Eu Li: A torre do amor - Eloisa James

Título:
A torre do amor
Autora:
Eloisa James
Editora:
Arqueiro
Ano:
2018
Série:
Contos de fadas #4

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Quando Gowan, o magnífico duque de Kinross, decide se casar, seu plano é escolher uma jovem adequada e negociar o noivado com o pai dela. Ao conhecer Edie no baile de apresentação dela à sociedade, ele acredita que, além de linda, ela também seja a dama serena que ele procura e imediatamente pede sua mão.

Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser...

Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora.
Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua geniosa esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?

Admito que ao terminar de ler este livro, o pensamento insistente de que o enredo do tinha tudo para dar errado ficou ali na surdina rondando minha mente por vários dias. E depois amadurecida a ideia da história em minha mente e coração pude concluir que Eloisa James só pode ser uma fada, bruxa, feiticeira ou afins... porque ela consegue te encantar com a forma que tem de contar histórias. Essa mulher definitivamente sabe contar uma p@#$ história!

O livro resenhado hoje tem vários elementos que me encantam muitíssimo em um romance de época, alguns deles são: Uma mocinha com gênio forte, um castelo nas terras altas, um crossover ligeiro e um nobre highlander que usa kilt! Vamos logo a resenha?

Era uma vez durante o período regencial britânico, em uma noite como outras tantas em que a nobreza está desfrutando de mais um de seus bailes privados. E dentre as luzes cintilantes, os belos homens vestidos em suas melhores casacas e as nossas queridas jovens ladys se mostrando extremamente criativas para transformar seus uniformes vestidos brancos virginais em armaduras de destaque para sua caçada a jovens lordes interessados (ou não) em matrimônio, e em meio a conversas e danças, nós conhecemos Lorde Gowan, o Duque de Kinross. Mesmo ele tendo os melhores modos britânicos e muito poder, ainda assim alguns de seus pares mais conservadores insistiam em olhá-lo de lado porque ele era (meio) escocês.

E justamente esse lorde, que estava mais interessado em conversar com seus amigos sobre investimentos e moedas, é apresentado a filha de seu amigo: a lady Edie. E ele, que nunca foi muito dado a poesia ou sonetos, encontrou na beleza e modos de Edie a parceira ideal para sua vida futura. Mas não se engane, ele não caiu de amores por ela. Apenas acreditou que seria um dos melhores investimentos que faria, tendo em vista a estirpe dela dentre os nobres. Junte a isso o fato do pai dela ser um grande amigo seu e a negociação estaria completa.

Quando Gowan percebeu que outros lordes também tinham chegado a mesma conclusão que ele, este resolveu marcar seu território meio que monopolizando a moça em danças. E mais uma vez Edie ganhou o apreço de Gowan pois se movia e agia feito uma fada. No fim da noite sua decisão já estava tomada. Mas, o que Gowan não sabia era que Edie não era nada disso que ele estava pensando. No dia que a aconteceu o baile, ela estava a comedida por uma ligeira febre e tontura, então não estava em suas plenas capacidades. Por isso, Edie estava, digamos assim, "corpo presente, mente ausente" e passou a impressão errada.

Antes de fechar sua participação em negócios na cidade, ele firmou o noivado com o pai da noiva e seguiu viagem com a confirmação que veria ela e sua família no casamento do amigo deles com a Senhorita Smythe-Smith (se você já leu os romances de Julia Quinn já sacou onde está o crossover) dali há alguns dias e então ele poderia desfrutar da companhia de sua noiva. Acontece que Edie, já restabelecida de sua saúde, soube do acordo de seu pai, e resolveu tomar as rédias da situação. Pois mesmo não conhecendo seu noivo devidamente, ela escreveu uma carta a ele deixando bem claro quais seriam suas expectativas para esta união.

Gowan ficou espantando e encantado que sua noiva se demostra tanto apresso pela lógica das coisas, e ele se divertiu muito em responder a ela. E assim eles começaram a trocar cartas antes mesmo de se verem. Quando o então dia chegou em que eles foram para o casamento de seus amigos, Gowen enfim percebeu o que tinha acontecido no baile em que viu e dançou com sua noiva. Ainda assim decidiu, e levando em consideração as cartas trocadas, manter o noivado. Na verdade, ele começou a ansiar o casamento deles. Por isso meio que "chantegeou" o que pode o pai dela para aceitar que o casamento fosse muito adiantado do que eles tinham previsto. Se possível naquele dia mesmo.

Edie encontrou em Gowan um homem muito racional e realizaria seu sonho conjugal que era: nada de drama! Ela não aguentava mais o drama entre sua jovem madrasta e seu insipido pai. Por isso colocou na cabeça que não passaria por isso com Gowan. E com o decorrer dos dias em que o conhecia mas ele despertava sua afeição de formas bem interessantes. E não poderia descartar o quão lindo ele era. Mesmo com as pessoas olhando para ele diferente por seu lado escocês.

Nem preciso dizer que Gowan conseguiu adiantar seu casamento com Edie como ele queria, e ela também. Eles começaram a se tornar bem harmoniosos entre si e certos sentimentos estranhos a ambos começaram a ser despertados com uma voracidade encantadora. Mas os problemas deles começaram por uma situação muito desconfortável que aconteceu na noite de núpcias que assustou muito Edie e ela não conseguiu desfrutar do momento e nem das outras vezes que aconteceram.

Edie começou a se esconder dos avanços de Gowan, mesmo ela começando a gostar muito dele. E Gowan queria cada vez mais ardentemente desfrutar da companhia de Edie. Mas eles não estavam conseguindo entender o que estava acontecendo de errado sendo que eles não tinham experências anteriores para desvendar o que estava dando errado.

Na propriedade escocesa de Gowan, onde eles estavam morando, na parte antiga possuía uma singela torre, que já tinha sobrevivido de todas as formas a tudo que você pode imaginar. E Edie encontrou nela o lugar perfeito para praticar por horas seu violoncelo sem a interrupção de ninguém. Certo dia Edie e Gowan tiveram um desentendimento muito feio e assim Edie resolveu se enclausurar nesta bendita torre para desespero de Gowan... e as coisas só pioraram desde então.

De cara peguei um 'rancinho' com os dois personagens pois eram muito mais lógicos do que sentimentais então as coisas fluiram  de forma um tanto quanto mecânica. Mas com o decorrer da leitura fui começando a entender que, na verdade, eles eram assim como um mecanismo de defesa por infâncias difíceis. E me deu um dó tão grande do Gowan e da Edie por não entenderem o que estava famdd errado que minha vontade era entrar no livro e ter um papo bem sério com ambos.

É a primeira vez que vejo em um romance de época, ou pelo menos que me lembre agora, que vejo o problema deles ser um problema de fato kkkk. E depois que intendi melhor o que a autora queria com a história, eu desfrutei bastante do livro.
E assim espero ter convencido vocês a darem uma chance para esta leitura.
Fica a dica e até o próximo post.



Assistente Social por amor a profissão, descobriu em 2013 uma nova paixão: ser blogueira literária. Desde então vem se apaixonando mais a cada novo livro lido. Descobriu através de Jose de Alencar e só reafirmou ao ler Jane Austen, que Romances de Época são imprescindíveis para a sua vida assim como respirar. Adora intercalar suas leituras com momentos em família, séries de tv, doramas, música, bujo, fotografia, saídas com amigos e seus cachorros lindos. Encontra na literatura uma forma de desbravar o mundo e fazer novos amigos.

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