Título:
Esconda-se
Autora:
Lisa Gardner
Editora:
Novo Conceito
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC
Uma mulher que foi obrigada a fugir — desde criança— de uma possível ameaça. Uma ameaça que seu pai via em todo lugar, mas que a polícia nunca considerou. Um antigo e desativado sanatório para doentes mentais que pode ter muito mais a esconder entre suas paredes do que homens e mulheres entorpecidos por remédios. Uma história de rancor entre membros de uma mesma família que nunca conseguiram superar os episódios de violência doméstica que presenciaram. Um pingente que foi parar em mãos erradas — e a cena de um crime brutal: seis meninas mortas e mumificadas há mais de trinta anos. Agora, cabe à famosa detetive D.D. Warren descobrir quem foi o serial killer que cometeu esta atrocidade e que motivação infame deformou sua mente. Acompanhe D.D. Warren na solução de mais este complexo caso e encontre o inimaginável que está por trás de pessoas aparentemente comuns!
“Esconda-se” é o segundo livro da série “Detetive D.D.
Warren” e o terceiro livro da autora publicado no Brasil pela editora Novo
Conceito. Cada livro da série se sustenta muito bem, mas confesso que gostaria
de ler na ordem cronológica. “Esconda-se”, por exemplo, é o primeiro livro que li da
autora e, consequentemente, da série. E, mais do que compreendi, me apeguei. Agora
quero todos os livros, por favor, obrigada. Não sou fã de romance policial, mas este livro é
interessante de várias formas.
É uma narrativa fluída, consistente e inteligente. Nem um
fato que acontece no enredo é aleatório; autora amarra aos poucos todas as pontas
de forma perspicaz. E os personagens são espelhos da narrativa. Ao passo que a
detetive D.D. Warren e seu parceiro Bobby Dodge vão juntando as pistas,
conectando fatos e conseguindo provas, eles vão despertando para os possíveis
culpados e as possíveis saídas.
Como o pano de fundo é uma investigação policial, podemos
esperar crimes chocantes e vários palavrões (parabéns, tradutora!). No começo tudo se resume a perguntas: Quem? Quando? Por quê? Quem seria capaz de matar 6 menininhas? Os corpos estão mumificados, então quando o crime
ocorreu? Por que esse maníaco fez isso? Claro que as respostas não serão facilmente adquiridas.
A narrativa é condensada. Alguns capítulos são em
terceira pessoa, onde o leitor pode acompanhar a investigação de forma onisciente,
de acordo com as descobertas da detetive D.D. Warren e Bobby. E outros são da
perspectiva de Annabelle Granger, uma mulher com alguns traumas que passou toda
sua infância fugindo de um perigo que apenas seus pais sabiam e nunca
compartilharam. E agora que ela está sozinha, o passado voltou para
assombrá-la.
“O problema é que não há trilha sonora para a vida real. Nos filmes, sabemos quando alguma coisa ruim vai acontecer porque é o que nos diz o próprio som. Não há uma pessoa cujo coração não dispare ao ouvir a música-tema de Tubarão e, francamente, isso é algo reconfortante. (...) A vida muda em um instante, sem trilha sonora para nos guiar.O que deixa alguém, como eu, dando saltos a cada barulho que ouço, porque não consigo saber a diferença.”
Lisa Gardner nos leva para um mundo sombrio onde adultos
são capazes de perseguir e matar crianças, onde crises familiares podem causar
transtornos permanentes e onde nem tudo é o que parece. É interessante como ela mexe com a curiosidade. Logo no
primeiro capítulo já soltei um “POR QUÊ?” estridente. O que fazer se não
continuar a leitura?
O enredo é bem carregado. Há várias pequenas histórias
paralelas ao caso principal, porém não menos importantes (e nem menos tensas).
Como já constei, nada é aleatório. A escrita da autora é inteligente de uma forma cativante
e (surpreendentemente) divertida. Mesmo que o livro seja repleto de tensões,
certo humor também é presente. A conclusão da história é alucinante e a única coisa que
pensei foi: “Wow! Preciso de mais livros dessa mulher!”
Lisa Gardner é autora de “Viva para contar” e “Sangue na
Neve”, também publicados pela Editora Novo Conceito (e também fora de ordem
cronológica, para variar).
Particularmente, sou meio chata com essas coisas. Gosto
de acompanhar séries pela linha do tempo de lançamento. Temo perder o fio da
relação pessoal entre os personagens. A detetive D.D. Warren e Bobby Dodge
estão em todos os livros e, ao que parece, fatos de suas vidas particulares estão
intrínseca na série. Portanto, podem ter certeza que vou caçar os livros a
partir de agora.
Mas no que diz respeito ao sentido da proposta do livro,
realmente não perdemos nada. Cada caso é novo em cada livro, compostos por seus
respectivos começos, meios e fins. No entanto, Lisa Gardner me encantou e saber de todos os
casos da detetive D.D. Warrer é minha mais nova missão.
Fernanda Karen Estudante de Serviço Social com o coração no curso de Letras. Apaixonada por séries, dramas e café. Bookaholic irrecuperável e promiscua literária. Eventualmente estou trocando um de meus rins por livros muito desejados. (Qualquer coisa é só entrar em contato). Amo YA, ficção-fantasia, clássicos (brasileiros, portugueses, ingleses, latinos etc), chick-lits... Perceberam que meu preconceito literário é zero? Ops, quase zero; não leio auto-ajuda.