Olá, caros leitores, em primeiro lugar gostaríamos de desejar a vocês um feliz Ano Novo de 2021, seguidos de nossos votos de um ano de muitas conquistas e saúde. Em segundo lugar, vamos conversar sobre os Bridgertons só mais um pouquinho, por favor?!
Lembro há algum tempo quando saiu na mídia a confirmação da compra dos direitos de reproduzir nas telinhas da Netflix a série de romances de época da autora Julia Quinn, chamada Os Bridgertons, publicada pelo Editora Arqueiro no Brasil, e quão feliz o meu coração de leitora da série ficou em saber que meus queridos personagens ganhariam o fôlego de uma existência de pele e ossos e não só papel e tinta.
Vamos a sinopse do livro:
Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.
Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.
Alguns de nossos queridos leitores chegaram a nos procurar nas redes sociais para saber nossas expectativas a cada nova notícia sobre a série (por saber que nossa paixão sobre romances de época da autora já é de longa data) e, admito que na época, meu coração ia ficando de eufórico para assustado na velocidade da luz com a reação das pessoas, e não com as notícias publicadas. Tanto foi que eu me vi fazendo um post similar a este para o blog, para compartilhar um pouco minha opinião e expectativas sobre as novidades. Confiram AQUI.
Isso tudo parece ter acontecido a muito tempo atrás... pois hoje vim no primeiro dia do ano de 2021 (vem vacina!) compartilhar com vocês como foi minha vivência de passar o dia 25/12/2020 enfurnada no quarto desde de manhã cedo para maratonar a série antes que os spoilers voassem na minha direção.
O post demorou um pouco pois levei meu tempo para digerir e amadurecer a opinião e comentários que seguem agora no post, vamos lá?
E só para já deixar claro: não vai ter como driblar todos os spoilers para poder contar a vocês sobre a série, mas farei o meu melhor. Outra coisa que deve ser observada é que este não é um post do Na Tela do blog, onde faço a comparação entre livro e série de tv, não, este é um post quase que exclusivo para comentarmos sobre a série. Esclarecidos estes pontos, vamos seguindo com a resenha:
Acredito que essa pergunta é fundamental para discorrer sobre a série, então vamos primeiramente conhecer quem é a mente por trás da criação de algo tão brilhante.
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Shonda
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Shonda Lynn Rhimes ou Shonda Rhimes é uma roteirista, cineasta e produtora norte-americana, atualmente com 50 anos, que iniciou sua carreira atrás das telinhas como diretora do curta-metragem Blossoms and Veils. Nesse período, se não me engano, ela estava com 28 aninhos e já começava a mostrar ao mundo seu potencial. Posteriormente, escreveu o piloto da série médica, mundialmente amada, Grey's Anatomy, quando em 2005 fundou sua própria produtora chamada Shondaland. Entre estas duas obras, ela chegou a produzir trabalhos como as aventuras de Britney Spears e suas amigas no filme Crossroads e com Disney para mais uma adaptação literária para contar no seu histórico, produzindo o segundo filme do Diário da Princesa, livro este escrito originalmente pela Meg Cabot.
Posteriormente, já com a Shondaland trabalhando intensamente, temos produções onde Shonda alterna entre criação, direção e roteiro em várias obras fantásticas já concluídas ou em andamento, tais como Scandal, How To Get Awat With Murder e Bridgertons, onde podemos sentir nas telinhas não só o brilhantismo de Shonda em adaptar textos intrigantes, mas como também todo o seu empenho e trabalho árduo sobre produzir obras com protagonismo negro dentre outras temáticas.
Protagonismo Negro!
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Sei que muitos leitores, sejam eles de romances de época ou não, sempre ficam com uma expectativa em nível estratosférico quando ficam sabendo que um de seus livros favoritos vai ser adaptado para as telinhas, pois almejam que a obra seja retratada com muita fidelidade. Acho que muitos de nós já passaram por alguma decepção nesse nível.
Acredito que mesmo que uma produtora se esforce muito para tentar manter o mais fiel possível a adaptação de um livro para as telinhas, nunca vai de fato satisfazer a todas as expectativas dos fãs e ficar igualzinho. Lembre-se que filmes/séries e livros tem um tempo e fluxo de leitura de histórias diferentes, logo se faz necessárias algumas modificações para que pelo menos nos filmes/séries a história ocorra em um ritmo mais em de acordo com uma produção de minutos/horas de um livro que você leva dias para degustar. E por isso, querido leitor, eu lhe aconselho a tentar assistir adaptações de livros como uma obra a parte, pois assim você talvez corra menos risco de ficar chateado e desfrute, quem sabe?
