Título:
Um Martíni com o Diabo
Autora:
Cláudia Lemes
Editora:
Empíreo
Ano:
2016
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O jovem Charlie Walsh está em Las Vegas. Não para tentar a sorte, e sim para matar seu pai, um chefe da máfia italiana, Tony Conicci.
O plano era infiltrar-se no restrito grupo de confiança da família Conicci e se aproximar do chefão, mas Las Vegas corrompe. E o desejo de vingança de Charlie é posto em prova quando ele se vê seduzido pelas amizades, o poder, drogas e dinheiro que a máfia oferece.
Com o FBI em sua cola, e secretamente apaixonado pela enigmática esposa do pai, ele precisará decidir onde apostar sua lealdade.
Cláudia Lemes está fazendo seu caminho na literatura
abordando algumas temas fortes, sempre envolvendo doses de violência e sexo.
Seu primeiro livro lançado pela Editora Empíreo, em 2015, se chama “Eu Vejo Kate” e
causou muito burburinho entre os leitores, portanto, foi natural a espera
ansiosa por seu segundo livro, “Um Martíni com o Diabo”.
Nesta nova história, Cláudia vai nos mostrar o mundo da máfia. Em seus comentários, ela explica que já escrevia sobre a temática há alguns anos e que este livro é o resultado desse trabalho.
Nesta nova história, Cláudia vai nos mostrar o mundo da máfia. Em seus comentários, ela explica que já escrevia sobre a temática há alguns anos e que este livro é o resultado desse trabalho.
“Um martíni com o diabo” conta a história de Charlie Walsh. Criado com a mãe irlandesa em Chicago,
ele sempre teve uma pré-disposição para problemas. No seu aniversário de 18
anos, sua mãe finalmente revela o segredo que fez parte de toda a sua vida:
quem é o seu pai. Infelizmente, para Charlie, Tony era um homem que
fazia parte da máfia italiana que abusou de sua mãe e, enfim... essa história de paternidade não teve nenhuma parte feliz. Charlie, em plena fúria de seus 18 anos, segue seus instintos e vai atrás de vingança.
O protagonista parte para Las Vergas e planeja cuidadosamente como
irá se implantar na máfia que seu pai, durante esses anos, conseguiu chefiar.
Tony agora é o don da área de Las Vegas e comanda tudo com mãos de
ferro; Charlie, aos poucos, consegue ganhar a confiança de outros capangas e até um
certo respeito de Tony.
Seu plano inicial era chegar perto o suficiente para vingar sua mãe, no
entanto, o mundo da máfia é atrativo demais para Charlie. Ele se envolve de tal
forma que, em pouco tempo, é difícil de sair.
O leitor conhece toda a trajetória de Charlie, desde seus impulsivos 18 anos à sua
vida adulta como um mafioso conhecido e temido.
A partir do momento que o livro trata da convivência de Charlie com a
máfia, fica impossível parar ler (e deve começar no 2 ou 3° capítulo, hein). A autora trabalha todo o horror que uma organização
criminosa pode criar com riquezas de detalhes. Sem falar que a história
transpassa vários temas que ficaram interessantes na trama: privação de
liberdade, vícios, drogas, prostituição, sadismo, etc. Ou seja: pesado, amigos.
A narrativa de Cláudia Lemes é maravilhosa. Fui totalmente
transportada para aquelas casas de jogos de Las Vegas em sua prosa de clima noir;
tudo absolutamente perfeito para a temática do livro. Seu enredo, por mais que
tenha muita informação, é bem construído e os personagens fascinantes. Charlie
tem todos os conflitos de um homem comum ao lidar com situações marcantes.
Tony é uma incógnita, tanto para os personagens, como para os leitores, até que
a história toma um rumo onde começamos a compreender que quando uma alma se
corrompe é difícil modifica-la. Também temos Graeme e Marion, duas presenças femininas essenciais que irão mexer completamente com Charlie através dos anos e o ajudam, de certa forma, a mudar o rumo da sua história (e dependendo do ponto de vista, isso pode ser bom ou ruim).
A Editora Empíreo, como sempre, fez um lindo trabalho com a edição do livro, com uma capa com condiz muito com o que vamos encontrar na história: tiros.
“Um Martíni com o Diabo” é um convite aos leitores para
penetrar no mundo da máfia no melhor do gênero policial. Para os fãs de “O
poderoso chefão”, será um banquete. E se discordarem, podem colocar uma cabeça
de cavalo na minha cama.
E tenho dito. |
Tem que ler! |