Eu Li: As Espiãs do Dia D - Ken Follet


Título:
As Espiãs do Dia D
Autor:
Ken Follet
Editora:
Arqueiro
Onde Comprar: 
Submarino | Saraiva | FNAC

Segunda Guerra Mundial. Na fúria expansionista do Terceiro Reich, a França é tomada pelas tropas de Hitler. Os alemães ignoram quando e onde, mas estão cientes de que as forças aliadas planejam libertar a Europa. Para a oficial inglesa Felicity Clairet, nunca houve tanto em jogo. Ela sabe que a capacidade de Hitler repelir um ataque depende de suas linhas de comunicação. Assim, a dias da invasão pelos Aliados, não há meta mais importante que inutilizar a maior central telefônica da Europa, alojada num palácio na cidade de Sainte-Cécile. Porém, além de altamente vigiado, esse ponto estratégico é à prova de bombardeios. Quando Felicity e o marido, um dos líderes da Resistência francesa, tentam um ataque direto, Michel é baleado e seu grupo, dizimado.
Abalada pelas baixas sofridas e com sua credibilidade posta em questão por seus superiores, a oficial recebe uma última chance. Ela tem nove dias para formar uma equipe de mulheres e entrar no palácio sob o disfarce de faxineiras. Arriscando a vida para salvar milhões de pessoas, a equipe Jackdaws tentará explodir a fortaleza e aniquilar qualquer chance de comunicação alemã – mesmo sabendo que o inimigo pode estar à sua espera. As espiãs do Dia D é um thriller de ritmo cinematográfico inspirado na vida real. Lançado originalmente como Jackdaws, traz os personagens marcantes e a narrativa detalhada de Ken Follett.


Romances históricos que se passam durante a Segunda Guerra Mundial tem tudo para me conquistar. Se você une essa característica com o fato de ter sido escrito pelo Ken Follet, cujos livros possuem uma riqueza de detalhes e cujos personagens se tornam seus companheiros de aventura, então não tem como esperar algo nada menos que fascinante. 

A primeira coisa que me envolveu foi a dedicatória. Parece algo simples, mas eu me arrepiei toda ao imaginar essas mulheres dando suas vidas por um ideal:

"Cinquenta mulheres inglesas foram enviadas
à França como agentes secretas durante a
Segunda Guerra Mundial. Trinta e seis sobreviveram.
As outras quatorze deram sua vida.

Este livro é dedicado a todas elas. "

A sinopse acima já diz bastante sobre a história, mas não consegue transmitir as sensações. É uma guerra. Pessoas estão morrendo pela briga dos outros. Algumas nem sabem direito o porquê da briga, mas de repente vêem suas casas sendo bombardeadas e sua vida virando de cabeça para baixo. Algumas são mais engajadas na causa e estão dispostas a dar sua vida se necessário. É o caso de Felicity Clairet, mais conhecida como Flick.

Ela é major da Executiva de Operações Especiais, uma gente experiente que já sobreviveu a muita coisa. Em uma tentativa fracassada de destruir uma importante central de comunicações alemã ela acaba perdendo grande parte da equipe e arranjando um inimigo que vai persegui-la até o fim. Flick ganha uma segunda chance de destruir a central e começa a caça por mulheres corajosas o suficiente para arriscarem suas vidas um última vez antes da grande invasão que poderia definir o destino da guerra. Flick foi demais.

Follet consegue transmitir ao leitor toda a tensão da guerra. A sensação de ultimato é muito forte. Decepções amorosas e novos amores são descobertos em meio a guerra, e deixa uma sensação de que talvez seja muito tarde para esse tipo de coisa, que talvez não haja tempo, não haja futuro. A tensão é muito forte, o livro todo, e as expectativas acerca do plano de invadir  a central telefônica são muito grandes.

Outro positivo são os personagens, suas características, seus pontos fortes e fracos. O autor soube explorar seus personagens até o fim e foi uma lástima perder alguns deles, mesmo depois de conhecê-los por apenas 10 dias. Digo 10 dias por que o livro todo se passa nesse período de tempo, desde o primeiro ataque frustrado, passando por toda a organização e recrutamento de mulheres, até o segundo ataque, e quando você começa a ler não consegue mais parar. Um tempo suficiente para conhecermos personagens marcantes como Flick, Paul, Percy, Maud, Ruby, Greta e todas as outras mulheres que foram tão importantes para a missão.

Follet é um mestre em envolver ficção e realidade. Você não consegue duvidar de que tudo o que ele conta realmente aconteceu. Adorei minha segunda experiência com Follet e com certeza vou procurar mais livros do autor para ler. Que cara talentoso!

Formada em administração de empresas, tem fascinação por aprender idiomas (nem sempre é bem sucedida, mas vale a tentativa). É apaixonada por livros, fez muitos amigos por causa deles, e os usa para conhecer novos lugares e realidades. É também uma ARMY orgulhosa.

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