funciona muito, mas acho muito importante tentar.”
“As vantagens de ser invisível” é um livro muito bonito que me despertou muitas reflexões e sentimentos bons. Sem falar que está repleto de citações de livros, musicas e poesias.
Sua adaptação para o cinema também é muito bonita e respeita a obra. O livro não tem um enredo definido ou fatos lineares; são lembranças, anseios e, sobretudo, sentimentos em prosa.
Por Fernanda Karen
Eu li: Pesadelos Infaustos - Breno Torres
5 de setembro de 2017
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Que capa fofa! |
Título:Pesadelos InfaustosAutor: Breno Torres
Editora: Arwen
Ano: 2017
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Nevoeiros povoam as utopias e cotidianos das infaustas criaturas dos mundos desde as remotas eras. Caminhando no tênue limiar entre pesadelos e triunfos, os peregrinos dos universos, em suas eternas buscas por conquistas e glórias, confrontam os enredos obscuros que Algo ou Alguém – Deus? – tece para cada um de seus passos, deparando-se com as sombras, melancolias e temores inevitavelmente encontrados no caminho. O que de profano, ultrarromântico, caótico e celestial ecoa nas narrativas dos andarilhos dos mundos? Há espaço para a contraditória natureza angélica e demoníaca do ser? Há salvação para os mais miseráveis e condenados errantes das raças?
Descubra através das páginas de Pesadelos Infaustos, a obra de estreia de Breno Torres no mundo do Terror.
Pesadelos Infaustos é o primeiro livro solo do autor Breno Torres e lançamento da editora Arwen. Suas páginas reúnem um antologia de contos de terror e fantasia com diversas criaturas fantásticas, desde as clássicas como bruxas e lobisomens até algumas mais obscuras e menos conhecidas como o Upir e a Érato. São, no total, dez contos, todos envolvendo alguma criatura mística, com um texto altamente poético, inspirado e descritivo, com toques de terror vitoriano e um certo sadismo em algumas cenas mais violentas.
Racionalidade. A assassina mordaz da loucura saudável que é a criatividade na camadas mais profunda de sua essência. Assassina que não só matou os que valorizaram sua loucura, como também o que de gigantesco provinha dela.
O terror aqui é bem diferente do que estamos acostumados com um contemporâneo e visceral do Stephen King ou perturbador como Lovecraft ou ainda o sadomasoquista de Clive Barker (apesar de ter sentido alguns toques desse estilo nos contos). Aqui tudo é bem mais sutil, lembrando o estilo mais clássico. Os personagens inclusive parecem muito inspirados nos clássicos de terror, sem contar as várias menções as obras de Anne Rice, Robert Louis Stevenson, Bram Stoker e outros. Em alguns momentos me senti assistindo Penny Dreadful de novo.
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O Canto do Querubim: o primeiro conto do livro. É bem curtinho e narra as desventuras de um padre tentando resistir as tentações de um demônio. Aliás, é bem complicado você ser padre ou altamente religioso nos contos desse livro.
Aos vales dos condenados: não vou revelar exatamente qual a criatura desse conto, pois o spoiler poderia estragar a experiência. Mas o que eu achei extremamente interessante é que há um trecho inicial que funciona quase como um monólogo e você inicialmente não entende qual a ligação dele com a história, até que se entenda a trama. Quando eu finalmente liguei o pontos, funcionou quase como um plot twist para mim.
Érato, a última: sem dúvida o mais poético de todos. Ele se apresenta quase que inteiramente como um monólogo (o trecho citado acima é desse conto), narrando a tristeza do esquecimento de Érato (uma musa da mitologia grega) e de suas irmãs. É bem interessante analisar o texto detalhadamente para se entender todas as metáforas.
Bolero de sangue: esse foi o que me deixou mais intrigado. Primeiro por apresentar essa figura que eu não conhecia, o Upir (tá, quem assistiu Hemlock Grove sabe do que eu estou falando). Ele é como se fosse um vampiro das lendas ucranianas, mas, diferente do clássico, esse pode andar sob o Sol sem sem queimar (ou brilhar). Nesse conto ele se apresenta como uma figura pansexual, estando a procura de prazer carnal e um servo. Vale muito pela referência a O Médico e o Monstro.
Enfim, Pesadelos Infaustos é um ótimo exemplar de terror clássico e poético. Realmente recomendo para todos.
