[Resenha Dupla] O Artífice - Tony Ferraz


Título:
O Artífice
Autor:
Tony Ferraz
Editora:
Universo dos Livros
Onde Comprar:
Saraiva | Submarino | FNAC


Em dias de tempestade, um assassino que mata através de armadilhas extremamente elaboradas vem enganando a polícia londrina numa série de crimes inusitados. Haryel Kitten é um detetive inteligente, prático e muito dedicado ao seu trabalho, que agora tem o desafio de desvendar o que há por trás desse mistério.
Mas será que há forças sobrenaturais agindo? Detalhes dos crimes permanecem obscuros, o serial killer, apelidado pela mídia de Artífice, faz com que Haryel trilhe um caminho sem volta. Quanto mais ele se aprofunda na investigação, menos compreende o que está acontecendo. O detetive fará tudo que estiver ao seu alcance para montar esse quebra-cabeça. Mesmo que sua própria vida corra perigo...

A: A capa chamou muito a minha atenção em uma das minhas andanças na bienal deste ano em São Paulo. Li a sinopse na capa do livro, e achei interessante, apesar de não curtir muito romances policiais. O que me convenceu definitivamente a ler o livro, foi o autor falando sobre o mesmo para mim.

B: A polícia londrina está tendo que lidar com um serial killer que mata através de armadilhas muito bem elaboradas, usando materiais de fabricação própria, que não podem ser rastreados. Diante do mistério envolvendo os crimes, Haryel Kitten, um detetive habilidoso, é convocado para se unir ao time que investiga os motivos dos crimes e o assassino.

A: No inicio da leitura admito que alguns parágrafos foram um desafio, pois eles eram descrições de ensinamentos e dizeres Budistas e Taoistas. Mas eu resolvi seguir o conselho do mestre budista logo no inicio do livro, não parei para tentar decifrar, só deixei as palavras vagarem em minha mente, nesses parágrafos.

B: Eu não consegui fazer isso! É contra minha natureza não tentar decifrar, o que geralmente é bom, mas que nesse caso me deixou totalmente perdida. Eu lia e relia os trechos, mas não conseguia entender. Frustração define!

A: Com o decorrer dos assassinato e das investigações, eu comecei a ficar ainda mais curiosa, acredito que isso é um ponto positivo do livro, pelo menos para mim, que as vezes preciso ser provocada pelo livro para continuar a leitura.

B: A investigação é realmente muito boa. O modo como o assassino mata é intrigante, e não conseguimos achar nenhum ligação aparente entre as vítimas. Num primeiro momento só acompanhamos a descoberta dos corpos, as impressões inicias, a surpresa pelo fato de todas as armas usadas terem fabricação artesanal. Depois começamos a acompanhar os assassinatos do ponto de vista do assassino e o modo como ele age, como ele amedronta as vítimas, começa a nos levar a tentar fazer ligações como os ensinamentos taoistas e budistas do mestre que "ajuda" Haryel durante a investigação. E nesse ponto minha mente não me deixava continuar lendo sem tentar decifrar alguma coisa.

A: Um dos pontos negativos, é que algumas pessoas podem ficar meio confusas, ou desmotivadas a continuar a leitura devido aos embates psicológicos e filosóficos entre mestre budista e o detetive ou ele com o o artífice. O leitor pode ficar meio tipo, oi? Que aconteceu aqui?

B: Que foi exatamente o que aconteceu comigo em algumas partes do livro. Eu ficava pensando "Meu Deus, quando é que eu vou entender o que está acontecendo?" hahaha. Foi um exercício e tanto para o cérebro!

A: Para mim foi uma leitura rápida, em um dia eu devorei o livro. E ainda fiquei quase uns 40 minutos para assimilar as possibilidades do final. Você meio que sente que foi um final na velocidade de um tiro. E inteligente, deixa a sua mente escolher a possibilidade. Não segui a indicação do autor, ele sugere que o livro seja lido a noite, comecei numa tarde, e finalizei durante a madrugada, e realmente acho que ter lido o final nesse horário foi mais tenso ainda. Fiquei muito impactada com o final do livro, ate estava teclando com a Bianne nesse momento, e joguei em cima dela todo o meu choque, e frustrações.

B: Eu fiquei de queixo caído com o final. Tipo, muito legal, muito engenhoso! Um assassino muito inteligente, planejou tudo direitinho, fez e aconteceu, cara, muito inteligente mesmo. E é como a Anne falou, o final te deixa com duas possibilidades, que eu não posso explorar melhor porque seria um baita spoiler. A possibilidade mais provável é assustadora, porque só de imaginar eu morri de pena do Haryel! Ah, o autor é tão assassino quanto o serial killer! hahaha

A: Não tem como se apegar a um personagem, a todos você uma hora vai entender, e na outra vai querer soca-los. Faz parte!

B: É uma leitura muito boa, bem rápida (também li o livro em apenas um dia) e para quem gosta de livros policiais com ingredientes adicionais, tipo filosofia, vai adorar tentar desvendar o mistério e "bater cabeça" junto ao Haryel.


Assistente Social por amor a profissão, descobriu em 2013 uma nova paixão: ser blogueira literária. Desde então vem se apaixonando mais a cada novo livro lido. Descobriu através de Jose de Alencar e só reafirmou ao ler Jane Austen, que Romances de Época são imprescindíveis para a sua vida assim como respirar. Adora intercalar suas leituras com momentos em família, séries de tv, doramas, música, bujo, fotografia, saídas com amigos e seus cachorros lindos. Encontra na literatura uma forma de desbravar o mundo e fazer novos amigos.

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