Master post - Georgina Kincaid - Quem vê capa não vê coração

Vamos falar de livros incríveis de capas feias, @?!

Que sou fã de Richelle Mead todo mundo sabe; inclusive já falei sobre a série "Academia de Vampiros" aqui no blog e adivinhem? Também tem capas feias. A Richelle deve ter alguma maldição, provavelmente. Claro que precisamos levar em consideração a questão de gostos pessoais. Mas se tiver alguma alma que ache as capas da série "Georgina Kincaid" bonitas, se acuse.


Não sei se vocês conhecem Richelle Mead e sua fama (muito merecida) de fabulosa escritora de romances que envolvem fantasia.
Sou completamente apaixonada e entregue ao seu estilo pois ela tem algo muito subjetivo; Todos os seus livros tem esse quê que deixa o leitor em êxtase. Seus personagens são maravilhosos, terríveis, irônicos e com a língua afiada. E os diálogos inteligentes, engraçados e com boas doses de sarcasmo também são sua marca registrada. Acho que ela segue um padrão e, confesso, AMO isso. 
Assim como Rose, de Academia de Vampiros e Eugênie, de Dark Swan, a série em questão nos traz uma protagonista forte e atrevida. Só antencipo que essa série é muita adulta. *Insira Peppa Pig dançando funk* 

Os seis livros da série já foram publicados no Brasil pela Editora Planeta (o ultimo saiu em 2012) e vieram todos como as da gringa (isso mesmo que vocês estão pensando: feios). Talvez vocês vejam esses livros na livraria e deem uma risadinha sarcástica achando que é só uma história de nada mas cá estou para livrá-los desse mal que é: não julgar o livro pela capa! Vamos à eles!

PS: já como falarei sobre todos, podem acontecer alguns spoilers mas prometo que nenhum estragará a experiência de vocês. 



A canção do Súcubo é o livro um da série Georgina Kincaid. (Todos os livros dessa série tem "Súcubo" no nome, então os chamo carinhosamente de "Série Súcubo")
Bom, vamos partir do obvio: Georgina Kincaid é um Súcubo. E como sabemos (e se você não sabe, vai saber agora), Súcubos são criaturas do mal fascinantes que usam da sedução e do sexo para corromper as almas.
E essa é a função da nossa protagonista e ela tem que responder até à um demônio superior. Georgina tem toda uma vida social com os imortais, como os vampiros, doendes, demônios e anjos.
Mas sua vida imortal não depende apenas dessa realidade.
Georgina também tem uma faixada mortal, com um emprego numa livraria e com mortais no seu circulo social.
Um dia, terá na livraria uma noite de autógrafos com um famoso autor, chamado Seth Mortensen. Ele é o autor favorito de Georgina e ela está muito ansiosa para conhece-lo.
Seth, com sua timidez e falta de jeito latente é diferente do estilo mordaz de seus livros, mas de algum jeito isso atraí e encanta Georgina.
Também conheceremos Roman, um charmoso e belo homem que tira Georgina de um incomodo com um de seus admiradores e que não vai deixa-la ir tão facilmente.
Ao contrário de que esperamos de um Súcubo, Georgina não quer seduzir os dois pois eles se enquadram numa categoria que ela evita: Os caras legais.
Nossa linda e glamourosa Súcubo é singular. Ela se incomoda com as implicações que suas funções exigem porque ela nunca vai poder ter uma relação saudável com um cara legal.
Sua função do mal é exercida com caras que, normalmente, não criam remorsos.
Mas com Seth e Roman, ela fica num impasse com o desejo que sente de ter boas relações (e o desejo por eles também), mas a possibilidade certa de machucá-los dá à ela força para tentar se manter longe (mas os dois não ajudam em nada).
Bom, e como a vida dos imortais não são apenas dramas amoroso, Georgina tem que se manter atenta ao seu redor pois alguma criatura anda eliminado os imortais da área. Ninguém está à salvo; imortais do bem e do mal estão sendo atacados e esse mistério ronda o livro simultaneamente com as desventuras amorosas de Georgina.