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E não percam, hoje as 18:00hs, o lançamento do livro na Livraria Fox da Dr. Moraes:
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Por Victor Rogério
Eu Li: O Apanhador no Campo de Centeio - J.D. Salinder
4 de setembro de 2017
Título:
O apanhador no campo de centeio
Autor:
J.D. Salinder
Editora:
Editora do autor
Ano:
2012
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Em 1980, Mark David Chapman assassinou o eterno beatle John Lennon. Ele foi encontrado com um exemplar de “O apanhador no campo de centeio”, e afirmou que o personagem do livro o inspirou a cometer o crime. “Grande parte de mim é Holden Caulfield. Outra parte deve ser o demônio”, ele afirmou à polícia.
O apanhador no campo de centeio
Autor:
J.D. Salinder
Editora:
Editora do autor
Ano:
2012
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À espera no centeio (O Apanhador no Campo de Centeio na edição brasileira) narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, jovem de 16 anos vindo de uma família abastada de Nova York. Holden, estudante de um reputado internato para rapazes, volta para casa mais cedo no inverno depois de ter recebido más notas em quase todas as matérias e ter sido expulso. No regresso a casa, decide fazer um périplo adiando assim o confronto com a família. Holden vai refletindo sobre a sua curta vida, repassa sua peculiar visão de mundo e tenta definir alguma diretriz para seu futuro. Antes de enfrentar os pais, procura algumas pessoas importantes para si (um professor, uma antiga namorada, a sua irmãzinha) e tenta explicar-lhes a confusão que passa pela sua cabeça. Foi este livro que criou a cultura-jovem, pois na época em que foi escrito, a adolescência era apenas considerada uma passagem entre a juventude e a fase adulta, que não tinha importância. Mas esse livro mostrou o valor da adolescência, mostrando como os adolescentes pensam.
Um livro pode conter vários significados. Cada pessoa é única e cada olhar é único para uma obra. Isso explica como o livro favorito do José é o que João mais odiou ler na vida, ou o livro que marcou a vida de Maria, Joana sequer conseguiu terminar de ler.
Com esses argumentos em mente, apresento-lhes “O apanhador no campo de centeio”.
Lançado em 1951, esta obra é considerada um dos livros mais impactantes da literatura americana do século XX.
O livro conta a história de Holden Caulfield. Bem, não conta uma história em si. É mais um relato de seus dias em “liberdade” logo depois que ele é expulso da escola por ter um baixo rendimento. Ele quer aproveitar esses dias enquanto a carta que a escola mandou para seus pais não chega.
Holden é a figura do “adolescente em crise”. Ele tem 16 anos de idade e uma perspectiva de vida realmente deprimente. Nascido em uma família rica, com alguns problemas emocionais por conta da morte de seu irmão caçula, ele teria tudo para ser um típico adolescente superficial, mas NADA agrada Holden. Ele passa os dias maldizendo a vida, as pessoas, suas lembranças, mas de uma maneira realmente cômica para o leitor.
Confesso que ao ampliar minha própria perspectiva, percebi que não era apenas um super pessimismo. Era mais. Era ultra realismo.
Pessoas falsas, pessoas superficiais, pessoas cretinas... Holden Caulfield as aponta com uma revolta digna de nota. Claro que ele também vê pessoas boas, e é legal constatar que nem todos são cretinos (ele adora esse termo).
Com a narrativa em 1° pessoa, cheia de expressões coloquiais, como gírias (dos anos 50, não esqueçam) e uma leitura de fácil entendimento, o livro é cheio de confusão e rebeldia com um teor angustiante. Se existisse o gênero "tragi-cômico", "O apanhador no campo de centeio" certamente corresponderia à esse quesito.
E interessante: Holden tem plena consciência que suas atitudes são erradas, mas não faz questão nenhuma de mudar. Ao ser confrontado por sua irmã sobre o que quer ser “assim como cientista, ou advogado, ou coisa parecida”, Holden diz que quer ser um apanhador.
"Fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto - quer dizer, ninguém grande - a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o que tenho que fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer dizer, se um deles começar a correr sem olhar para onde está indo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto. Só isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser só o apanhador no campo de centeio e tudo. Sei que é maluquice, mas seria a única coisa que eu queria fazer. Sei que é maluquice...."
Há um tempo atrás, li um artigo no site da Abril dizia que Holden Caulfield é a “personificação dos jovens da geração do pós-guerra à procura de uma identidade”. Pelo sim ou pelo não, o livro alcançou grande sucesso em sua época de lançamento, vendendo mais de 15 milhões de exemplares em apenas poucas semanas.
