Eu Li: É assim que se perde a guerra do tempo - Amal El-Mohtar e Max Gladstone

Título:
É assim que se perde a guerra do tempo
Autores:
Amal El-Mohtar e Max Gladstone
Editora:
Suma
Ano:
2021



Uma história que atravessa tempo e espaço para narrar o destino de duas viajantes do tempo rivais que se apaixonam e precisam mudar o passado para garantir um futuro juntas.
Entre as cinzas de um mundo em ruínas, uma soldada encontra uma carta que diz: Queime antes de ler. E assim tem início uma correspondência improvável entre duas agentes de facções rivais travando uma guerra através do tempo e espaço para assegurar o melhor futuro para seus respectivos times. E então, o que começa como uma provocação se transforma em algo mais.
Um romance épico que põe em jogo o passado e o futuro. Se elas forem descobertas, o destino será a morte. Ainda há uma guerra sendo travada, afinal. E alguém precisa vencer.


Ainda estamos em março mas acredito que este seja um dos meus livros favoritos do ano. 
Amigos, eu só sei SENTIR!
"É assim que se perde a guerra do tempo" é uma obra primorosa, com um texto poético e com proposta interessantíssima. Além disso, uma obra vencedora de diversos prêmios literários, como Hugo e Nebula.
Escondam as sedas pois estou rasgando todas! 
Existe uma guerra atemporal acontecendo neste exato momento. Uma guerra entre duas instituições, onde seus times se enfrentam entre as diversas tranças e fios do espaço-tempo. 
Jardim e Agência existem para derrotar uma à outra e é assim que as inimigas Blue e Red interagem. 

Elas se esbarram e diversos filamentos onde planejam e executam planos para suas vitórias. Ambas estão acostumadas a vencer; são referências de vitórias e sucessos em suas missões. 
Nesta guerra, as vitórias nem sempre significam algo grande. Alguns detalhes podem mudar completamente o curso das histórias dos mundos; uma vida salva, um encontro na hora certa, uma vivência que despertará um conhecimento inestimável. Desta forma, Blue e Red caminham pelos filamentos entre as tranças dos tempo para colocar as coisas em seus devidos lugares, cada uma em busca de seus próprios interesses. 

Elas percebem que são boas e acabam criando uma admiração pelo trabalho da outra. Então surge o primeiro contato: uma carta. Uma provocação. Uma novidade. 
Apesar dos perigos que acarretam é cada vez mais irresistível não corresponder. 

Adendo para a edição física que está LINDA (Imagem: SUMA)


É através de cartas, entre os muitos espaços-tempos, portanto, que Red e Blue criam um vínculo forte, um amor de almas, trocas de experiências e confissões. 
É um amor paciente, lento, que atravessa muitas vidas, talvez milênios. Um amor criado em um elo indestrutível. 
As cartas de Blue e Red são absolutamente lindas, apaixonadas e, ao mesmo tempo, dolorosas, permeadas de questionamentos sobre essa guerra que ninguém lembra como começou e que elas fazem parte fundamental em lados opostos. 
Inimigas que se amam. Quase um Romeu e Julieta sci-fi sáfico. 

Neste momento eu só existo para declarar meu amor à essa história, à essa prosa poética apaixonante e inovadora. 
É daqueles livros que poderia ser declamado em praça pública!
O começo pode ser confuso pois o leitor é jogado neste universo repletos de filamentos e tranças de diversos tempos mas quando conseguimos atentar à proposta, a complexidade se desmancha no ar.
Fica só a poesia e o amor entre duas mulheres através do tempo. 

Conheçam essa história, eu imploro! 

Leiam! 


Assistente social apaixonada por livros. Militante da transformação social através da literatura.

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