Eu Li: O Restaurante no Fim do Universo - O Guia do Mochileiro das Galáxias #2 - Douglas Adams



Título: O Restaurante no fim do Universo

Autor: Douglas Adams

Editora:Arqueiro

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O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal? A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível. O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente "O Guia do Mochileiro das Galáxias", mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor. Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos mais improváveis sentidos.


Olá, pessoal. Tudo bem?
Estamos de volta ao universo de livros mais louco do mundo nerd: a trilogia de cinco livros de Douglas Adams. 

Após passarem por diversos perigos, navegando pela galáxia, após a destruição da Terra; perseguidos por Vogons, ratos e mais uma infinidade de coisas; Zaphod, Trillian, Ford, Arthur e Marvin, o androide paranoide, continuam a bordo da Coração de Ouro (nave roubada por Zaphod no primeiro livro). Eles ainda estão atrás da pergunta fundamental (para entender como a resposta para A Vida, O Universo e Tudo Mais pode ser 42), mas antes eles terão de fazer uma viagem pelo tempo para chegar ao Milliways, um restaurante que fica literalmente há alguns minutos do fim do universo (daí o título do livro). 

É meio difícil explicar exatamente o que é o Restaurante no fim do universo, mas é possível resumir o Milliways em alguns tópicos:
- Basicamente é um restaurante da mais alta classe que fica localizado à beira do vórtice do fim do Universo;
- Não importa a que era você pertença ou pertenceu, você poderá chegar lá e fazer uma ótima refeição, apreciando a total destruição de tudo o que existe e, depois, voltar normalmente à seu tempo. 
- Reservas não são necessárias: como ele existe no exato momento onde o Universo acaba, basta que você compareça até ele e, após sua refeição, ao voltar ao passado, faça a reserva, mesmo depois de ter ido. Afinal você ainda não foi.
- Pagar a conta não é um problema: basta que você deposite alguns centavos numa poupança e, quando chegar ao fim do Universo, o dinheiro terá rendido o suficiente para pagar o preço astronômico da sua conta.
- Uma vaca irá servir oferecer as próprias partes do corpo para você, de bom grado, em voz alta e bom tom.

Muito louco? Não, é só o Douglas Adams surtando novamente.

O Restaurante no Fim do Universo é um dos acontecimento mais extraordinários em toda a história dos restaurantes.
Foi construído a partir dos restos fragmentários de um planeta em ruínas que se encontra (tereria sendo encontraraído) fechado numa vasta bolha de tempo e projetado em direção ao futuro até o exato momento preciso do fim do Universo. (...)
Muitos alegam que isto não só é completamente impossível como também claramente insano, e foi por isso que o pessoal do marketing do sistema estelar de Bastablon criou o slogan: "Se você fez seis coisas impossíveis esta manhã, por que não terminar seu dia com uma refeição em Milliways, o Restaurante no fim do Universo?"
O livro é consideravelmente mais surtado que o primeiro. Douglas Adams vai evoluindo cada vez mais as ideias por trás do Guia do Mochileiro das Galáxias, dando novos conceitos e verbetes, há mais uma nova infinidade de raças e planetas que aparecem ao longo da trama e a ironia de um restaurante localizado no exato momento onde o Universo é completamente destruído é digna de palmas. O autor estava completamente afiado em suas críticas e metáforas e esse é um dos pontos mais altos desse segundo livro. Uma das melhores está na fala do gerente do Milliways ao apresentar o grande espetáculo da noite:
- É maravilhoso - continuou - ver todos vocês aqui esta noite. Sim, absolutamente maravilhoso. Porque sei que muitos de vocês vêm aqui diversas vezes, o que eu acho realmente fantástico, vir aqui e assistir ao fim de tudo, e então retornar para casa, para suas próprias eras... e construir famílias, lutar por novas e melhores sociedades, combater em guerras terríveis em nome do que acham certo... isso realmente nos traz esperança no futuro de todos os viventes. A não ser, é claro - e apontou para o redemoinho que relampejava acima e ao redor dele -, pelo fato de sabermos que não haverá futuro algum...
Apesar de ser muito engraçado e manter o humor do Guia do Mochileiro das Galáxias (primeiro livro da série), O Restaurante no fim do universo tem uns trechos um pouco arrastados. A trama não é tão clara quanto o primeiro livro e em alguns pontos não se sabe exatamente em que direção os personagens estão sendo levados. Tem trechos que são tão surtados que é difícil até de entender exatamente o que está acontecendo na cena. Apesar disso, continuamos tendo vários quotes do Guia do Mochileiro das Galáxias (agora falando do manual mesmo), que vez ou outra acabam por melhorar um pouco as partes mais lentas do texto.

O segundo livro é quase tão bom quanto o primeiro, mas a minha nota final é:



Gerente de projeto, editor de video, de áudio, podcaster, escritor (sem nada publicado) e cozinheiro quando dá tempo.

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