Porém, o autor J. D. Salinger, mesmo aclamado, não reagiu ao sucesso da forma que se espera socialmente. Ele se tornou um eremita até o fim de seus dias. Morreu em 2010, ainda isolado, em sua casa em New Hampshire.
E as curiosidades sobre o livro “O apanhador no campo de centeio” vão além da reclusão de seu autor. O livro foi censurado em diversos países do mundo por causa de “palavreado chulo, incitação à prostituição e à rebeldia”. Desnecessário? Vejamos: especialistas afirmam que o livro “seria uma espécie de gatilho para assassinatos”.

Nem preciso comentar o quão frenéticas ficaram as vendas do livro depois do acorrido. As pessoas queriam saber o que tinha naquele livro que poderia inspirar um assassinato. Natural. Tive a mesma curiosidade a respeito de “Os sofrimentos do Jovem Werther”, livro que levou uma grande onda de suicídio na Alemanha no século XVIII, mas isso talvez fique para outra resenha.
O presidente Ronald Reagan sofreu uma tentativa de homicídio, em 1981, e a atriz Rebecca Schaeffer foi assassinada, em 1989. Ambos os crimes, de acordo com os acusados, foram inspirados pelo livro de J. D. Salinger.
É no mínimo curioso que este livro esteja intrinsecamente ligado à atos violentos. Não consegui localizar em momento nenhum apologia à qualquer tipo de crime em seu enredo.
Claro que o autor não pregou a paz mundial, mas acredito que acusar o livro de “gatilho para assassinos” já é exagero. Não se pode generalizar. Aquela questão da subjetividade faz muito sentido aqui.
Holden Caulfield é claramente revoltado com o mundo a sua volta mas, acreditem, ele não mata ninguém.
As teorias de conspiração sobre “O apanhador no campo de centeio” são muitas. Li vários artigos interessantes a respeito do livro (fiquei tensa com alguns, inclusive), e não posso deixar de olhá-lo com olhos mais respeitosos depois de saber mais sobre ele.
Diversos autores contemporâneos, de diversos gêneros, o citam em seus livros, como “The Indigo Spell”, de Richelle Mead e o próprio “O Teorema Katherine”, de John Green.
Holden Caulfield é um personagem amado, apesar de suas revoltas juvenis e seu mau humor sem fim e “O apanhador no campo de centeio” é um livro com uma bagagem, no mínimo, interessante.
Vai encarar?
Sobre teorias da conspiração.
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Por Fernanda Karen
Eu Li: A noiva do capitão - Tessa Dare
18 de agosto de 2017
Título:A noiva do capitãoAutora:Tessa DeraEditora:GutenbergSérie:Castle Ever After #3Ano:2017Madeline possui muitas habilidades preciosas: é uma excelente desenhista, escreve cartas como ninguém e tem uma criatividade fora do comum. Mas se tem algo em que ela nunca consegue obter sucesso, por mais que tente, é em se sentir confortável quando está cercada por muitas pessoas… Chega a lhe faltar o ar!Um baile para ser apresentada à Sociedade é o sonho de muitas garotas em idade para casar, mas é o pesadelo de Maddie. E, para escapar dessa obrigação, a jovem cria um suposto noivo: um capitão escocês. Ela coloca todo o seu amor em cartas destinadas ao querido – e imaginário – Capitão Logan MacKenzie e convence toda a sua família de que estão profunda e verdadeiramente apaixonados. Maddie só não imaginava que o Capitão “MacFajuto” iria aparecer à sua porta, mais lindo do que ela descrevia em suas cartas apaixonadas e pronto para cobrar tudo o que ela lhe prometeu.
Oi, gente! Vamos de romances de época? Mas não é qualquer romance de época... é só O ROMANCE DE ÉPOCA do ano que entrou na minha lista top #5, e tudo isso é só para você sentir o drama! Não estou fazendo jogo com ninguém, nem marketing... nunca vou esquecer a reação do #PaBookClub quando eu falei do livro em nosso encontro do mês passado. Todo mundo parou para ouvir, e acho que consegui convencer pelo menos umas 4 pessoas a lerem o livro. Espero ter o mesmo poder através da resenha dele também, então vamos lá?
