[Resenha Dupla] A Torre Acima do Véu - Roberta Spindler


Título:
A Torre Acima do Véu
Autora:
Roberta Spindler
Editora:
Giz Editorial
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC



Quando uma densa e venenosa névoa surge misteriosamente,  pânico e morte tomam conta do planeta. Os poucos sobreviventes se refugiam no topo dos megaedifícios e arranha-céus das megalópoles.
Acuados, vivem uma nova era de privações e sob o ataque constante de seres assustadores, chamados apenas de sombras.
Suas vidas logo passaram a depender da proteção da Torre, aquela que controla os armamentos e a tecnologia que restaram.
Cinquenta anos se passam, na megacidade Rio-Aires, Beca vive do resgate de recursos há muito abandonados nos andares inferiores, junto com seu pai e seu irmão. A profissão, perigosa por natureza, torna-se ainda mais letal quando ela participa de uma negociação traiçoeira e se vê cada vez mais envolvida em perigos e segredos que ameaçam muito mais do que sua vida ou a de sua família.
Roberta Spindler (de Contos de Meigan) traz um futuro distópico cheio de ação e suspense. Arrisque-se sob a névoa.

Eu e a Fernanda resolvemos fazer uma resenha dupla desse super lançamento nacional. Confiram nossa primeira resenha dupla (de muitas, talvez, se vocês gostarem hehe) \o/

Legenda - B(Bianne) e F(Fernanda)



B: A Torre Acima do Véu é o primeiro livro nacional do gênero distópico que leio. Ele já se inicia com um prólogo agoniante. Milhares de pessoas tentando entrar em uma megaedifício e salvar suas vidas. A Névoa já tomou conta do mundo, e a notícia de que as pessoas estão começando a morrer aumenta o desespero dos que ainda vivem.

F: Diferente da Biah, já li outros livros nacionais do gênero distópico (oi, Bell!), mas a trilogia Anômalos difere completamente da proposta de Roberta Spindler com “A Torre Acima do Véu”. Roberta nos apresenta uma sociedade relativamente pequena que é coordenada pela Torre. Todas as pessoas vivem nas partes mais altas dos megaedifícios, que é chamada de Nova Superfície, e algumas pessoas foram afetadas de forma ~benigna~ pela névoa. Nossa personagem principal é uma alterada, inclusive. Todas as informações relevantes serão dadas gradativamente no inicio do livro e a maior fonte do contexto histórico serão oferecidos através de transmissões, que inferem que a Torre é bem dominadora e que não aceita ser desafiada.

B: Achei muito interessante a autora contar um pouco mais sobre tudo que aconteceu no mundo depois do surgimento na névoa e sobre a situação atual da sociedade através das transmissões radiofônicas que a Torre faz para seus protegidos. Ao mesmo tempo em que no livro a Torre está mantendo o povo atualizado, nós leitores temos a chance de nos familiarizar mais com a situação do mundo, o que não deixa o livro pesado de informações consecutivas.
Os personagens também não são apresentados sem um propósito. Todos os personagens tem sua importância, seja para uma situação futura, ou para que alguma atitude ou palavra sua nos faça questionar a Torre ou questionar a nós mesmos por não questionar a Torre. Esta, na figura de Emir, tem um papel de antagonista, mas não consegui odiá-lo totalmente. Coloquei-me no lugar dele no papel de chefe, de ter que gerenciar o resto de tecnologia, suprimentos e medicamentos que foi possível resgatar depois do caos que o a névoa trouxe, e compreendi que nem sempre dá para aceitar e apoiar tudo. Mas, claro, em alguns momentos eu quis matá-lo.

