Pipoca da Semana - Tomb Raider: A Origem

O Tombo do Chinelo

Título: Tomb RaiderTomb Raider: A origem

Ano: 2018

Direção: Roah Uthaug

Produção: Warner Bros. e MGM

Duração: 118 minutos

Lara Croft é a independente filha de um aventureiro excêntrico que desapareceu anos antes. Com a esperança de resolver o mistério do desaparecimento de seu pai, Lara embarca em uma perigosa jornada para seu último destino conhecido - um túmulo lendário em uma ilha mítica que pode estar em algum lugar ao largo da costa do Japão. As apostas não podiam ser maiores, pois Lara deve confiar em sua mente aguda, fé cega e espírito teimoso para se aventurar no 
desconhecido.
Sucesso de crítica nos games, Tomb Raider é uma série que, apesar dos altos e baixos, atualmente está consolidada. Com quase 20 jogos da série original (entre edições de portáteis, consoles e PC) e com 2 jogos após um reboot (com mais uma continuação que acabou de ser anunciada), não há como dizer que a série não é um sucesso e sua protagonista, Lara Croft, um ícone. Lá nos idos de 2000 já tivemos duas adaptações (Lara Croft: Tomb Raider em 2001 e Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida em 2003) com Angelina Jolie no papel principal. Agora, Lara Croft volta novamente as telas do cinema, dessa vez na pele de Alicia Vikander (de Garota Dinamarquesa e Ex-Machina).

O roteiro desse novo longa trás adaptadas as histórias dos dois jogos do reboot (Tomb Raider e Rise of Tomb Raider) misturando o mistério e o ambiente do primeiro jogo (a ilha no Triângulo do Dragão chamada de Yamatai e o mistério da rainha Himiko) com os vilões do segundo jogo (que se organizam como uma sociedade secreta chamada A Trindade). Além disso, o filme todo trás várias cenas literais do game, sendo talvez uma das adaptações de jogos mais fiéis já feitas. 

E essa talvez seja justamente a maior falha do filme. Se preocupando muito em ser fiel ao jogo, o roteiro e a direção acabam esquecendo de que é necessária uma transição de mídia, lembrando que um filme funciona de uma forma bem diferente de um jogo. O game trás vários clichês de histórias de aventura que funcionam muito bem quando você está atrás do joystick, mas acabam ficando extremamente piegas quando jogado pras telas de cinema. Juntam-se a isso, um desenvolvimento de personagem lento (Lara Croft é muito bem desenvolvida, mas leva mais de uma hora para chegar na ilha onde a aventura vai se desenvolver) e alguns diálogos bem pífios e acaba que no final das contas o filme, apesar de não ser ruim, deu uma decepcionada.

Por outro lado, a Alicia Vikander no papel de Lara Croft está espetacular. A atuação dela compensa muito bem o roteiro e os diálogos pífios. Walton Goggins (de Justified e Oito Odiados) como o vilão Mathias Vogel também está ótimo e entrega bem aquele personagem que está lá pra contrapor os protagonistas. Daniel Wu (que para quem não sabe foi o Gul' Dan no filme do Warcraft) faz o parceiro de Lara, Lu Ren, e também é um destaque nas atuações.

Outro ponto que o filme acerta muito bem são as cenas de ação. Apesar de algumas estarem meio deslocadas, todas são muito inspiradas no jogo com direito a Quick Time Events literais, idênticos aos que se passam no game. A parte que envolve os mistérios das tumbas em si (tá aí o nome do jogo) também foi outro acerto. As armadilhas são bem feitas, sendo algumas iguais aos dos games e outras totalmente inéditas.

No final, eu gostei de Tomb Raider: A Origem (vale o ingresso), mas quando o filme acabou fiquei com a sensação de que queria ter gostado mais. Apesar disso, tem gancho para um possível segundo filme (quem jogou Rise of Tomb Raider sabia aquele plot twist desde o início) e espero que o filme ganhe sua continuação.

Minha nota final é:
nhé!



Gerente de projeto, editor de video, de áudio, podcaster, escritor (sem nada publicado) e cozinheiro quando dá tempo.

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