Eu Li: Bem-Casados - Quarteto de Noivas #3 - Nora Roberts

Título:
Bem-casados
Autora:
Nora Roberts
Editora:
Arqueiro



Bem-casados, terceiro livro da série Quarteto de Noivas, é uma linda história sobre a doçura do amor. Quando terminar de lê-lo, você terá certeza de que os sonhos podem se realizar das formas mais inesperadas.
Parker, Mac, Emma e Laurel, amigas de infância, ganham a vida realizando o sonho de inúmeros casais apaixonados. As quatro são proprietárias da Votos, uma empresa de organização de casamentos.
Após ter trilhado um caminho muito duro para conseguir ser alguém na vida, Laurel McBane se tornou a criadora dos bolos e quitutes mais lindos e saborosos do estado. Ela preza sua independência acima de tudo e não aceita que ninguém interfira em suas decisões. Talvez por isso, apesar do sucesso profissional, ainda não tenha se entregado ao amor.
Apaixonada desde sempre por Delaney Brown, irmão de Parker, ela nunca teve coragem de revelar seus sentimentos. Afinal, sabe que é como uma irmã para ele.
Advogado da Votos, Del se sente responsável por cuidar não só dos assuntos burocráticos da empresa, mas também do bem-estar das quatro sócias. Porém, sua postura paternalista e superprotetora começa a gerar desentendimentos entre ele e Laurel.Mas essas diferenças de opinião também fazem ferver uma química que vinha cozinhando em fogo brando havia muito tempo, acendendo uma faísca que eles não sabem se conseguirão – ou se querem – conter.
Agora Laurel e Del precisarão conciliar suas convicções e personalidades para que o orgulho não fale mais alto que a paixão.

23 anos de vida e “Quarteto de Noivas” é a primeira série de Nora Roberts que leio. Francamente, sou um insucesso.
Nora Roberts escreve romances de uma forma incrível. Ela consegue ser romântica, sem ser piegas; escrever cenas de sexo (e descritivas, diga-se de passagem), sem ser vulgar; ser engraçada sem apelo...
O que eu fazia da vida antes de suspirar por essa mulher, gente?
(Pelo menos ela tem mais 83748326473264 *ad infinitum* de livros, então poderei reaver o tempo perdido.)

“Bem-Casados” é o livro 3 da série “Quarteto de Noivas” e, honestamente, como pode ser tão adorável? Já escrevi sobre o “Álbum de Casamento” e “Mar de Rosas” aqui no blog (livro 1 e 2 respectivamente). Mas para quem não leu (pobres infelizes, tsc), não precisa se preocupar: cada história tem um ciclo que se fecha. Porém, veremos todos os personagens centrais dos primeiros livros na história atual. Amo isso. Dá para matar a saudade, sabe. Mas, óh: pode começar por qualquer um (porém, eu recomendo fortemente que leiam todos os livros da série, por motivos de: FEELS!)

Como o título do livro sugere, “Bem-Casados” vai contar a história da doceira da trupe. Laurel faz doces por profissão mas na vida real a mulher é um verdadeiro furação. Ela é dessas que tem uma aura de poder na sua cozinha e que não leva desaforo para casa! Uma mulher forte que não tem nada de donzela a ser salva. Eu, particularmente, gosto muito dela.

“Ela sempre havia sido durona... Durona, forte, e não tinha medo de quase nada. A maioria das mulheres teria gritado, não teria? Mas não Laurel – ela lutava. Se a empurrassem, ela empurrava de volta. Com mais força.”

Laurel é apaixonada por Del. E não é uma paixão qualquer que nasceu de um dia para o outro. Ela sempre o amou. Del é o irmão mais velho de Parker, uma das integrantes do quarteto, ou seja: eles se conhecem desde sempre. Laurel, Parker, Emma e Mac são amigas desde a infância e se hoje o próspero negócio da Votos - empresa que realiza os casamentos mais lindos do condado - é um estrondoso sucesso, muito se deve a essa confiança advinda da amizade.Porém, Del tem um instinto protetor com esse quarteto; fato esse que deixa Laurel mais do que irritada. Deve ser um saco quando o amor da sua vida quer bancar seu irmãozão, né?Foi por isso que Laurel, num momento de raiva, tascou um beijo ardente em Del para deixar claro que ela não era nem prima de quinto grau, que dirá irmã.Del ficou extremamente surpreso e bastante balançado. Tão balançado que começou a, enfim, ver Laurel com outros olhos. E um olhar nada fraterno.