F: Concordo com tudo que Bianne relatou a respeito de Emir. O seu papel de líder é imprescindível para a sobrevivência de toda a Nova Superfície e se ele fosse amiguinho de todo mundo as coisas não iriam funcionar. Gosto de distopias por causa dessa dualidade que, normalmente, elas oferecem e “A Torre Acima do Véu” não destoou nesse aspecto.
Agora sobre os personagens: a protagonista, Beca, é daquelas mocinhas badass que não leva desaforo para casa. Adoro o tipo! Leon, Edu, Rato e Emir são essenciais para o andamento dos conflitos (que serão muitos!), sobretudo Rato. Quando ele chegou todo tratante com seus “cariños” para Beca até me ajeitei no sofá para ficar mais confortável e panz. Porém, vou contar um segredo para vocês agora: nunca confiem na Roberta quando ela for autora da história que estás lendo. Ela é má.

B: Verdade! A autora quase me matou do coração algumas vezes. Quando eu pensava que as coisas estavam indo por um caminho, de repente eu me via dando um pulo de surpresa (isso aconteceu no ônibus uma vez, eu acho que até corei haha) e xingando mentalmente a autora pela reviravolta. Cara, aconteceu muita coisa que eu realmente não esperava, e isso só me fazia querer ler mais e mais rápido, e sem interrupções, para saber o que ia acontecer, quem ia sobreviver, quem se salvaria, quem não.

F: Sim. Muita agonia. Muita dor. Ainda mais quando sabes que distopias não costumam ter finais felizes. A história em si é de tirar o fôlego! Porque como se não bastasse todo o conflito político e social na trama, existem uns seres que costumam sequestrar o povo dos megaedifícios e levá-los para a névoa. Mas com que propósito? Hm. Eles são chamados de sombras e vão botar o terror na história.
Também há um diferencial interessante na narrativa que são: os termos em espanhol.
Vem comigo: a sociedade é futurista e lá na frente os limites dos países não existem mais. Agora eles são blocos econômicos e os limites se misturam. Por exemplo, a história se passa em Rio-Aires, portanto o idioma é misto. (Aprendi a xingar muito em espanhol, nhá!) É importante prestar bastante atenção aos detalhes, pois “A Torre Acima do Véu” é repleto de informações interessantes e muito relevantes, porém a autora não se prolonga muito. (Acho que ela estava ocupada demais pensando em como tirar mais sangue dos personagens.) Como um livro pequeno pode ser tão denso?!

B: E o final? O final é tipo assim: ‘manhê, quero mais!!’ A Roberta conseguiu fechar a trama de Beca em um final bem amarrado, mas o que descobrimos um pouco antes do final deixa brechas para a escrita de outro livro. E que descoberta! Fiquei de queixo caído por alguns instantes! Tipo, que engenhoso! Quem já leu pôde sentir a ânsia que um novo livro no mesmo universo traz. Roberta, por favor, por favorzinho? Um livro, um conto que seja?

F: Cheguei a conclusão que a força vital de Roberta é alimentada pela ansiedade de seus leitores. Só isso explica um final como o de “A Torre Acima do Véu” (e de “Contos de Meigan”!) Mas, apesar dos pesares, o livro fecha um ciclo. Com uma narrativa fácil e rápida, “A Torre Acima do Véu” é uma história interessante sobre um mundo diferente que é visto do alto. Não é minha intenção dar brecha para spoiler, mas devo avisá-los que os problemas que vão surgir são, literalmente, de tirar o fôlego.

Portanto, arrisque-se sob a névoa e venha descobrir os segredos do véu!

A autora, Roberta Spindler, sempre dá informações legais sobre o universo de seus livros em seu blog: Ruído Criativo. Inclusive, a divulgação de “A Torre Acima do Véu” foi incrível, com direito a Transmissão da Torre, mapas e perfil dos personagens (dêem uma olhada no blog dela!) Também podemos encontrá-la (para o caso de fazer ameaças e panz) no Twitter e no Facebook

E claro, nossa nota para o livro não poderia ser diferente!






Ah, fiquem de olho que ainda hoje lançaremos a promoção de um exemplar autografado de A Torre Acima do Véu! Aguardem ;)


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Formada em administração de empresas, tem fascinação por aprender idiomas (nem sempre é bem sucedida, mas vale a tentativa). É apaixonada por livros, fez muitos amigos por causa deles, e os usa para conhecer novos lugares e realidades. É também uma ARMY orgulhosa.

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