Eu li: O Conde que eu arruinei - Scarllet Peckham

Antes de ir para a França, Constance tinha não uma quedinha, mas os quatro pneus arriados pelo primo do marido de sua prima, que fazia parte do ciclo familiar pequeno deles. Em uma de suas tentativas de mostrar o quanto gostava dele, ela partiu para beijá-lo, mas ele conseguiu sair pela tangente. Deixando assim Constance com a certeza de que os sentimentos dele não eram recíprocos, e que não só a idade os afastava, ela com 16 e ele com 18 anos, mas o jeito dela também. Por isso no período que esteve longe se empenhou em ser a mais diferente e imponderada possível das demais mulheres da sociedade. 

Acontece que Julian Haywood, Conde de Apthorp, não era indiferente aos sentimentos dela, só que naquele momento ele não tinha cabeça e força para um romance pois estava até o pescoço de dívidas e estava com muito medo de não conseguir dar conforto e segurança para sua mãe e irmã mais nova, e para piorar a situação estava acontecendo uma situação ainda mais alarmante com sua irmã nos bastidores da história. Então não tinha como aquele ser o momento certo para mostrar a Constante o quanto ele já nutria sentimentos por ela, mas ele também não conseguiu pensar em um meio de mostrar para ela o que estava acontecendo, por ser muito orgulhoso. Então esse possível romance flopouo antes mesmo de começar. Pelo menos naquele momento da história.

Anos depois, Constance vive se sentindo criticada por Julian, por seu jeito tempestuoso e impulsivo. E não suporta ser tratada assim. Então certa noite, durante um baile de máscaras ela é abordada por uma estranha que lhe contou que Julian possui um segredo pecaminoso. E com isso a imagem que Constance tem dele se desmorona, e na impulsividade acaba por escrever uma poesia altamente debochada denegrindo a imagem de um possível Conde chamado Asnothorp para compartilhar com suas amigas no clube de leitura. O que ela não sabia era que alguém infiltrado ali roubou um dos folhetins do poema e publicou em um jornal super conhecido por ter altos padrões de moralismo sobre a sociedade. 

Julian com o decorrer dos anos conseguiu reerguer a cabeça minimamente para ficar no limite antes de ser declarado em ruinas, e vem trabalhando arduamente para conseguir que seu projeto seja aprovado na câmara dos lordes. Até que certa manhã o grupo opositor ao seu projeto começou a comprar e espalhar em massa o jornal com um poema ridículo arruinando assim suas chances de aprovação. Então Julian se esconde na casa do título que está em ruinas e começa a beber pois não sabe como vai conseguir desfazer todo o mal entendido causado pelo jornal.

E com isso seu sonho de conseguir propor casamento em melhores condições a Constance vai mais uma vez por água abaixo. E do nada, enquanto ele se afogava em comiseração, descobre que alguém entrou em sua casa. Quando vai investigar para ver quem é, descobre que contra todas as suas expectativas, era Constance procurando por ele. E as piores palavras possíveis saem da boca dela para esmagar o coração dele, pois ela confessa ser a autora do poema que arruinou a sua vida. Então ele começa a pedir que ela saia da casa, pois como ele poderia permanecer ao lado de uma pessoa em quem não confia?

Mas sendo cabeça dura de um jeito que só ela sabe ser, bate o pé e diz que não vai embora até que ele ouça o plano dela, mesmo correndo o risco de ter sua reputação manchada não só por estar ao lado dele, mas por estarem sozinhos na casa. Acontece que a solução que Contance achou para o problema de Julian, foi pedir a mão dele em casamento, fazendo assim que a reputação dele seja restaurada e ele tenha dinheiro para concluir seu projeto e apoio da família dela para conseguir convencer novamente os lordes a votarem a favor do projeto. Obviamente que Julian achou que ela tinha perdido a cabeça de vez, mas Constance consegue ser astuta o suficiente para driblar a negativa inicial dele, e convence o Conde em a pelo menos fingir que estão noivos. 

Junte todas as trapalhadas possíveis que o falso casal pode fazer, junto com a tensão e tesão que ambos carregam um pelo outro há tanto tempo e você terá um pequeno vislumbre de quão cômico e quente a história deles é. Acrescido disso temos o passado de Julian vindo à tona para explodir na cara de Constance como uma prova de fogo para ver se os sentimentos dela tem como resistir as escolhas forçadas a ele, assim como seus gostos peculiares.

Os dois personagens principais são extremamente cativantes, e não teve como largar o livro tão facilmente depois que se começa a leitura. Fora toda a parte romântica, foi divertido investigar junto com eles quem foi que instigou todo o mal-estar com fofocas contra Julian. Espero que vocês tenham gostado da resenha, e que permitam a Constance invadir feito o furacão a vida de vocês também! 

Fica a dica e até o próximo post.