Eu sou Malala
Autora:
Malala Yousafzai e Patricia McCormick
Editora:
Seguinte
Ano:
2015
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Malala Yousafzai tinha apenas dez anos quando o Talibã tomou conta do vale do Swat, onde ela vivia com os pais e os irmãos. A partir desse dia, a música virou crime; as mulheres estavam proibidas de frequentar o mercado; as meninas não deveriam ir à escola.
Criada em uma região pacífica do Paquistão totalmente transformada pelo terrorismo, Malala foi ensinada a defender aquilo em que acreditava. Assim, ela lutou com todas as forças por seu direito à educação. E, em 9 de outubro de 2012, quase perdeu a vida por isso: foi atingida por um tiro na cabeça quando voltava de ônibus da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria.
Hoje Malala é um grande exemplo, no mundo todo, do poder do protesto pacífico, e é a pessoa mais jovem e a receber o Prêmio Nobel da Paz. Nesta versão juvenil da sua autobiografia, que virou um best-seller internacional, ouvimos da própria Malala a incrível história dessa garota que, desde muito cedo, decidiu mudar o mundo
Hoje Malala Yousafzai completa 21 anos de idade. E para quem não sabe (todos já devem saber), aos 17 anos ela foi a pessoa mais jovem a ganhar um Prêmio Nobel da Paz. Ela dividiu o prêmio com o indiano Kailash Satyarthi, que atua contra o trabalho infantil.
Mas hoje, por ocasião de seu aniversário, convido a vocês a conhecerem a auto-biografia dessa ativista que atua não apenas pela educação, mas pela educação das mulheres - visto que em lugares, como o lar de Malala, é o gênero que estipula quem pode ou não estudar.
Malala desde a sua infância lutou pelo seu direito à educação. Chamou tanta atenção que em 2012, aos 15 anos, foi vítima de um atentado e levou um tiro na cabeça do Talibã. UM. TIRO. NA. CABEÇA. Só porque a moça queria estudar e estimulava a outras garotas a fazer o mesmo.
Bem, o Brasil está longe de ser um exemplo em educação (INFELIZMENTE) mas atentem ao privilégio que temos em ter esse acesso livre. São vários os desafios, principalmente em efetivação de políticas públicas eficazes, mas não há nada na lei que nos impeça de estudar, ou de ler. Devemos ter isso em mente e jamais permitir um retrocesso nesse sentido.
O que é interessante constar, levando em consideração a história de Malala, é que nem sempre foi assim no Paquistão, Inclusive, a própria Malala viveu esse momento de transição e é aterrorizante pensar que essas realidades acontecem no mundo. O tiro na cabeça foi a tentativa de silenciá-la; quem diria que só daria mais voz à ela.
Atualmente, Malala Yousafzai é uma das ativistas mais conhecidas do mundo quando nos referimos à educação. Ela esteve no Brasil pela primeira vez nessa semana para falar em um evento promovido por um banco. O tema, claro, foi educação e empoderamento feminino. Em seu discurso, Malala fala de estratégias que são claramente realizáveis, como acesso e investimentos.
"Eu sou Malala" é uma história simplesmente inspiradora; também assustadora porém necessária. Em suas páginas são retratadas uma trajetória árdua, sofrida, repleta de reflexões extremamente relevantes e que hoje colhe frutos preciosos. É um livro que estimula há algo mais. Há algumas edições diferenciadas dessa mesma história e a que li foi a da editora Seguinte, que é vendida como edição juvenil. Li há algum tempo e só quero constar que amei tudo.
O mundo inteiro precisa conhecer sobre a menina que sobreviveu e que fala sobre a condição mais clara de melhoria no mundo: educação.
Super indicação.