Título:
Como Dizer Adeus em Robô
Autora:
Natalie Standiford
Editora:
Galera
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC
Com um toque melancólico, o livro conta a singular ligação entre Bea e Jonah. Eles ajudam um ao outro. E magoam um ao outro. Se rejeitam e se aproximam. Não é romance, exatamente mas é definitivamente amor. E significa mais para eles do que qualquer um dos dois consegue compreender... Uma amizade que vem de conversas comprometidas com a verdade, segredos partilhados, jogadas ousadas e telefonemas furtivos para o mesmo programa noturno de rádio, fértil em teorias de conspiração. Para todos que algum dia entraram no maravilhoso, traiçoeiro, ardente e significativo mundo de uma amizade verdadeira, do amor visceral, Como dizer adeus em robô vai ressoar profunda e duradouramente.
Ser robô é uma metáfora. Ser robô
é não deixar os sentimentos invadirem o coração e o tornarem mais frágil, mas
fácil de ser quebrado. Bea já não era muito a favor de sentimentos antes de se
mudar para Baltimore, mas desde então a situação só se agravou. E sua mãe faz questão
de chamá-la de robô sempre que Bea tem seus ataques ‘não sentimentais’. Ela
realmente parece feita de lata.
Jonah é conhecido como Garoto
Fantasma desde que seu irmão gêmeo Matthew, que nasceu com danos cerebrais,
morreu alguns anos antes junto com sua mãe em um acidente de carro. Ele está
lá, mas parece não estar sabe? É apagado, irônico, com um olhar triste, quase
invisível perante os outros. Ele é o que chamaríamos de esquisito em nível master.
Os dois juntos... é totalmente....hum..estranho?
A relação deles não é nada parecida com algo que eu já tenha visto antes. Não é
uma questão de romance, mas é que com ele Bea deixou de ser tão robô e com ela
Jonah deixa de ser tão fantasma. Eles se amam de uma forma pura e nova para
ambos. Mas Jonah tem questões mal resolvidas com seu pai e isso vai atrapalhar
sua relação com Bea.
Eu gostei da estória, mas não me
identifiquei com os personagens. E olha que eu já desejei várias vezes ser um
pouco robô, só para não me deixar afetar muito pelas decepções, mas não
consegui, e não consegui me identificar com ela. Nem com Jonah. A obsessão dele
com Matthew é muito grande, ele fantasia muito, sei lá.
A história é triste, e eu me
emocionei muito em algumas partes, já em outras eu sentia vontade de desistir
por causa de tanta tristeza. Natalie escreve bem, e apesar das reflexões que o
livro traz realmente não me encantou tanto quanto outros livros que eu li. Não
me identifiquei com os personagens, e acho que a tristeza foi demais pra mim.
Apesar disso tudo, eu acho que muita gente vai gostar. É aquele livro que foge
do comum, do que está sendo publicado em grande escala atualmente. Não é um
grande romance, uma distopia, um livro sobrenatural. É diferente do que está
sendo publicado, e isso já é muita coisa.
(3,5)