Eu Li: Maze Runner: Correr ou Morrer - Maze Runner #1 - James Dashner

A única editora que percebeu que nós
não queremos capas filmes nos livros.
Título: Maze Runner: Correr ou Morrer 
Autor: James Dashner
Editora: V & R  
Série: Maze Runner 
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Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.
Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.
Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.

Maze Runner: Correr ou Morrer é um livro de 2009 (chegou no Brasil em 2012) que veio na onda das distopias (apesar de não ser exatamente desse gênero). O livro fez bastante sucesso e ganhou até uma adaptação para os cinemas (legalzinha) em 2014. É meio difícil classificar exatamente em que gênero o livro é classificado. Há um "q" de distopia, misturado com um pouco de terror e aventura.

A primeira cena começa exatamente com o personagem principal, Thomas, subindo por um elevador para a algum lugar. Ele não se lembra de quem é, de onde veio, o que está fazendo ali e muito menos sabe para onde está sendo levado. Quando o transporte chega ao topo, ele descobre estar na Clareira: um lugar totalmente aberto, cercado por muros gigantescos e habitado por vários garotos de idades variadas. Aos poucos Thomas vai descobrindo como exatamente funciona aquela sociedade: cada garoto tem sua função, todos trabalham em conjunto para sua sobrevivência e nenhum deles tem memória de seu passado antes da Clareira. O que eles sabem é que todo mês um novo garoto é enviado através do elevador, junto de vários suprimentos. Além disso, que os muros gigantes que se estendem por toda área possuem algumas portas de pedra que são abertas todas as manhãs. Além delas há um gigantesco labirinto, aparentemente indecifrável e cheio de criaturas monstruosas que os garotos conhecem como verdugos.

Desde o início, Thomas tem a sensação de que é diferente dos outros garotos e, aparentemente, sua chegada ali causou uma grande mudança na rotina deles. Os clareanos, inclusive, começam a estranhar toda a curiosidade de Thomas sobre os mistérios do labirinto e dos verdugos, coisa que não é muito normal para um novato. As mudanças aumentam ainda mais quando, logo no dia seguinte, chega uma nova pessoa na Clareira: uma garota. E ela traz uma mensagem: "Tudo vai mudar". A partir daí é bem difícil prever exatamente o que acontecerá a seguir e inúmeras reviravoltas vão acontecer.

O que pra mim foi mais interessante em Maze Runner é a capacidade de James Dashner em criar um texto extremamente imersivo. Você lê e tem a sensação de estar nas cenas descritas, sentindo todo o pavor e tensão possíveis. A descrição das cenas, dos personagens e, principalmente, dos verdugos é bem detalhadas e completa. O livro é bem denso: tem quase 430 páginas, mas tem tantos acontecimentos, que é bem difícil para de ler.

Todos os personagens são interessantes de alguma forma. Thomas é o personagem principal, sem dúvidas, e acaba recebendo mais atenção do narrador, mas, a dinâmica dele com a garota que surge na clareira, Teresa, é bem interessante. Outros personagens secundários como Alby (o líder dos garotos da Clareira), Newt (segundo em comando), Gally (não gosta do Thomas desde o início e funciona mais ou menos como um "vilão"), Chuck (um dos poucos clareanos que simpatiza com Thomas logo no início) e Minho (um dos corredores responsáveis por tentar decifrar o labirinto) são muito bem descritos e tem personalidades aprofundadas. Todas as ações tomadas pelos personagens são bem resolvidas e fazem bastante sentido.

Fora isso, algumas coisas me incomodarem na trama. Primeiro foi excesso de organização da sociedade da clareira. Achei realmente demais para um monte de garotos o nível de hierarquia que eles possuíam. Quando li a sinopse de Maze Runner imaginei algo caos total quase no nível de Gone (resenha aqui). Mas o que ocorre mesmo é algo até bastante distópico. Há até uma tentativa de explicação no final, mas ela não me convenceu. O outro problema são alguma cenas que ocorrem mais para o meio e final da trama que acabaram sendo abstratas demais para mim e meio confusas de entender. O final é si é um pouquinho confuso e só fui entender melhor quando comecei a ler o segundo livro, Prova de Fogo.

Mas, no final, a experiência de ler Maze Runner é extremamente positiva. O livro é realmente muito bom e recomendo a todos.

Aguardem, em breve vou resenhar os outros livros da série.

Gerente de projeto, editor de video, de áudio, podcaster, escritor (sem nada publicado) e cozinheiro quando dá tempo.

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