Título:Feitiço da SombraAutora:Nora RobertsEditora:ArqueiroConnor O’Dwyer se orgulha de chamar o Condado de Mayo de seu lar. É lá que Branna, sua irmã, mora e trabalha e onde Iona, sua prima, encontrou o verdadeiro amor. Foi nessa terra que seus parentes e amigos formaram um círculo de proteção que nunca poderá ser rompido...Até que um beijo põe em risco a segurança de todos. Depois de um breve encontro com a morte, Connor e a melhor amiga de sua irmã se entregam um ao outro. Eles se dão bem desde a infância e, depois do tórrido encontro, o rapaz tem esperança de que esse relacionamento evolua. Para frustração dele, no entanto, Meara se contenta apenas com o prazer do momento, temendo se perder – e perder a amizade dele.Essa mudança em sua relação pode abalar o círculo e permitir que uma perigosa ameaça ressurja aos poucos, como uma névoa. Para detê-la, Connor precisará novamente da família e dos amigos para despertar a força e a fúria que correm em seu sangue. Quem sabe pela última vez.
Já é de conhecimento geral da nação que sou louca pelos livros de Nora Roberts. Bem, pelos que já li, pelo menos. A autora é conhecida por sua criatividade quase compulsória (a mulher deve ter 9874182063 de livros lançados) e por ser muito bem sucedida com seus livros.
A trilogia “Primos O’Dwyer” veio para o Brasil pela editora Arqueiro e o primeiro livro, “Bruxa da noite” já está resenhado aqui no blog. (Deem uma olhadinha aqui.) “Feitiço da Sombra” é o segundo livro, lançado na metade do segundo semestre de 2015, e o último livro, “Magia do sangue”, também já saiu no país no final do ano (resenha muito em breve). Portanto, quem gosta de ler séries sem parar, já pode correr para o abraço porque a rainha do romance não ganhou esse título a toa, meus amores.
“Feitiço da Sombra” vai dar continuidade ao desafio dos três bruxos - descendentes da Bruxa da noite – de destruírem o terrível Cabhan. É interessante como a autora sempre nos coloca a par das lendas nos fazendo respirá-las; Os primeiros capítulos do livro se passam em 1268, onde tudo começou, e depois nos traz para os tempos atuais (ou, em 2013), contrastando escolhas e consequências. Ou seja, esse desafio é antigo e a magia que corre no sangue dos primos O’Dwyer vem de há muitas gerações.
O segundo livro vai dar ênfase ao bruxo da família, Connor O’Dwyer. Ele é leal, valente e tem muito poder. Connor é um personagem apaixonante; Acho que todos os homens de Nora Roberts tem isso em comum.
Meara, melhor amiga de sua irmã, sempre sentiu um pouco de atração por ele, mesmo sabendo de suas diversas aventuras. Ela mesma nunca se negou a algumas aventuras, mas o verdadeiro amor é um assunto complicado para Meara. Com um histórico familiar deprimente, ela tem medo de se entregar e dar tudo errado – como aconteceu com seus pais -, então prefere se abster de viver plenamente o sentimento. Sempre foi fácil viver assim.
Mas a vida de Connor é colocada em risco e ela se vê na possibilidade de perdê-lo... a partir de um ponto, eles se envolvem (romântica and fisicamente) mas sempre com um "porém" nas entrelinhas. É um romance que tem tudo para dar certo, basta que Meara enxergue o obvio.
Enquanto isso, Cabhan que continua a espreita e atacando sempre que pode, vê em Meara um alvo fácil, por ela ser mulher e não ser bruxa. Ele, claramente, não sabe de nada. A força de Meara é apenas um dos muito atrativos que fizeram de Connor um homem apaixonado e para protegê-la, e proteger os seus, ele fará toda a magia do bem possível.
Uma das coisas que mais amo nessa história é como os personagens são reais e como a autora trabalha a ambientação para nos aproximar deles. Os três bruxos e mais três formam um circulo que é muito mais que companheirismo, é familiaridade.
A narrativa é em 3ª pessoa e temos a perspectiva de vários personagens, o que é bem legal nesse caso pois sabemos que não existem falsianes nessa família (espero não estar me enganando, hein, Nora.) Há algumas cenas bem quentes entre o casal principal, mas nada que não dê pra ler no ônibus; Tudo sexy sem ser vulgar.
E mesmo com a magia nas entrelinhas, o normal é retratado de forma tão boa. Os diálogos são divertidos e gostosos e os personagens tão vívidos! Dá um conforto tão gostoso ler essa história que parece até mágica.
Nora é diva! |