[ Quinta Em Outra Língua #25 ] Under The Never Sky - Veronica Rossi

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Título:Under The Never Sky ( Never Sky: Sob o Céu do Nunca, em português)
Autor(a):
Veronica Rossi
Editora:
HarperCollins ( Prumo)
Onde Comprar:
Book Depository | Amazon | Submarino | Saraiva | FNAC

Aria has lived her whole life in the protected dome of Reverie. Her entire world confined to its protected space, she's never thought to dream of what lay beyond its doors. Perry and his tribe have always struggled to survive on the outside. Though their lives are simple they are increasingly under threat from an unknown - and unhuman - enemy. But when Perry saves Aria after one of these attacks she realizes that she might just be able to survive in the outside after all. And that this one sheltered girl might be the only one that can save - or destroy - his people.


Under The Never Sky, já lançado no Brasil com o título de Never Sky - Sob o céu do nunca, foi escrito por uma brasileira, a Veronica Rossi, mas foi primeiramente publicado no exterior, onde ela vive, e posteriormente traduzido para o português. É uma distopia, e pela sinopse e elogios recebidos tinha tudo para se tornar mais uma das minhas distopias favoritas. Pena que não foi bem assim..uma pena mesmo.

Aria é uma adolescente que viveu a vida toda em Reverie, um domo protegido do exterior e seus perigos. Ela sempre ouviu falar do quanto é ruim fora do domo, dos perigos que poderia enfrentar e da morte quase instantânea que a espera lá fora. Claro que ela, besta, acredita nisso. Ela nunca pensou que pudesse ter que sobreviver fora do Domo, mas é isso que acontece. Ao tentar descobrir mais informações sobre sua mãe, que vive em outro domo, acaba se envolvendo em confusão e sendo expulsa de Reverie. 

Perry sempre viveu fora do lado de fora junto com sua tribo, em uma luta constante pela sobrevivência. Mesmo com suas habilidades especiais, um olfato e visão extremamente apurados que o ajudam a caçar, viver do lado de fora não é nada fácil. Quando seu sobrinho é sequestrado por habitantes de Reverie, ele promete fazer de tudo para trazê-lo de volta, e esse tudo vai incluir se aliar a Aria. Essa união causará muitas, muitas faíscas no começo, mas depois que eles começam a se entender tudo fica muito mais interessante.

Isso mesmo, a leitura só ficou interessante pra mim depois que os dois começaram a desenvolver um romance. Eu adoro distopias pelo seu contexto, pelas causas que levaram ao presente que acompanhamos na estória e que tipo de revolução nascerá das mentes revolucionárias dos protagonistas. Nesse livro essas causas não são explicadas de forma satisfatória. É um detalhezinho aqui, outro acolá e só. Não gostei disso, mas relevaria se o ambiente proposto fosse crível. Não é. Não consegui imaginar alguns aspectos desse mundo, como seus Realms (não sei o termo em português), seus smarteyes (um aparelho que eles usam no olho). Mas eu consegui imaginar uma paisagem selvagem e nenhum pouco favorável a romances. E quando a narrativa passa a se ambientar mais nessa paisagem tudo fica infinitamente melhor.

Essa paisagem deixou o livro e o romance mais interessantes, e muito! Não queria largar o livro, pois queria saber quais as próxima dificuldades que os dois iriam enfrentar e o que fariam para poder ficar juntos. É um romance legal por que a ligação entre eles é forte, é bonita, mas nenhum dos dois admite isso, nenhum dos dois queria isso. É um mundo brutal, verdade, e não há lugar para esse tipo de necessidade do outro, onde se arriscam as vidas de outras pessoas amadas. Eu torci muito, muito por eles! 

Apesar de ter amado a estória da metade do livro pra frente, o começo foi realmente maçante. Eu até pensei em desistir, confesso, e precisei resistir muito pra que isso não acontecesse. Eu tenho quase 100% de certeza de que o próximo livro é muito melhor, pois ele se passará mais nesse ambiente selvagem, sem os tais de realms  etc. E o romance tem tudo pra ser só amor! Quero muito ver as cenas românticas entre eles, a brutalidade de Perry cedendo, a coragem de Aria se sobressaindo, a aliança entre eles e, claro, o começo da revolta. 



Formada em administração de empresas, tem fascinação por aprender idiomas (nem sempre é bem sucedida, mas vale a tentativa). É apaixonada por livros, fez muitos amigos por causa deles, e os usa para conhecer novos lugares e realidades. É também uma ARMY orgulhosa.

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