Esse livro, além de ser adorável, é bem articulado. O relacionamento dos dois é fácil, tranquilo, bom. Com certeza há um bônus quando já se conhece a pessoa há tempos e não é necessário ficar pisando em ovos. Porém, uma parte de Laurel acha que Del só fica com ela por condescendência. Ela sabe que é responsável por seus sentimentos e longe dela cobrar algo a mais de Del, porém... é doloroso amar e não ser amada de volta.

“- Isto parece quase fácil demais – comentou ela enquanto eles voltam para o carro.
- Por que deveria ser difícil?
- Não sei. Eu desconfio naturalmente do que é fácil demais... Quando as coisas correm muito bem, sei que há algo prestes a desabar na minha cabeça. Bem ali na esquina, um piano sendo içado para fora de uma janela.
- Então você o evita.
- Se você não estiver atento quando, plaft, o cabo se partir, será esmagado pelo piano.
- Na maioria das vezes, o cabo não se parte.
- Na maioria das vezes. Mas só é preciso uma vez. Então é melhor ficar atento, olhando para cima, só por precaução.”

Entendam, a inquietação de Laurel é bem plausível. Ela não quer se tornar uma obrigação (porque ela sabe que Del jamais de divertiria com seu coração) e, mesmo sendo tão independente e segura de si, esse tipo de questionamento é bem normal para o tipo de situação em que ela se encontra. Ah, o amor... Em contrapartida, Del, o adorável-advogado-bom-de-cama, sente o despertar desse sentimento de forma certa. Ele não foi arrebatado de uma vez. É um processo que considero bem certo.

“Não sei se você foi sempre a única. Eu estava acostumado a olhá-la e pensar em você de outra maneira. Então simplesmente não sei... Você mudou o que havia entre nós. Deu o passo, e eu não o vi chegando. Não posso lamentar algo pelo qual sou extremamente grato. Não sei se você foi sempre a única – repetiu ele. – Mas sei que é a única agora. (...)”

Uma das coisas que mais aprecio nessa série são os relacionamentos palpáveis. Sério, eles seriam perfeitamente viáveis caso acontecessem na vida real (estou no aguardo de meu Carter, inclusive).

Paralelo ao conflito amoroso do casal, há a perspectiva subjetiva de Laurel e Del e toda a rede de amizade que, particularmente, AMO. A amizade é tão explorada quanto o próprio romance. As piadas, as sacadas, a união de todo o grupo... é tudo maravilhoso e muito gosto de acompanhar. Também há a questão profissional. Eles obviamente amam o que fazem e esse amor é evidente para o leitor. Não há nada de superficial nas relações levantadas, mesmo que o livro seja dinâmico e acabe rápido demais. Mimimi.

Agora basta esperar a conclusão dessa série incrivelmente adorável. A última parte vai se tratar de Parker e Mal. E, tipo... ele é um mecânico. UM MECÂNICO, GENTE! Meu fetiche literário vai enfim acontecer! O quarto livro, que se chama “Felizes para sempre” e tem previsão de lançamento para Novembro. ADIVINHEM QUESTOU MORRENDO DE ANSIEDADE?!

E vocês, já leram? (Se não, corrijam isso urgentemente e venham surtar comigo! Beijo.)






  Fernanda Karen Estudante de Serviço Social com o coração no curso de Letras. Apaixonada por séries, dramas e café. Bookaholic irrecuperável e promiscua literária. Eventualmente estou trocando um de meus rins por livros muito desejados. (Qualquer coisa é só entrar em contato). Amo YA, ficção-fantasia, clássicos (brasileiros, portugueses, ingleses, latinos etc), chick-lits... Perceberam que meu preconceito literário é zero? Ops, quase zero; não leio auto-ajuda.

Formada em administração de empresas, tem fascinação por aprender idiomas (nem sempre é bem sucedida, mas vale a tentativa). É apaixonada por livros, fez muitos amigos por causa deles, e os usa para conhecer novos lugares e realidades. É também uma ARMY orgulhosa.

Recomendado Para Você

Comentários