Eu Li: Homem Aranha: Azul - Jeph Loeb e Tim Sale

Sim, ainda estamos na semana de
romances!
Título:
Homem Aranha: Azul 
Roteirista:
Jeph Loeb 
Ilustrador:
Tim Sale 
Editora
Salvat 
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Gwen Stacy foi o primeiro amor de Peter Parker. Mas, durante boa parte de sua vida, ele se dividiu entre ela e Mary Jane, sua vizinha. Apesar da dor da perda de Gwen e do casamento com MJ, Peter nunca esqueceu aquele romance da adolescência, e nem pretende! Afinal, entre lutas com o Duende Verde, confusões com o Rino e a implicância de seus colegas de turma, Peter Parker, o Homem-Aranha, viveu um grande amor.

Não, não estranhem. Sim, ainda estamos na semana especial de romances e sim, essa é uma resenha de uma HQ do Homem Aranha. Qual a relação? Vamos lá entender.

Primeiro, apesar de ser uma HQ do Homem Aranha, o foco aqui não será sobre o herói impedindo um assalto, nem sobre uma aventura salvando Nova York e muito menos uma batalha épica contra o Duende Verde ou o Venon. Até existem algumas lutas ao longo dessa história, mas o foco aqui é narrar como Peter Parker conheceu o primeiro amor de sua vida, Gwen Stacy. Aliás, como o próprio teioso diz: 

Essa é a história de como a gente se apaixonou. Ou, melhor dizendo, de como a gente quase não se apaixonou.

Para quem não sabe, Gwen Stacy foi a primeira namorada do herói nas HQ's e acabou morrendo nas mãos do Duende Verde (história que foi pessimamente adaptada naquela lástima chamada "O Espetacular Homem Aranha 2"). A cena aliás, é uma das mais icônicos do herói. Após superar a morte, Peter se envolveu com Mary Jane (que aliás é o par romântico do heróis na trilogia clássica de filmes). Entretanto, Gwen sempre foi o grande amor da vida dele. Quem teve a oportunidade de ler Dinastia M (que aliás, recomendo), uma HQ onde a Feiticeira Escarlate cria um mundo onde todos os personagens da Marvel vivem suas fantasias mais perfeitas, pôde perceber que a fantasia de vida perfeita de Peter era com a loira.

Azul é uma HQ que se foca justamente em narrar essa história de amor. Ela já começa de uma forma que eu achei genial, trazendo um texto bem diferente do que se vê em quadrinhos: em primeira pessoa, sendo uma gravação que Peter está fazendo como se estivesse conversando com Gwen e confessando tudo o que aconteceu no meio tempo em que eles se conheceram e passaram a namorar. 

...
Fora que, mesmo tendo várias cenas de luta e revisitando boa parte de galeria de vilões do Homem Aranha, esse quadrinho parece muito mais uma história cotidiana de romance, com as várias cenas bem estilo dia-a-dia inseridas pelo meio.


Indo mais longe, a trama reconta várias partes marcantes da vida do herói, como o início de sua amizade com Harry Osborn, sua primeira luta com o Lagarto ou quando o Duende Verde descobriu sua identidade secreta. Tudo isso, com um estilo envolvente, emotivo e um tanto melancólico. O roteiro de Jeph Loeb, aliás, é bem competente na missão de manter tudo que já fora contado sem contradições. Azul funciona como um ótimo complemento a histórias clássicas do herói, mas focando principalmente no crescimento e amadurecimento de Peter e no romance com a Gwen.

Um casal desses, bicho...

A arte de Tim Sale é muito bonita e combina com a melancolia da trama. No final das contas Azul é uma HQ belíssima, sobre um romance muito legal, que infelizmente a gente sabe que não vai terminar bem. Mas, para quem curte o herói (e, por que não, uma deprê de leve) é indispensável.



Gerente de projeto, editor de video, de áudio, podcaster, escritor (sem nada publicado) e cozinheiro quando dá tempo.

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