Neste segundo livro que é vencedor na categoria capa feia, Georgina agora mantem uma relação séria e ele é tudo o que ela sempre quis (e eu também). O grande problema disso é que Georgina é um Súcubo e, como tal, se ela tentar algum contato físico com Seth poderá machuca-lo ou até mata-lo. Os súcubos tiram a força vital dos mortais com envolvimentos físicos (do beijo ao sexo, tudo é prejudicial se você for uma boa alma).
Acontece que Georgina depende dessa força vital. É uma especie de alimento pra ela. Tudo que deseja fazer como o seu amado ela tem que fazer com os outros. Frustante. Afinal, deve ser um saco que pegar na mão de seu namorado seja o carinho máximo que vocês podem ter. Mas ao contrário de muitos embustes da vida real, Seth é muito compreensivo. (Ele não é gay, gente. Ele apenas não existe.) Algumas vezes, ele se mostra mais controlado com a situação do que a própria Georgina. Aquela história do "posso, mas não devo" se aplica perfeitamente.
E para dificultar mais as coisas, seu melhor amigo imortal, o lindo e charmoso Bastien, chega na cidade. Ele é um íncubo (que é basicamente um súcubo, na versão masculina), que veio para botar em prática o plano de corromper uma figura super conservadora na sociedade, e claro, ele vai pôr Georgina nesse jogo.
E como se não bastasse de problemas, o amigo mortal de Georgina, Doug, anda agindo de forma estranha e indícios levam a crer que há algo ilícito no meio, e com toques nada naturais para um mortal.
Nossa Súcubo enfrentará várias desventuras nessa trama. Sua vida imortal e sua fachada mortal estão infernais. (Termo significativo quando se trata de uma criatura do mal.) Há muitos parágrafos calientes. 

No livro 3, Georgina está passando por vários momentos estranhos na sua vida. A energia que ela adquiri dos mortais através do sexo anda sumindo após ela ter um sonho muito vívido. Um sonho curto que a mexe emocionalmente e que a deixa esgotada no dia seguinte. Como se sua falta de energia já não causasse estresse, chega na cidade o demônio que comprou sua alma há séculos. Niphon é um ser repugnante e Georgina o teme. Mas ele não irá embora enquanto a nova súcubo recém adquirida do inferno, Tawny, não conseguir pegar alguma vítima. O problema é que ela é estranhamente desastrada para um súcubo, então talvez demore um pouco. O papel de tutora ficou com Georgina portanto ela terá que ajudar Tawny a se arranjar senão as consequências podem ser ruins pra ela.
Há um grupo de anjos rondando por aí e Georgina vai acabar se tornando anfitriã de um mortal que tem o dom de ver o mundo em que ela pertence, que está em companhia deles. A perspicácia dessa Súcubo à levará a perceber uma situação estranhamente familiar que envolve esse esse mortal e um dos anjos.
E, finalmente, seu namoro com o escritor (lindo e apaixonante) Seth Morthensen também não está nos melhores momentos. O fato do contato físico entre eles ter que ser extremamente cuidadoso anda pesando demais, e aquelas famosas brigas de casal andam frequentes. A percepção da fragilidade dos mortais nunca deixou a cabeça de Georgina, mas esse livro vai trazer uma situação que vai despertar ainda mais o caso.
Niphon faz algumas propostas à Seth sobre a venda de sua alma. Ficaria mais fácil, mas será que valeria a pena?
Georgina não quer que seu amor sofra ou perca a sua alma, mas também não quer se machucar.
Não é fácil amar um mortal sendo imortal. É... mas quem disse que a vida de um imortal é fácil? 

 


No quarto livro da série, as coisas já viraram de ponta cabeça e nossa protagonista está numa fase depressiva/ameaçadora que deixa seus amigos loucos. Mas quando essa hostilidade é apontada para o seu chefe (que é a cara de John Cusack), Jerome, as coisas ficam feias. Aborrecido com o mal humor sem limites de Georgina, Jerome a 'empresta' para um outro o arqui-demônio, que comanda Vancouver, para resolver uns assuntos estranhos e... ridículos. Acontece que um bando de satanistas estão fazendo bagunça demais e chamando a atenção indevida. E com seu charme de súcubo espera-se que Georgina dê um jeito nisso.
Seria bem simples pra ela se Jerome, o arqui-demônio que a chefia, não sumisse sem deixar vestígios e os seus poderes, ou habilidades, de súcubo não sumisse junto. Isso mesmo, Georgina e todos os que são comandados por Jerome estão 'mortais'. E ao pensar em Seth e em todas aquelas complicações esse fato é uma benção. Bem, seria se ele não fosse seu atual ex e não estivesse namorando sua amiga Maddie. Georgina também anda com um caso mais firme com Dante, um mortal sensível ao outro mundo, mas todos acham que ela é boa demais pra ele.
O enredo vai se desenrolando de forma objetiva e um tanto simples, mas certamente há fatos que nos deixam tensos. Georgina vai tentar resgatar Jerome e sua situação de 'mortal', mas enquanto isso, ela e Seth podem ter uma chance de se entregar sem prejuízo.
Mas ela sabe que não é certo com Maddie. Bem, digamos que Georgina terá muito trabalho para tentar conciliar os certos e errados nessa fase incomum.
Esse livro é repleto de surpresas (sério, eu fiquei assim de queixo no chão) que nos aguardam nessa narrativa deliciosa de Georgina e nos deixa com gosto de quero mais.