A noiva do Capitão conta a história de uma jovem Lady que tem todas as características necessárias para conseguir um bom casamento na sociedade, e com um nobre com título, tá meu bem? Ela tem um bom dote, vem de uma família com títulos tradicionais, tem posses e é prendada, porém Madeline só tem um probleminha pequenininho... ela em fobia de lugares cheios de gente, então bailes, piqueniques e afins estão nos piores pesadelos de Madie. Só que é justamente nesses locais que as jovens Ladys conseguem os ditos bons casamentos...
Aaaaa... tem outros dois detalhes que bem peculiares sobre a Madie... primeiro ela gosta muito de ler então ela é ótima em escrever e contar histórias, e em segundo lugar ela adora desenhar ilustrações para os livros e por causa disso ela esporadicamente consegue empregos para ilustrar livros, principalmente livros de botânica, biologia e enciclopédias. E por ter uma mente muito fértil, Madie consegue criar a desculpa perfeita para evitar as interações da sociedade em lugares cheios perante sua família. Ela inventa um noivo!
Mas você sabe o ditado, né? ´´Mentira tem perninhas curtas``... e logo Madie se vê obrigada a descrever com riquezas de detalhes quem é seu pretendente. E nisso ela acaba enamorada por um pretendente imaginário que é um capitão escocês, com direito a kilt e tudo, que está no campo de batalha e que tem ombros largos, e os olhos mais lindos do mundo, que além de um cavalheiro do scontos de fadas tem um cabelo único! E esse todo poderoso capitão se chama Logan MacKenze.
Nem preciso dizer que a família de Madie entrou em êxtase, e obrigou ela a escrever cartas para Logan na frente deles para que postassem o mais breve possível. Só que as cartas iniciaram como um martírio começaram a tomar outras proporções, pois Madie começou a encontrar nas cartas uma forma de se expor, e contra como realmente se sentia sobre tudo e sobre todos, ela acabou se sentindo confortável e intima de seu noivo de mentirinha.
Só que ela não poderia manter a mentira por tanto tempo, durou por oito anos, e não tinha como ir além disso, então ela precisou matar seu noivo fictício e assim a família dela voltou a deixar ela em paz com seus trabalhos e fobias. E além disso o padrinho dela deu a ela um castelo na Escócia para que ela pudesse se sentir próxima de seu falecido pretendente.
E assim o tempo foi passando... e Madie se mudou para seu castelo para viver uma vida de solteirona. E tudo ia bem até o dia em que sua criada vai ao seu escritório, atrapalhando a investigação de Madie sobre a dança do acasalamento de duas lagostas, dizendo que há um homem diferente a esperando na sala de visitas do castelo. Madie vai toda descabelada pensando se tratar de algum novo trabalho, só que nada poderia prepará-la para entrar na sala e encontrar sua tia muito empolgada admirando o porte físico de um escocês chamado Logan MacKenze, que voltou dos mortos para casar com Madie.
SIM, você leu direitinho! E o pior é que Madie não podia nem contestar a veracidade da informação que ele dava pois se chamava mesmo Logan MacKenze, era capitão, estava na frente de batalha, era igualzinho a descrição de Madie, sabe tudo sobre Madie e para piorar ainda mais a situação, ele tem as cartas de Madie ao seu fictício noivo.
Me tremi todinha quando descobri que ele era mesmo quem dizia ser... e ele estava mesmo lá para casar com ela. Além daqui eu não posso contar mais, só posso dizer que tudo o que você leu na resenha é super no início do livro...ainda tem muita coisa para falar para que é considerada spoiler. Mas só digo que a história é muitíssimo boa!
Bom, o livro me empolga muito, e vou deixar vocês com minha passagem favorita do livro:
´´- Oh, sério Logan? Isso não é justo.Ele ergueu os olhos de onde estava, reclinando na espreguiçadeira do quarto, o rosto parcialmente escondido atrás de um livro encadernado em couro verde.- O que foi? - Ele perguntou.- Você está lendo Orgulho e Preconceito?- Eu encontrei na sua estante. - Ele deu de ombros.(...)- Já que estamos falando de livros... - Logan se levantou de seu lugar e jogou o livro de lado - Tenho uma pergunta para você. Se esse é o tipo de história que você prefere, por que inventou um oficial escocês com seu pretendente imaginário Você poderia ter criado alguém parecido com o Sr. Darcy.``
Espero que tenham gostado da resenha e, por favor, leiam esse livro e venham surtar comigo!
Até o próximo post... beijos.
Por Anne Magno
Pai D'égua
É uma expressão comumente utilizada no Pará no sentido de qualidade positiva; Interjeição de admiração. Alguns sinônimos são: Bom, ótimo, fantástico, excelente.