Título:
O ar que ele respira
Autora:
Brittainy C. Cherry
Editora:
Record
Ano:
2017
Série:
Elementos 1/4
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Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.
Nesses últimos dias tenho turbinado a sua timeline com resenhas de romances de época, medievais e afins... então hoje resolvi manter vocês nos romances, mas com uma pegada mais para o drama. Afinal de contas, vocês já conhecem a autora Brittainy C. Cherry? Desde o ano passado ela tem bombado nas redes sociais tanto pelo brilhantismo de suas obras, e em especial essa série, quanto pela sua parceria com a The Gift Box em eventos que aconteceram no Brasil, com a presença dos "crushs literários" que são os modelos das capas dos dois primeiros livros e posteriormente outros "crushs".
Mas surtos a parte pelos lindos das capas, comecei a ler o livro por indicação das minhas amigas Renata e Carol do blog Pausa para um Capitulo. E admito que no início fiquei com receio de ler drama e tals, mas depois que li o primeiro livro foi inevitável que eu fosse todas as semanas na livraria para comprar o volume seguinte da série. E na Bienal do livro deste ano adquiri o último volume e estou com um "dó" de ler e acabar a série que vocês nem imaginam.
O livro começa a te apresentar a uma jovem mãe e viúva que está passando um tempo com sua mãe e sua filha para que possa viver um dia de cada vez, mesmo não aceitado muito bem a morte de seu amado marido. Foi tudo muito rápido e absurdo para ela aceitar e entender mas, ainda assim, achou que se afastar da casa em que eles viviam e da cidadezinha em que conheciam todo mundo e que estavam planejando montar seu negócio ajudaria de alguma forma a passar por tudo aquilo. Mas Elizabeth, apesar de amar sua mãe, não concordou com a forma que esta achou de superar a morte de seu imenso amor, o pai de Elizabeth. Então certo dia, por acaso, ela acha algumas lembranças do tempo em que os dois namoravam jogadas no lixo e aquilo foi a gota d'água. E assim Elizabeth arruma as suas coisas e volta com sua filha para a cidadezinha em que morava.
Já deu para notar que o livra já começa "down" e só vai ficando mais ainda!
Ao chegar na cidade nada é igual; a casa em que eles viviam está mais vazia, ou menos cheia de gente e vida. A cama dela parece maior e até o gramado parece menos verde. E lá não há nada para si, a não ser sua filha. Então ela decide viver com um pouco mais de força, um dia de cada vez, então vai atrás de emprego em uma lanchonete local, onde sua melhor amiga trabalha. E também vai atrás de seus antigos amigos mesmo quando tudo o que ela queria de verdade era ficar só agarrada com a filha.
Elizabeth não tem pais e os pais de seu falecido marido são incríveis com ela e sua filha. E mesmo depois da perda eles ainda adotaram as duas. Então ela começa a se sentir mais amparada do que o período que estava com sua mãe. Um dia de cada vez... certo dia ela acaba sem querer atropelando um cachorro em um cruzamento e do nada aparece um homem parecido com um lenhador, rustico, másculo e taciturno, que ficou desolado na possibilidade de perder seu melhor amigo e soltou o verbo com ela.
Sem saber muito como reagir a esse estranho na cidade, ela resolve colocar o cachorro e seu dono no seu carro e levá-los a um hospital veterinário. Depois desse episódio ela reserva a esse desconhecido uma imagem nada agradável e resolve ficar bem longe dele. Só que a vida não parece concordar e posteriormente ela descobre que ele é seu vizinho do lado. E que não bastando isso... ainda tem o hábito de correr no bosque onde ela costumava passear com seu marido. Significa que não encontrar com ele passa a ser quase improvável.
Depois de sondar na região por maiores informações sobre o seu vizinho, Elizabeth passa a ter uma curiosidade meio que obsessiva, e ao descobrir que eles têm mais em comum do que todos naquela cidade, só faz com que ela seja atraída ainda mais para a atmosfera triste e deprimente dele. Com o decorrer do tempo ela vai conseguindo infligir feridas no muro que o cerca, e assim eles passam a interagir um passo para frente e dois para trás.
Com o decorrer do tempo Tristan e Elizabeth descobrem que talvez, só talvez, possam ajudar um ao outro a encontrar consolo para a saudade imensurável que sentem de seus entes perdidos. Mas será que esse consolo não se tornará mais risco que benefício a longo prazo? Brittainy consegue transformar uma história de luto em uma história de perdão, recomeço e de vida. Acho que desde Collen Hoover e Elle Kennedy eu não encontrava uma autora que conseguia me cativar dentro do drama de forma que, apesar de ser uma leitura pesada de emoção e sentimentos, é ainda assim de aquecer o coração e elevar a mente.
Fico muito feliz em ter seguido o conselho de minhas amigas e superado o preconceito com o drama e por isso resolvi trazer um pouco da história para vocês darem uma chance ao livro. Espero que tenham gostado da resenha e até o próximo post.
Beijos!
Beijos!