Eu Li: Uma noiva rebelde - Julia Quinn

Título:
Uma noiva rebelde 
Autora:
Julia Quinn
Editora:
Arqueiro
Ano:
2020
Série:
Os Rokesbys #4



Ela tinha duas opções…
Georgiana Bridgerton nunca foi contra a ideia de se casar. Ela só achava que sua opinião seria levada em conta na hora de escolher o noivo. Mas quando sua reputação está por um fio, Georgie precisa decidir: ou aceita ser uma solteirona pelo resto da vida ou se casa com o vigarista que a sequestrou de olho em seu dote.
Mas de repente surge uma terceira opção...
Quarto filho de um conde, Nicholas Rokesby está estudando medicina em Edimburgo e não tem o menor interesse em arrumar uma esposa nesse momento. Mas quando descobre que Georgie, sua amiga de infância, corre o risco de ficar arruinada para sempre, ele sabe o que deve fazer.
Depois do escândalo...
Só que os dois sabem que nunca conseguiriam se ver como mais do que bons amigos. Não é?
Ao embarcarem num jogo de conquista nada convencional, repleto de diálogos impagáveis e coadjuvantes carismáticos – entre eles três gatos cheios de personalidade –, Nicholas e Georgie vão descobrir que muitos encantos da vida já estão bem na nossa frente.


Olá, amados leitores! Cá estou novamente tentando contagiar o mundo com meus amados romances de época. E na resenha de hoje temos ninguém menos que um amado livro de autoria de nossa diva mor, Julia Quinn! 

Antes de fazer esta resenha me perguntei se este seria o último livro da série, então fui procurar me informar mais na página dos Rokesbys, no site da Julia Quinn, e de antemão te digo: não, provavelmente não será o último livro da série. Mas o que mais me chamou a atenção no texto da autora sobre esses amados vizinhos dos Brigertons foi a autora dizer que muitos fãs pediam mais de nossa gigantesca e amada família ficcional, e que provavelmente esperavam novas aventuras dos filhos da primeira saga. E não que ela decidiu voltar um pouco mais na história e contar a relação dos Brigertons,  aprimeira geração, assim digamos, com seus amados vizinhos os Rokesbys?! 

Assim como ela também diz que parte do motivo de ter voltado atrás na história era a oportunidade de finalmente nos contar a história não contada de Violet e Edmund antes deles se casarem e terem nossos amados personagens da era vitoriana.

Set in the late 1700s, this series follows the aristocratic Rokesby family, who happen to be close friends and neighbors of the Bridgertons, who are the subject of my most popular book series. Readers had long asked me to write more about the Bridgertons, and I think most expected me to look to the next generation, but I found myself far more interested in the Georgian era than the early Victorian, so I decided to go backwards instead.

As a bonus, this means that eventually we’ll get a peek at Edmund and Violet Bridgerton before they were married. (Confession time: I came up with the premise of the Rokesby series because I wanted to show Edmund and Violet before they were married.) - Texto na integra do site da autora.

Então, minha dica é: se vocês ainda não leram nenhuma dessas duas séries de Julia Quinn, comece por "Os Rokesbys" para então passar para "Os Brigertons". Dessa forma vocês vão conseguir pegar com mais facilidade certas referências de personagens mencionados na segunda série. Se vocês, assim como eu, começou pela segunda série, e se tiverem tempo, depois de ler a primeira releia a segunda, se é que deu para me entender! 

Mesmo eu sendo apaixonada por tudo o que essa mulher incrível escreve, devo admitir que até eu estranhei um pouco o início de nossa imersão na trama de "Uma noiva rebelde", por motivos de que achei um pouco forçada. Como? Vamos lá!

Os pais da família Rokesbys até o presente momento da narrativa não foram nada menos que amorosa e preocupada com os filhos e sua família do coração, os vizinhos Brigertons. Eles possuem alguns muitos, se não me engano seis, filhos dos quais quatro já estão devidamente e amorosamente casados. O quinto filho, Nicholas Rokesbys, por não carregar nas costas o peso de um título de nobreza, assim como não ser obrigado a seguir a carreira militar em defesa por seu pais, pois dois de seus irmãos já faziam isso, teve maior liberdade de conseguir escolher o que queria de sua vida.

Como eram uma família amorosa por natureza, somente sentimentos fraternos eram estimulados entre os irmãos, porém, Nicholas nasceu em um intervalo de tempo maior dos primeiros filhos, logo, não teve tanto envolvimento com os demais pois, quando cresceu, estes foram para suas devidas escolas. Mesmo assim, a fraternidade ainda imperava. Então quando chegou a vez de Nicholas ir para a escola ele pode também futuramente se dedicar a cursar a faculdade de medicina.