Foi assim que abri meu coração para a adaptação dos Bridgertons. Lembro quando Shondaland anunciou o escalação do elenco e sofreu duras críticas, positivas ou não, pois atores negros haviam sido escalados para dar vida a alguns personagens que não eram descritos no livro desta forma. Particularmente eu amei o que a Shonda fez. Em especial este livro, O Duque e eu, no qual se baseia a adaptação da Netflix, meus dois personagens favoritos passaram por essa mudança, Lady Danburry e o Duque Simon Basset, estes dois da foto acima, foram interpretados com maestria pelos atores britânicos Adjoa Andoh e Regé-Jean Page respectivamente.
Fiquei muito emocionada pelo ator Regé-Jean ter dado vida com tanto talento e respeito ao Simon, sendo ele meu personagem favorito no livro por toda a complexidade que foi o seu início na história. Por muitas vezes eu voltei pedaços na história só para ver ele encarando a Daphne com aquele olhar 43 fatal. Gostei muito do fato de não ser um ator super conhecido a dar vida a meu personagem favorito, foi mais real para mim assistir desta forma; ler o Duque e eu não vai mais ser a mesma experiência para mim depois de assistir a série pois sempre vou lembrar do Simon da série ao ler o livro novamente.
Manas e manos (gíria paraense aqui), o que foi as expressões faciais da atriz Adjoa Andoh ao dar vida a Lady Dunburry? Foi mais que perfeita! A interpretação foi tão perfeita que é como se eu conseguisse sentir perto do meu pé a bengala dela batendo no chão ressoando todos os sentimentos e opiniões poderosas da personagem. Estes dois personagens mais que roubaram a cena, pois a série construiu um fluxo de memórias e feedbacks deles que foi impossível não os amar!
Mas devo admitir que meu surto real, com direito a ficar babando na frente da tela e tudo, foi por um personagem que não tem no livro, mas que foi muito importante para o meu personagem favorito, Simon Basset, afinal, os dois são praticamente irmãos na série mesmo que se tratem feito saco de pancada por vezes sem fim, e espero que eu não tenha sido a única a voltar várias vezes as cenas em que o ator Martins Imjangbe aparece.
Esse ator belíssimo e talentoso deu vida ao melhor amigo de Simon, chamado Will Mondrich, um lutador que sonha em alcançar outros ringues e dar uma vida melhor a sua amada família.
Vários atores negros foram escalados para papeis de destaque na amada trama, dentre eles a vossa alteza real, a Rainha, uma personagem que não tem tanta ênfase no livro, mas que roubou muito a cena na série de forma cômica e trágica.
Ficou igual ao livro?
Na minha humilde opinião, no geral, sim. Até mesmo os personagens que não 'existem' no livro tiveram seu papel significativo para fazer a história fluir muito bem.
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O fluxo de história se manteve até o fim envolvente e cativante. Apesar de ser a história da Dafne com o Simon, os demais irmãos conseguiram representar muito bem seus personas; minha ressalva ao Anthony que não me lembro de ser por vezes chato com a irmã e mãe, mas faz muito tempo que li o livro dele, então me reservo o benefício da dúvida... para criar vergonha na cara e ler o livro novamente. Assim como achei a Violet, matriarca da família, um pouco diferente, é como se ela só despertasse para tomar as rédeas da situação muito depois e não desde o início da história como no livro. Ao mesmo tempo que foi uma delícia a ver interagindo com a Lady Danburry e a Rainha quase como se fossem as panteras do período regencial britânico... com a astúcia e inteligência política dessas três, guerras seriam vencidas sem derramamento de sangue.
Eu sei que eles eram diferentes, mas por vezes achei as caracterizações de Anthony, Benedict e Colin muito parecidas... e as vezes eu tinha que prestar mais atenção porque me confundia na emoção de assistir pela primeira vez kkk Principalmente o Anthony e o Benedict.
Admito que shippei o Benedict com um certo personagem que não vou dizer quem é, pois, é um mega spoiler... mas estarei atenta às próximas temporadas da série para ver onde isso vai me levar. Assim como caí de amores de uma vez por todas pela Penelope Fearghinton. A retratação da amizade dela com a Eloise foi maravilhosa.
MUITISSIMO!!!!
Fora tudo o que eu consegui relatar neste post gigante, e por isso eu peço desculpas, mas quando comecei a escrevê-lo eu não sabia onde as palavras me levariam... só deixei a mente e o coração chegarem até meus dedos e transmitir ao teclado o que precisava ser compartilhado.
Mais um ponto que eu amei também foi a trilha sonora pois quem me conhece intimamente sabe que um filme, série ou livro ganham muitos pontos comigo quando possuem uma trilha sonora que consegue me deixar apaixonada. E a série conseguiu fazer isso quando colocou músicas como: Thank U, Next, Girls Like You, In My Blood e Bad Guy dentre outras em suas versões instrumentais clássicas... eu amooooooo versões clássicas de músicas pop.
Ufa, acho que agora acabei... espero que vocês tenham gostado do post, e se ainda não viu a série, mas já leu os livros meu conselho é: se permita e vá de coração e mente abertos. Se você, assim como eu já assistiu, e já está na fase de reassistir me conta o que achou?
Fica a dica e até o próximo post!