 


No 5º livro já sabemos que não é novidade que a vida sentimental de Gergina nunca foi um mar de rosas.
Sua aventura com Seth, em "O calor do Súcubo", trouxe alguns males. A alma de Seth foi corrompida pela culpa de ter traído Maddie, o que fez ele acertar um casamento as pressas. Com o amor de sua vida de casamento marcado com sua melhor amiga e Georgina sendo intimada a ser madrinha, não há coração que resista.
Para deixar as coisas mais confusas, Simone, uma súcubo está de férias na cidade, anda tentando seduzir Seth, o que deixa Georgina louca.
Há momentos que Georgina mergulha em depressão e nessas horas ela ouve um "canto de sereia" maravilhoso, com promessas de paz e conforto. O canto é irresistível e mesmo Roman (um neflin que é seu ex-namorado-sexy-sociopata e atual companheiro de casa) avisando para ela não dar ouvidos à coisa, pois tem algo de estranho e perigoso, às vezes é difícil não se render a fuga que o canto de sereia tanto promete.
Georgina passará por uma grande confusão mental e haverá momentos na narrativa em que fragmentos do seu passado é exposto, o que causa sofrimento à ela e alguns esclarecimentos ao leitor.
"A sombra do Súcubo" é o penúltimo livro da série e, sutilmente, nos deixa a par de fatos muito importantes para o desfecho da história.

 


“A revelação do Súcubo” é o sexto e ultimo livro da série e me causou uma tremenda DPL (depressão-pós-livro).
A série, como bem se espera de Richelle Mead, encerra com um final magico. Não sem antes nos deixar com o coração na mão, claro.
Richelle Mead surpreende (e faz os leitores perder algumas batidas).
A vida de Georgina, a súcubo mais famosa de Seattle, finalmente está nos eixos. Ela tem um namorado perfeito que a ama a ponto de arriscar sua alma por ela. Seth Mortensen (amor da minha vida) é tudo que Georgina sempre quis e agora ela o tem como namorado. A ligação deles é mais que um relacionamento comum e nada pode estragar isso. Bem, a não ser o inferno.
O contrato de Georgina em Seattle está acabando e o inferno já planejou uma vida perfeita para ela em Las Vegas.
Acontece que tem algo estranho. O inferno parece muito empenhado em afastar o mais rápido possível Georgina de Seattle... e de Seth.
O contrato infernal de Georgina passa a ser questionado, mediante alguns fatos que ocorreram nos livros anteriores.
Há uma chance de o contrato ser anulado, mas isso envolve mais que apenas Georgina. Os esclarecimentos que serão expostos são surpreendentes e fantásticos!
A conclusão da história de amor de Georgina e Seth se mostra épica por várias razões e, sem exagero, quase morro quando fiquei a par dos acontecimentos.
O livro começa de forma leve e agradável, mas a cada página a tensão vai tomando conta.
Li esse livro há tempos mas só de lembrar fico impactada e maravilhada. 

A série "Georgina Kincaid" contem todos os ingredientes necessários para uma grande série: enredo bem estruturado, narrativa inteligente e fluida, repleta de humor ferino e personagens apaixonantes. Os livros despertam uma gama de sentimentos conflituosos (alegria, tristeza, dor, amor...) e nos apegamos aos personagens como se eles fossem nossos amigos; é muito sensorial. A narrativa de Richelle Mead causa isso mesmo.
Infelizmente, as capas dos livros da série são horríveis, né amigos. Obviamente, não afeta o conteúdo criativo da autora mas podem deixá-los pouco atraentes.
No caso da série “Georgina Kincaid”, acreditem: quem vê capa, não vê coração. Ela é maravilhosa em vários sentidos. 

Até hoje sinto saudades da continuação da história sobre a vida dessa súcubo maravilhosa e do autor best-seller (que nasceu pra mim) e eventualmente vou dar uma folheadinha na estante. Já devo ter lido essa serie centenas de vezes. 

Espero que vocês tenham gostado do master post (ficou imenso, eu sei, não lamento) e recomendo muito a série “Academia de Vampiros” e "Bloodlines" (ainda preciso falar sobre essa aqui) que tem uma pegada mais juvenil, e a série “Dark Swan”, que é BEM adulta, como “Georgina Kincaid”. 
Só um aviso: todas são altamente viciantes. 

Beijos!


Assistente social apaixonada por livros. Militante da transformação social através da literatura.

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