Eu Li: O Céu Está em Todo Lugar - Jandy Nelson



Título :
O Céu Está em Todo Lugar
Autor : 
Jandy Nelson
Editora:
Novo Conceito
Onde Comprar:
Saraiva  |  Submarino  |  FNAC

 Ás vezes é preciso perder tudo para encontrar a si mesmo...

" Às 16h48 de uma sexta-feira de Abril, minha irmã estava ensaiando para o papel de Julieta e, menos de um minuto depois, estava morta.
Para minha surpresa, o tempo não parou com o coração dela. As pessoas continuaram indo à escola, ao trabalho, a restaurantes; continuaram quebrando bolachas salgadas em suas sopas, preocupando-se com as provas, cantando nos carros com as janelas abertas.
Por vários dias, a chuva martelou o telhado da nossa casa - uma prova do terrível erro cometido por Deus.
Todas as manhãs, quando me levantava, ouvia as incessantes batidas, olhava pela janela para a tristeza lá fora, e me sentia aliviada, pois pelo menos o sol tivera a decência de ficar bem longe de nós." Lennie Walker, obcecada por livros e música, tocava clarinete e vivia de forma segura e feliz, à sombra de sua brilhantes irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre de forma abrupta, Lennie é lançada ao centro de sua própria vida, e , apesar de não ter nenhum histórico com rapazes, ela se vê, subitamente, lutando para encontrar o equilíbrio entre dois: um deles a tira da tristeza, o outro a consola. O romance é uma celebração do amor, também um retrato da perda. A luta de Lennie para encontrar sua própria melodia em meio ao ruído que a circunda é sempre honesta, porém hilária e, sobretudo, inesquecível.


Eu gostaria de poder fazer uma resenha tão perfeita, tão apaixonada, que pudesse fazer todos que a lerem saírem correndo para comprar este livro e ler. É tão, tão bonito,e tão, tão triste! Mas não vou conseguir colocar todos os meus sentimentos em palavras, me desculpem =/
Logo que comecei a leitura escorreram algumas lágrimas...é impossível não chorar. Eu me coloquei no lugar de Lennie, perdendo uma irmã , me deu um aperto enorme no peito e pude imaginar a tristeza que ela sente.
Lennie sempre viveu à sombra de sua irmã Bailey, a mais entusiasmada, mais extasiante, mais alegre, mais impulsiva, e estava confortável assim, feliz em ser guiada pela vida. Porém quando sua irmã morre, Lennie se vê sem uma sombra onde se esconder, e precisa assumir as rédeas de sua vida.
Lennie vive um conflito muito grande! Ao mesmo tempo em que morre por dentro de tantas saudades da irmã, lembrando a toda hora que ela não está lá para ver as novas flores, nem para conhecer os novos vizinhos, ela se vê feliz por ter a atenção das pessoas pelo menos dessa vez, e morre de culpa por se sentir assim, afundando ainda mais na depressão.

 (...) Tenho um pensamento horrível: ele me acha bonita, acha que sou demais, porque nunca conheceu Bailey, seguido de um pensamento ainda mais horrível: estou feliz por não tê-la conhecido. Balanço a cabeça, tento apagar minha mente, como uma tela mágica. (...)

E aí ela conhece Joe Fontaine, o rapaz com um sorriso grande e constante no rosto, que a tira da tristeza, que a faz voar e atingir o céu.

(...)Quando Joe toca seu trompete eu caio da minha cadeira de joelhos
quando ele toca todas as flores trocam de cor e anos e décadas e séculos de chuva voltam para o céu (...)

Mas também há  Toby, o único capaz de entender completamente essa dor e consolá-la.

(...) Quando estou com ele,
 há alguém comigo,
em minha casa de tristeza,
alguém que conhece
sua arquitetura como eu, que pode caminhar comigo,
pesaroso, de comodo em comodo,
fazendo com que toda a estrutura sinuosa
de vento e de vazio
não seja tão assustadora, tão solitária, como antes. (...)

Como diz a sinopse 'O romance é uma celebração do amor, também um retrato da perda'. É lindo ver o crescimento e amadurecimento de Lennie através da dor e do amor. Eu recomendo a leitura desse livro a todos, jovens e velhos. Eu, que tenho tanto cuidado e ciúme dos meus livros, estou pronta para emprestá-lo aos meus amigos e espalhar essa história por mais e mais corações.

Lembra-se de como foi quando nos beijamos?
Quantidades e quantidades de luz lançadas diretamente sobre nós.
Uma corda pendendo do céu.
Como a palavra amor e a palavra vida conseguem caber na boca? 



Formada em administração de empresas, tem fascinação por aprender idiomas (nem sempre é bem sucedida, mas vale a tentativa). É apaixonada por livros, fez muitos amigos por causa deles, e os usa para conhecer novos lugares e realidades. É também uma ARMY orgulhosa.

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