Literatura Clássica Brasileira: Livros para o 2º semestre de 2021

Olá, leitores!

Recentemente fui convidada pela mybest Brasil a falar sobre sobre um livro da nossa literatura clássica brasileira e, a partir de alguns projetos literários que tenho acompanhado, escolhi o grande Lima Barreto e seu "Triste fim de Policarmo Quaresma". Vocês podem conferir a resenha no site da mybest Brasil.

Edição Antofágica


E inspirada no convite da mybest Brasil para os demais blogueiros, me vi com o planejamento de ler/reler 03 livros da lista apresentados pelos colegas para a coluna Diferentona
Vem conferir:

1. Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus:

"O diário de Carolina Maria de Jesus surgiu este autêntico exemplo de literatura-verdade, que relata o cotidiano triste e cruel de uma mulher que sobrevive como catadora de papel e faz de tudo para espantar a fome e criar seus filhos na favela do Canindé, em São Paulo. Em meio a um ambiente de extrema pobreza e desigualdade de classe, de gênero e de raça, nos deparamos com o duro dia a dia de quem não tem amanhã, mas que ainda sim resiste diante da miséria, da violência e da fome. E percebemos com tristeza que, mesmo tendo sido escrito na década de 1950, este livro jamais perdeu sua atualidade. A primeira publicação de Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus, data de 1960, por isso, em 2020, quando se comemoram os 60 anos de sua existência, a Somos Educação fará uma edição especial desta que é uma obra muito importante para a literatura brasileira. Com um projeto gráfico renovado e capa assinada pelo artista No Martins, além do texto original da autora, este livro conta com um prefácio assinado pela escritora Cidinha da Silva, fotografias dos manuscritos de Carolina Maria de Jesus e uma fortuna crítica com escritores como Alberto Moravia; críticos literários, como Marisa Lajolo, Carlos Vogt, Elzira Divina Perpétua, Fernanda Miranda; historiadores, como José Carlos Sebe Bom Meihy, e jornalistas, como Audálio Dantas, responsável pela publicação da primeira edição do livro, e Otto Lara Resende."

 

2. Vidas Secas, de Graciliano Ramos: 

"O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro. Apesar desse sentimento de transbordante solidariedade e compaixão com que a narrativa acompanha a miúda saga do vaqueiro Fabiano e sua gente, o autor contou: "Procurei auscultar a alma do ser rude e quase primitivo que mora na zona mais recuada do sertão... os meus personagens são quase selvagens... pesquisa que os escritores regionalistas não fazem e nem mesmo podem fazer ...porque comumente não são familiares com o ambiente que descrevem...Fiz o livrinho sem paisagens, sem diálogos. E sem amor. A minha gente, quase muda, vive numa casa velha de fazenda. As pessoas adultas, preocupadas com o estômago, não tem tempo de abraçar-se. Até a cachorra [Baleia] é uma criatura decente, porque na vizinhança não existem galãs caninos". VIDAS SECAS é o livro em que Graciliano, visto como antipoético e anti-sonhador por excelência, consegue atingir, com o rigor do texto que tanto prezava, um estado maior de poesia."

 

3.  A hora da estrela, de Clarice Lispector: 

"Um dos maiores clássicos da literatura brasileira e também o romance mais popular de Clarice Lispector, A hora da estrela completa 40 anos em 2017 e ganha uma edição comemorativa com projeto gráfico sofisticado, enriquecida por textos críticos assinados por Nadia Gotlib, Eduardo Portella, Clarisse Fukelman, Paloma Vidal, o irlandês Colm Tóibín, a francesa Hélène Cixous e a argentina Florencia Garramuño e um caderno de 16 páginas reunindo reproduções em fac-símile do manuscrito original, bilhetes e anotações da autora. Lançado em outubro de 1977, menos de três meses antes de sua morte, Clarice Lispector expõe os dilemas criativos do escritor Rodrigo S. M., seu alter ego, para narrar a história de Macabéa, uma jovem alagoana órfã que trabalha como datilógrafa no Rio de Janeiro. Uma obra que se mantém instigante, inovadora e profundamente comovente há 40 anos, ganhando reimpressões sucessivas e traduções em todo o mundo (...)"


Ah, são muitos livros deliciosos que o nosso Brasil produz e, sim, pretendo preencher mais as lacunas da nossa coluna Diferentona para vocês!
Não deixem de passar no site da mybest Brasil para conferir as demais indicações preciosas e conhecer outros conteúdos literários!

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Assistente social apaixonada por livros. Militante da transformação social através da literatura.

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