Título:
A Rainha Normanda
Autora:
Patricia Bracewell
Editora:
Arqueiro
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC
Em 1002, Emma da Normandia, uma nobre de apenas 15 anos, atravessa o Mar Estreito para se casar. O homem destinado a ser seu marido é o poderoso rei da Inglaterra, Æthelred II, muito mais velho que ela e já pai de vários filhos. A primeira vez que ela o vê é à porta da catedral, no dia da cerimônia.
Assim, de uma hora para outra, Emma se torna parte de uma corte traiçoeira, presa a um marido temperamental e bruto, que não confia nela. Além disso, está cercada de enteados que se ressentem de sua presença e é obrigada a lidar com uma rival muito envolvente que cobiça tanto seu marido quanto sua coroa.
Determinada a vencer seus adversários, Emma forja alianças com pessoas influentes na corte e conquista a afeição do povo inglês. Mas o despertar de seu amor por um homem que não é seu marido e a iminente ameaça de uma invasão viking colocam em perigo sua posição como rainha e sua própria vida.
Baseado em acontecimentos reais registrados na Crônica Anglo-saxã, A rainha normanda conduz o leitor por um período histórico fascinante e esquecido, no qual fantasmas vigiam os salões do poder, a mão de Deus está presente em cada ação e a morte é uma ameaça sempre à espreita.
Governando na época compreendida entre o rei Artur e a rainha Elisabeth I, a rainha Emma é uma heroína inesquecível cuja luta para encontrar seu lugar no mundo continua fascinante até hoje.
“A Rainha Normanda” é interessante por vários motivos. Primeiro: a história é baseada em fatos históricos. Claro que há muito de ficção no enredo, mas a rainha Emma da Normanda de fato existiu e foi grande em seu tempo. Segundo: a história tem fragmentos diretos de crônicas Anglo-Saxãs. Ou seja, tem mais que teor histórico; tem crenças intrínsecas à história que podem não ser exatamente verdade, mas ainda assim dá uma veracidade que me entusiasma muito.
O romance histórico vai tratar da vida de Emma, que era irmã de um duque Normando que foi enviada para casar com o rei da Inglaterra em 1002 d.C. Como vocês podem imaginar, caros leitores, naquela época tudo era feito através de tratos políticos e Emma foi uma peça importante para o jogo de seu irmão e de Ethelred, o rei da Inglaterra. No entanto, Emma recusou-se a ser uma peça a ser manejada de forma submissa. Ela era sagaz e inteligente demais para isso.
Observando tudo ao seu redor, Emma tratou de conseguir aliados, de conquistar o povo e de se manter, de alguma forma, a par do que se passava de relevante ao seu redor. Não eram apenas as intrigas políticas que a envolviam em seu novo papel de rainha. Também havia a iminente ameaça dinamarquesa; um povo selvagem que pilhava e matava a quem alcançasse. E a Inglaterra estava sob constante ataque de tal perigo.
O casamento de Emma teve um papel imprescindível para tentar afastar os dinamarqueses da Inglaterra, mas o rei Ethelred era um homem atormentado por fantasmas que vivia com medo de ser apunhalado. E o medo, amigos, ele é um ótimo estimulo para se fazer besteira. Sua crueldade com Emma é digna de nota, mesmo que seja por motivações de tormentos internos.
Paralelo a todos esses conflitos, Emma se vê encantada pelo filho mais velho do rei, Athelstan. Historicamente, não há nada que indique que existiu uma relação entre eles, mas o herdeiro do rei teria uma idade próxima de Emma e, aparentemente, foi tentador demais para a autora não abordar um romance impossível (obg, Deus!).
O livro é narrado em 3ª pessoa e existem várias perspectivas de personagens importantes na trama. Gostei muito da forma que a autora narra a história, dando ao leitor uma percepção mais ampla sobre as contentas que, acreditem, são muitas. No entanto, acredito que muitos dos conflitos, principalmente políticos, ficaram de fora desse livro.
Serão três livros contanto a história de Emma da Normanda e esse primeiro teve um tom bem introdutório. Por ser um livro histórico, a violência era bem mais expressiva naquela época e a autora não poupa o leitor, o que é ótimo para dar consistência à história, mas não deixa de ser triste para mim (veadhênha feelings).
Para quem gosta de romance histórico, “A Rainha Normanda” é uma opção incrível de leitura. Leio poucos romances históricos, mas depois de pegar uma história dessas, penso em rever seriamente meus conceitos.
A Editora Arqueiro trouxe uma edição bonita e alterou bastante na tradução. Particularmente, acho o título original (Shadow on the Crown) bem mais atraente (ficaria algo como Coroa de Sombras e wow, seria TÃO propício!). O segundo livro já saiu na gringa e chama “The Prince of Blood”. Percebem? Tem príncipe e sangue! Tudo indica que será imperdível! (Vamos ver o que os nossos tradutores farão com o titulo nacional. Espero que não me decepcionem.)
Estou muito ansiosa para saber mais da vida de Emma da Normandia e em breve voltaremos falar sobre ela.
E vocês, conhecem? Querem conhecer? Comentem!
Fernanda Karen Estudante de Serviço Social com o coração no curso de Letras. Apaixonada por séries, dramas e café. Bookaholic irrecuperável e promíscua literária. Eventualmente estou trocando um de meus rins por livros muito desejados. (Qualquer coisa é só entrar em contato). Amo YA, ficção-fantasia, clássicos (brasileiros, portugueses, ingleses, latinos etc), chick-lits... Perceberam que meu preconceito literário é zero? Ops, quase zero; não leio auto-ajuda