Título:
Capitã Marvel
Ano:
2019
Direção:
Anna Borden e Ryan Fleck
Produção:
Marvel Studios
Duração:
125 minutos
A Capitã Marvel se envolve em uma guerra galáctica entre duas raças alienígenas.
Depois de um bom tempo sem escrever essa coluna, voltamos para falar do mais novo filme de super heróis (finalmente uma super heroína, aliás) do Universo Marvel: Capitã Marvel.
Após um tempo, sem lançar filmes (o último lançado pela Marvel foi Homem Formiga e a Vespa em junho do ano passado) finalmente voltamos ao universo dos super heróis com uma nova candidata a mais poderosa do universo: Carol Denvers.
Com uma trama desenvolvida em flashbacks e com diversas reviravoltas, Capitã Marvel se mostra um filme super bem humorado, com boas cenas de luta, mas sem fugir muito do estigma que existe sobre "filmes de origem". O filme inova bastante tendo alguns conceitos interessantes (nas primeiras cenas, já vemos a heroína com uniforme e usando seus poderes), mas falha em fugir da "fórmula Marvel", tendo uma direção não muito inspirada.
A trama, traz Vers (Brie Larson) como uma das integrantes de uma força especial da raça Kree (baseados nos planeta Hala) que está em guerra contra os Skrulls (uma raça transmorfa que consegue imitar a forma de qualquer ser em nível de DNA). Ela não lembra sobre seu passado e está em constante treinamento com Yon-Rogg (Jude Law) para lutar na guerra contra os Skrulls. Entretanto, uma missão que dá errado traz diversas reviravoltas que acabam levando Vers até o Planeta Terra (quando descobrimos que o filme se passa nos anos 90 com ótimas referências, aliás) onde ela encontra um Nick Fury mais jovem e ainda com uma patente baixa na SHIELD. O que ela vai descobrir lá, no entanto vai fazer ela questionar quem ela é e qual é a verdadeira face da guerra Kree/Skull.
O filme em si tem lá seus altos e baixos. Como destaque fica o roteiro bem desenvolvido e a construção dos personagens impecável. Carol Denvers tem alguma viradas de trama que são bem entregues tanto pela interpretação da Brie Larson, quanto do roteiro em si. Samuel L. Jackson está ótimo como um Nick Fury menos experiente e meio alívio cômico nas cenas com o gato Goose. A parceria entre Carol e Maria Rambeau (Lashana Lynch) também é um grande destaque da trama.
Por outro lado a direção do filme, parceria entre Anna Borden e Ryan Fleck está bem perdida. Há vários cortes de cena que quebram completamente o ritmo de filme tornando-o meio confuso as vezes. As cenas de luta, apesar de bem coreografadas, são mal dirigidas, com alguns cortes que quebram completamente o efeito de uma pancada ou o uso de algum poder. O sentimento final é que, apesar de ser um bom filme, ele poderia ter sido muito mais divertido e emocionante. Havia potencial para se repetir o fenômeno que foi Pantera Negra, mas não é o caso.
Mesmo assim, é um ótimo filme para se assistir no cinema.
Nota final: