Título:
Praga
Autor:
Praga
Editora:
Galera Record
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC
O terror já se tornou parte da vida dos habitantes do LGAR. Eles sobreviveram à fome, às mentiras e ao mais completo caos. Agora parecem ter uma trégua. Caine foi exilado em uma ilha, e Drake, que voltou ainda mais cruel e doentio – e agora imortal –, está preso. Mas, no LGAR, os problemas não somem assim tão facilmente. Enquanto a água acaba e a sede se torna insuportável, uma gripe fatal e contagiosa se espalha por Praia Perdida. E na floresta, um parasita transmitido pelas cobras voadoras dá origem a insetos malignos, gigantes e predadores que aterrorizam os habitantes do LGAR.
Já é o quarto livro da série e cada vez ela fica melhor e eu
fico mais angustiada em relação ao futuro dos meus personagens pre(feridos) e
magoados do LGAR. Tanta coisa já aconteceu, algumas boas, dignas de demonstrar o valor da amizade e da união, mas outras servem para mostrar cruelmente e cruamente o que o ser humano é capaz de fazer em uma situação desesperadora como a dos habitantes de Praia Perdida.
Fiz uma promessa para não roer mais as unhas, mas quase eu a quebro lendo esse livro. Muita angústia gente, muita angústia. Essa praga que chega para atormentar ainda mais as pobres crianças - ainda podemos chamá-las assim? só pela idade certo? - é em forma de uma gripe que faz as crianças tossirem tanto a ponto de cuspirem seus próprios pulmões! O hospital não tem capacidade nem material necessário para cuidar dessa doença, e a única coisa que podem fazer é colocar todos em quarentena e torcer para melhorarem.
Se fosse só isso eu diria que Michael Grant perdeu a mão para escrever, o que obviamente não aconteceu. Drake está causando problemas, criaturas metálicas que comem as pessoas por dentro estão se espalhando, e todos estão ficando cada vez mais desesperados, entre muitas outras coisas. É muito 'mind-blowing' acompanhar a mudança dos personagens sabe? Pessoas que eram alegres e otimistas perdendo a esperança, tomando atitudes malvadas e cruéis, perdendo a coragem, tudo em nome da sobrevivência e da sanidade, mental principalmente. Não é melhor aceitar a morte do que ficar lutando e lutando sem chegar a lugar algum? E se matar não facilita ainda mais?
São esses questionamentos e a forma como todos são postos à prova diante de tantas coisas horrendas, e mesmo assim conseguem demonstrar que ainda há um fio de esperança, que ainda é possível sorrir, que me fazem amar tanto essa série e aguentar a angústia que ela proporciona. É tanta coisa que quem não leu ainda nada da série não pode imaginar. É algo que você precisa ler pra entender o sentimento que proporciona. Faltam dois livros para a série terminar e ainda não sei se ficarei triste ou sentirei alívio pelos personagens. Todos estão tão mudados...Sam, Astrid, Edílio, Quinn, Lana...tenho medo por eles. Vou ter que esperar pra ver.