Como estudante ele se tornou muito meticuloso e dedicado, tentando fazer a diferença no cenário atual, e foi em meio a provas e dissertações que Nicholas recebeu uma carta misteriosa de sua casa onde dizia que ele precisava voltar com urgência pois seus pais precisavam dele. Então ele explicou à diretoria do curso e pediu uma licença a contra gosto e encarou uma árdua viagem de Edimburgo para Londres em uma diligência postal, para ser recebido por seu amado amigo e mordomo e ser informado que não poderia nem trocar de roupas e ir imediatamente ver os pais no escritório.

Seu pai não conta meias palavras e quase de imediato conta a Nicholas que sua amiga de infância, Georgiana Brigerton, está em uma situação delicada e corre o risco de ser arruinada, pois foi sequestrada por um vigarista que só quer o dote dela. Obviamente que saber destas notícias deixaria qualquer um muito mexido, mas na mente racional de Nicholas ainda não fazia sentido nenhum ele ter sido convidado a voltar para casa por causa de Georgie. 

Até o momento que o pai diz que vai interceder em favor de sua amiga, ainda assim Nicholas estava voando na história. A ficha só caiu mesmo quando o seu pai disse que Nicholas teria de se casar com Georgie urgentemente. Isso tudo está nos primeiros capítulos da história e deixo aqui minha solidariedade ao Nicholas pois a resposta que ele deu ao pai foi de partir o coração, porque de fato os pais dele foram muito obtusos, na minha opinião. 

Enquanto isso tudo rolava do outro lado do campo verde, Georgie estava em seu quarto confabulando com seus três gatos, o por que dela ser penalizada a casar com um cara que a sequestrou ou arruinada se não casasse, se ela era a vítima da história, enquanto que o imbecil que fez isso estava livre por aí cantando vitória antecipada. O que ela totalmente tem razão, na minha modesta opinião. E tudo corria bem na medida do possível até sua mãe aparecer no quarto para informar que ela teria, sim, que participar do jantar com seus amados vizinhos, o que ela não queria, afinal, só o que queria no momento era comer um queijo quente.

Como amados vizinhos foi um jantar super informal e em família, e Georgie se surpreendeu muito em ver Nicholas alí pois sabia que ele deveria estar no período de provas, afinal de contas, ela prestava a atenção nas cartas que sua 'tia' contava da família. Mas ainda assim seria um acalento saber que seu assunto teria uma pausa nas rodas de conversa, para saberem mais de Nicholas. Acontece que quando ele veio falar com ela, o clima no ambiente ficou estranho e ela deveria ter prestado mais atenção nisso, mas foi difícil desfocar no Nicholas robótico em sua frente e com um olhar de puro descontentamento.

No decorrer do jantar, Georgie e Nicholas começaram uma conversa nada ortodoxa mas, ainda assim, hilária. E assim o jantar transcorreu. Mas o que deixou Nicholas muito intrigado foi descobrir na calada da madrugada que Georgie mandou chamar por ele em sua própria casa. E assim ele e seu amigo mordomo partiram para o local designado para descobrir ela, seu mordomo e o calhorda que tentou sequestra-la em uma cabana no meio do prado e, aparentemente, alguém tinha quebrado o braço do calhorda.

Georgie não tinha para quem recorrer e Nicholas pareceu ser a melhor opção em contornar a situação sem que ela se visse obrigada a casar com o dito calhorda de braço quebrado. E assim, na calada da madrugada, os mordomos se uniram em levar o calhorda machucado para algum local que ele pudesse ser levado para casa e, ainda, aproveitarem a deixa para passar um sermão nele. E Nicholas ficou encarregado de levar Georgie para casa. E foi aí que eles começaram a sentir algum diferente... e inominável.

A história amorosa de Georgie e Nicholas pode ter começado de forma truculenta e pouco ortodoxa mas admito que depois desse primeiro impacto foi muito lindo de se ver Nicholas aprendendo um pouco com a Georgie sobre o que é um casal e amor, e ela aprendendo com ele sobre seu lugar no mundo, não apenas como mulher casada, mas como mulher que pode ser e fazer o que quiser. 

Foi muito gostosinho ver nascer a construção do amor de Gerogie e Nicholas e amei acompanhar a trajetória deles.

Espero que tenham gostado da resenha e até o próximo post!

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Assistente Social por amor a profissão, descobriu em 2013 uma nova paixão: ser blogueira literária. Desde então vem se apaixonando mais a cada novo livro lido. Descobriu através de Jose de Alencar e só reafirmou ao ler Jane Austen, que Romances de Época são imprescindíveis para a sua vida assim como respirar. Adora intercalar suas leituras com momentos em família, séries de tv, doramas, música, bujo, fotografia, saídas com amigos e seus cachorros lindos. Encontra na literatura uma forma de desbravar o mundo e fazer novos amigos.

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